segunda-feira, julho 30, 2007 |
Autógrafos tortos em linhas direitas |
No culto da tarde o pregador falou-nos da sua vida passada (num dicionário evangélico ainda por compilar, “vida passada” ou é droga ou é catolicismo). Entre histórias, contou da vez em que um tio seu, bispo romano(não é droga, portanto), lhe ofereceu uma bula assinada pelo Papa. Sem letras pequenas, o documento conferia-lhe expressamente salvação eterna. Rico tio. Se isto não bate o par de meias pelo Natal… É pena que o episódio tenha sido um pequeno apontamento pitoresco no meio da pregação. Contou-o com contornos queirosianos (descreveu a bula em cima da cama do seu quarto e resgatou-me de alguma desconcentração num domingo sonolento), mas pouco se deteve no assunto e nem chegámos a saber o que aconteceu ao documento abençoado. Como fechar com chave de ouro o episódio sei eu bem. Seria um final de pregação notável, se me permitem. Religiosamente, em voz alta, em inglês: Thank God for eBay!
Samuel Úria |
posted by @ 1:06 da manhã |
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Juntar/abandonar |
É grande o privilégio de por nosso intermédio as pessoas conhecerem o Evangelho e juntarem-se à igreja. E o privilégio de por nosso intermédio as pessoas conhecerem o Evangelho e abandonarem a igreja?
Tiago Cavaco
Também publicado na Voz do Deserto. |
posted by @ 12:38 da manhã |
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sábado, julho 28, 2007 |
Haggardianos |
Das notícias: «Os jesuítas da publicação italiana Civiltá Cattolica dizem que a internet deve ser também uma "terra de missão". O artigo da revista jesuíta lembra que o Second Life é utilizado diariamente por pessoas com necessidades espirituais e religiosas. E por isso propõem uma "Praça das religiões"que permita complementar os templos que já foram criados no Second Life. O Vaticano já reagiu a esta ideia lançada pela companhia dos Jesuítas. Claudio Maria Celli, responsável pelas relações com a imprensa no estado pontífice afirmou, em declarações reproduzidas por El Mundo, "a internet é um mundo enorme, para valorizar e entender, onde indiscutivelmente a Igreja quer estar".»
Miguel Marujo
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posted by @ 3:19 da tarde |
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Pontiff: Evolution Does Not Exclude a Creator
Says Acknowledging God Will Help Youth Find Meaning
AURONZO DI CADORE, Italy, JULY 27, 2007 (Zenit.org).- Benedict XVI says youth will find meaning in their lives if they acknowledge the existence of their Creator. And, he affirms, the theory of evolution does not require denying God.
The Pope said this Tuesday during a question-and-answer session with 400 priests of the dioceses of Belluno-Feltre and Treviso, in the Church of St. Justina Martyr in Auronzo di Cadore, near Lorenzago di Cadore, where he spent his vacation, which ends today.
The Holy Father spoke about young people's search for meaning, acknowledging that many youth act as if they do not need God, "even thinking that without God, we would be freer and the world would be broader. But after a while, in our new generations, we see what happens when God disappears."
He explained: "The major problem is that if God is not there and the Creator of my life is not there, in reality life is a simple part of evolution, nothing more, it does not have meaning in itself. But I must try to give meaning to this life."
The Pontiff said that today in Germany, and also in the United States, there is a "fervent debate between so-called creationism and evolutionism, presented as if one of these alternatives excluded the other: Whoever believes in the Creator cannot think about evolution and whoever affirms evolution must exclude God."
However, Benedict XVI called this apparent conflict an absurdity.
"Because on one hand," he explained, "there is a great deal of scientific proof in favor of evolution, which appears as a reality that we must see and that enriches our knowledge of life and of being as such. But the doctrine of evolution does not answer everything and does not answer the great philosophical question: Where does everything come from? And how does everything take a path that ultimately leads to the person?
"It seems to me that it is very important that reason opens up even more, that it sees this information, but that it also sees that this information is not enough to explain all of reality. It is not enough."
The Pope urged a broader understanding of reason and the recognition of its vastness: "Our reason is not something irrational at heart, a product of irrationality. And reason precedes everything, creative reason, and we are truly the reflection of this reason.
"We are planned and wanted and, therefore, there is an idea that precedes me, a meaning that precedes me, which I must discover, follow and which, in the end, gives meaning to my life."
This vision, the Holy Father continued, is necessary to understand the meaning of suffering as well.
"I would say that it is important to help youth discover God," he concluded, "discover true love that becomes great through renunciation, and therefore to help them discover the interior goodness of suffering, that renders me freer and greater."
in Zenit
Antonius Block |
posted by @ 8:22 da manhã |
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quinta-feira, julho 26, 2007 |
Imagine the Oikoumene |
1. Do Ecumenismo. O mundo habitado por Cristo é ecuménico quer nós queiramos quer não. Qual é a semelhança dos bible belts com um baptista de esquerda do Reino Unido? Será que um protestante latino é mais bartiano que um católico da finlândia? Não podemos delimitar o Reinado de Deus. Podemos estrebuchar e espernear, mas a Igreja de Cristo é um patchwork. Podemos achar que o nosso quintal evangélico é mais puro que as cotadas vizinhas, mas é uma questão de perspectiva.
2. Na Paz. No Antigo Testamento a promessa de Deus é Shalom! O anúncio do nascimento de Jesus é pejado do Grito de "Paz aos homens". Antes de ascender aos céus, Jesus deixa como herança aos discípulos a sua Paz. A Paz é o grande anúncio evangelistico: Harmonia, Nova Ordem, Reconciliação entre os céus e aterra, Justiça, Perdão, Liberdade, Dignidade. Podemos rebuscar argumentos falando de paz dos homens e paz de Deus, mas a Paz é um valor divino.
3. Com Perigo. Dizer que há valores mais altos do que paz é perverso. Todos os grandes e diabólicos líderes mundiais assim o pensavam.
4. Sem Deus. Imagine é um mundo sem Deus. Tem pouco a ver com Ecumenismo. Mas é o resultado de uma cristandade prepotente que apoiava guerras baseada em valores e verdades. Imagine é a resposta dos que se indignam contra os cristãos que não dignos desse nome.
Adenda:
5. Salvação para: Fruto de uma herança mecanicista do século das luzes, perdemo-nos em engenharias da salvação e esquecemos a razão para a qual fomos salvos: Para que o mundo conheça o amor, o interesse, a justiça e a paz de Deus. A salvação não é algo egoísta: precaver a minha vida no além. A salvação é sinal do Reinado de Deus que deve ser visível pelos homens através de nós.
E não estou a falar de igrejas cheias, ou de bunkers de religiosidade exemplar que olham de lado o mundo perdido e não se misturam com os homens. O nosso cristianismo é farisaico e saduceu, Jesus alvoraçou o mundo de então. O nosso cristianismo é de pesca ad intra, o cristianismo primitivo foi uma explosão ad extra. (ver comentários) A Beguina |
posted by @ 11:31 da manhã |
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quarta-feira, julho 25, 2007 |
Bigmouth strikes again |
Pois é camaradas prots, também eu vi o documentário sobre a vossa Santa Madre Igreja Evangélica Baptista Americana e, um bocado a correr para umas absurdas férias, deixo aqui umas impressões ligeiras. É claro que a coisa estava tendenciosa mas não excessivamente. O propósito daquilo era cristalino e foi atingido de forma limpinha, competente, estética, jesuítica até, como qualquer bom produto HBO. E o Tiago Cavaco, com o seu verbo sintético, já explicou aí em baixo porque é que a coisa nem foi assim tão difícil. Bastou pôr uma câmara à frente do inflamado ego religioso dos Jesus lovers e umas perguntas simpáticas a afagarem o mesmo. De resto e como exemplo de desonestidade intelectual nem podemos apontar o fade out do pobre Ted Haggart pois pode sempre dizer-se que ele simbolizava o outro fade out que o mesmo ex-reverendíssmo sofria já no movimento evangélico americano, aquando da primeira emissão do documentário, já depois de ter sido tão abruptamente posto fora do armário. Azares. Tenham calma: se não é um qualquer Cardeal Law que nos tiram da nossa fé católica, não há-de ser um Haggard tão histriónico que vos belisca a vossa. Mas digo-vos que gostei de ver o documentário pois gosto sempre das coisas bem feitas, mesmo que me chateiem. Ah! e fiquei a saber do BattleCry.com! Nunca tinha pensado no Jerry Falwell assim como uma espécie de Stephen de Cloyes. Eis um naco que vou saborear durante umas semanitas e sobre o qual voltarei aqui a conversar com vocês, se não acharem mal. Tendencioso, tendencioso foi terem emitido o documentário sobre a seita do Jim Jones logo no dia a seguir e terem anunciado aquilo como se fossem duas faces da mesma moeda. Mas isso não foi a HBO, foi a RTP. Algum sacaninha dos muitos que por lá andam... josé |
posted by @ 11:59 da manhã |
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terça-feira, julho 24, 2007 |
Quilómetros |
Sim, Miguel, a comoção do cristão homossexual quando os seus "sinceros inimigos" entoam o God Bless America é de longe o momento mais bonito do documentário. E, sim, Miguel, tendencioso como o caraças: a documentarista é bastante branda nas suas tiradas (que abafam alguma ironia com aparente simpatia), mas não engana totalmente: a procura dos arquetípicos rednecks e os selectivos planos das expressões faciais mais grotescas e insanas topam-se a quilómetros. Mas o mais tendencioso nem será o que denunciei. Para esta coisa da infestação evangélica, parece-me que uma parte dos media americanos adoptou um sistema do estilo "está à rasca - alivia", que é o do "não compreende - paternaliza". Se ao menos a incompreensão dos europeus chegasse aos calcanhares da incompreensão dos americanos...
Samuel Úria |
posted by @ 11:52 da tarde |
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Decímetros |
Nesse tal documentário há dois momentos maravilhosos: o homossexual incompreendido que visita a igreja do Rev. Jerry Falwell e desata a chorar a meio do culto, e o fade out ao sorriso do Ted Haggard após uma intervenção demasiadamente evangélica. Mas o que mais me chateia é terminar o programa com a sensação de que o Falwell é um sacana da pior espécie. Tens razão, Sami: tendencioso comó caraças. Miguel Sousa |
posted by @ 11:30 da tarde |
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Milímetros |
Não, Tiago, o documentário era este. Não muito incidente, mas também não tão tendencioso como seria de esperar. Entenda-se que não deixa de ser tendencioso comó caraças. Samuel Úria |
posted by @ 8:28 da tarde |
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Centímetros |
Miguel, esse presidente da Associação Nacional de Evangélicos dos Estados Unidos é o malfadado Ted Haggard (cuja história de homossexualidade oculta e drogas contámos aqui). É o nosso problema, evangélicos, ter a boca grande demais.
P.S. E se não me engano o docomentário que viste é uma coisa bem rasteirinha feita pelo Dawkins.
Tiago Cavaco |
posted by @ 7:44 da tarde |
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Pescadores |
Vejo rapidamente um excerto de um documentário (na RTP2) sobre um tipo que lidera a maior associação evangélica americana. (Perdoem-me o menor rigor na coisa, mas os santos não ajudam a esta hora.) Depois de muitos espantos da jornalista (vinda de Nova Iorque, liberal depreende-se, bovinamente embevecida com a suposta vitalidade e jovialidade dos crentes no Bible Belt), o senhor que não pára de sorrir-rir e que é mesmo feliz esclarece o motivo para tanta felicidade: «Todas as sondagens mostram que os evangélicos têm a melhor vida sexual». Ao lado, outros dois fiéis confirmam o coito diário (or sometimes twice a day), o amor. E depois, o remate da jornalista (mais coisa, menos coisa): Uau, também quero pertencer a uma igreja assim. Vêem o problema de Roma?
Miguel Marujo
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posted by @ 1:29 da manhã |
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segunda-feira, julho 23, 2007 |
Ecumenismo |
O ecumenismo é um pouco como o Imagine, do John Lennon, hino oficioso da “paz no Mundo”: música bonita e refrão pleno de sonho e esperança. E quem, com bom coração, não quer dar as mãos para que “the world will be as one”? Mas quando passamos às estrofes, menos mediáticas, percebemos as condições para que a “brotherhood of man” funcione: “no Heaven”, "no hell”, “above us only sky”, “no religion", e “nothing to kill or die for” (um mundo sem filhos?). Ou seja, eu, como cristão e como pai, fico sem espaço para entrar no projecto de fraternidade universal. Não que goste de guerras ou ódio. Mas porque há valores mais altos que “a paz no Mundo” de que não posso abdicar. O ecumenismo é um pouco como o Imagine.
Pedro Leal |
posted by @ 11:26 da tarde |
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domingo, julho 22, 2007 |
terapias alternativas |
Eu peço desculpa de aqui não vir cumprir os meus deveres ecumeniais há já alguns dias mas, rondando de novo pela blogosfera, dei-me com este texto que, aliás, já tinha lido há uns tempos atrás, mas que por falta de inspiração e com a consciência pesada por hoje ser dia santo e ainda não ter ido à missa, com a devida vénia aqui "pasto":
"Geralmente um tipo é católico por tara. Acredita porque acredita, ouve padres a dizer as maiores banalidades porque ouve, põe-se de joelhinhos porque põe, bichana umas palavras na maior parte das vezes sem tomar a mínima atenção porque faz assim desde pequenino, remói-lhe a puta da consciência por coisas que a outros os leva a ir beber umas cervejolas, enfim um rol de criteriosas características que, geralmente, depois resumem (e resumo eu, porque me incluo) explicando que é por amor, mas que lá por dentro sabem bem que também é uma ganda borradela em ir para o inferno, combinada com uma ausência de alternativas que garantam um espírito saudável sem excesso de comprimidos ou álcool. Sem a vida eterna, parecemos todos uma junk bond a olhar para um certificado de aforro. Essa é que é essa."
timshel |
posted by @ 4:51 da tarde |
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sábado, julho 21, 2007 |
De Profundis |
Este be-logue tem mistérios insondáveis, como todas as cousas da Criação . Mas aqui há mais, aqui o mistério adensa-se. Para além das enganadoras dormencias, embaladas pela suave poesia da Beguina; para além dos despertares em tempestade tonitruante; para além disso, ainda existe a profundidade. Na profundidade deste be-logue surgem semi-posts, esboçados uns, edificados outros, até excelentes por sinal, mas que nunca chegam à luz do dia. É uma espécie de platonismo do avesso, uma alegoria da caverna ao contrário, onde a luz que se vê não passa de fraca imagética das riquezas que jazem na sombra da profundidade. Assim, e clamando o teu perdão, que eu já tou burro velho pra mudar, dedico-te este salmo, meu caro Antonius :)
Das profundezas clamo a ti, ó Senhor. Senhor, escuta a minha voz; estejam os teus ouvidos atentos à voz das minhas súplicas. Se tu, Senhor, observares as iniquidades, Senhor, quem subsistirá? Mas contigo está o perdão, para que sejas temido. Aguardo ao Senhor; a minha alma o aguarda, e espero na sua palavra. (Salmo 130, De Profundis) cbs |
posted by @ 12:04 da tarde |
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sexta-feira, julho 20, 2007 |
Pecadores |
A notícia tem dias, mas tenho de a trazer: os gestores e empresários católicos querem flexibilizar horários e despedimentos. Estes senhores estão a pecar gravemente, mas nenhum bispo lhes puxa as orelhas!
Miguel Marujo
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posted by @ 11:27 da tarde |
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Este blog é muito estranho, parece atacado por uma espécie de doença bipolar. Passam o tempo caladinhos a rezar e vira não volta, acordam e engalfinham-se à tareia com coisas na categoria do "sexo dos anjos". Depois calam-se de novo e voltam a dormitar nas rezas. Secalhar e como dizia o Tim (que nunca mais acaba a ultima Avé Maria) também é assim nos manicómios, lol cbs |
posted by @ 10:47 da manhã |
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quinta-feira, julho 19, 2007 |
Ecumenismo em poesia |
ndlvkansvlkan lnvlsanvlKVN ÇDFMÇLMFBÇ ÇFMBÇLMBÇLMB FBNÇQBNÇQKB FBNQKÇBNKÇQBN
Dice la razón: Busquemos la verdad. Y el corazón: Vanidad. La verdad ya la tenemos. La razón: ¡Ay, quién alcanza la verdad! El corazón: Vanidad. La verdad es la esperanza. Dice la razón: Tú mientes. Y contesta el corazón: Quien miente eres tú, razón, que dices lo que no sientes. La razón: Jamás podremos entendernos, corazón. El corazón: Lo veremos. LDWNVºLKWVN António Machado SDKNVLKNV A Beguina |
posted by @ 10:49 da manhã |
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quarta-feira, julho 18, 2007 |
Ao Tiago, sem efeminados trejeitos ecuménicos |
Este sacrossanto Concílio Ecumênico e Geral de Trento, legitimamente reunido no Espírito Santo, presidindo-o os três legados da Sé Apostólica, tendo em vista a importâncias das coisas a serem tratadas, principalmente daquelas que estão contidas nestes dois pontos: a de extirpar as heresias e a de reformar os costumes, motivo principal de estar reunido, julgou seu dever professar, com as mesmas palavras segundo as quais é lido em todas as igrejas, o Símbolo de Fé usado pela Santa Igreja Romana como princípio em que devem concordar todos os que professam a fé cristã e como fundamento firme e único contra o qual "jamais prevalecerão as portas do inferno" (Mt 16, 18). O qual é o seguinte: Creio em um só Deus, Pai Omnipotente, Criador do céu e da terra e de todas as coisas, visíveis e invisíveis. E em um só Senhor Jesus Cristo, Filho Unigênito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos; É Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro; é gerado, não feito; consubstancial ao Pai, por quem foram feitas todas as coisas. O qual, por amor de nós homens e pela nossa salvação, desceu dos céus. E se encarnou por obra do Espírito Santo no seio da Virgem Maria, e se fez homem. Foi também crucificado por nossa causa; padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos e foi sepultado. E ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. E subiu ao céus, está sentado à mão direita de Deus Pai. E pela segunda vez há de vir com majestade a julgar os vivos e os mortos. E seu reino não terá fim. E creio no Espírito Santo, que também é Senhor Vivificador, o qual procede do Pai e do Filho. O qual, com o Pai e o Filho é juntamente adorado e glorificado, e foi quem falou pelos profetas. E creio na Igreja, que é una, santa, católica. Confesso um só Batismo para remissão dos pecados. E aguardo a ressurreição dos mortos e a vida da eternidade.
Assim seja. cbs |
posted by @ 12:57 da tarde |
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terça-feira, julho 17, 2007 |
Há dias assim |
Há dias em que vivemos sentimentos dos mais paradoxais em relação aos católicos.
Há dias em que um Pastor Protestante também se põe a caminho de Fátima. Exactamente, directo à Cova da Iria (desenganem-se os que pensem que não fui apenas para ajudar um amigo). Há dias que, pela manhã, um pequeno passeio pelo santuário é suficiente para deixar as entranhas completamente revoltas. A idolatria pura e dura, o negócio religioso bem ao estilo do templo nos tempos de Jesus, entre outras… (tudo isto sem colocar em causa a fé genuína dos que por ali passam)
Mas, também à dias em que compramos livros de autores católicos. “O regresso do filho pródigo” de Henri Nouwen e “A construção de Jesus” de José Tolentino Mendonça. Há dias em que se almoça à mesa com católicos (sem ser no 31 d´armada). À minha esquerda Peter Stilwell, à minha direita Vitor Feitor Pinto e à minha frente José Nuno Silva (Coordenador Nacional dos Capelães Hospitalares). Mais tarde ainda estar com pessoas ligadas à pastoral da saúde e ouvir do seu trabalho e da sua fé. (já para não falar de alguém que me reconheceu como um dos autores deste blogue, sem ainda eu ter percebido bem se se referia a mim ou ao Tiago Cavaco – por favor esclareça-me…) E o perceber que a fé dos católicos não é apenas fátima. Que fátima é parte das idiossincrasias dos católicos e que, embora biblicamente aberrante, não é o todo da sua fé.
Há dias em que as nossas convicções ficam ainda mais reforçadas, sem que isso signifique a “demonização” do outro. Há dias em que o lema deste blogue toma ainda maior significado: “Protestantes e católicos. Juntos, mas sem efeminados trejeitos ecuménicos.”
Tiago Oliveira |
posted by @ 10:37 da tarde |
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The only difference of the love in Heaven From love on Earth below Is: Here we love and know not how to tell it, And there we all shall know. cbs |
posted by @ 3:17 da tarde |
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sábado, julho 14, 2007 |
Gastar o latim |
PaoloCorpetti Com o Concílio Vaticano II e o documento Sacrosanctum Concilium (1963), a eucaristia passou a ser celebrada nas línguas vernáculas e foi adaptado o chamado Missal Romano (alterado em 1970). Mas há dias o Papa Bento XVI publicou a carta apostólica Summorum Pontificum, que liberaliza a celebração do rito tridentino (o antigo ritual da missa católica). A celebração em latim nunca foi exactamente proibida, mas tornou-se residual, adoptada quase exclusivamente pelos sectores tradicionalistas. Por isso mesmo, o Papa tem o cuidado de explicar que não recusa a doutrina do Concílio mas que apenas pretende contrariar a "deformação arbitrária da liturgia" e religar a eucaristia ao legado cultural e estético de rito tridentino. "(...) a liturgia, como aliás a revelação cristã, tem uma ligação intrínseca com a beleza: é esplendor da verdade (veritatis splendor). (...) a beleza não é um factor decorativo da acção litúrgica, mas seu elemento constitutivo, enquanto atributo do próprio Deus e da sua revelação". O "sentido do sagrado", escreve Ratzinger, passa pela arte da celebração: "Igualmente importante para uma correcta arte da celebração é a atenção a todas as formas de linguagem previstas pela liturgia: palavra e canto, gestos e silêncios, movimento do corpo, cores litúrgicas dos paramentos. (...) Este assunto não é "arcaico" ou "reaccionário". Há quatro décadas, assinaram o manifesto pelo latim intelectuais como Jorge Luís Borges, Giorgio De Chirico, W. H. Auden, Robert Bresson, Carl Dreyer, Julien Green, Jacques Maritain, Eugenio Montale, Cristina Campo, François Mauriac, Salvatore Quasimodo, Evelyn Waugh, Maria Zambrano, Gabriel Marcel, Salvador De Madariaga, Mario Luzi ou Graham Greene. O sentido do sagrado e o sentido da beleza não são nunca língua morta.
Pedro Mexia in Publico 14.07.2007 (cbs via Zazie) |
posted by @ 8:37 da tarde |
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Ratzinger versus Benetton |
Podemos ficar enredados na escolástica levada da breca. Mas esta questão de Igreja onde menino-não-católico-romano-não-entra... nha nha nha nha nha!!! é puramente política e não teológica.
Nada, repito nada em Jesus é exclusivista. Venham a mim todos os que estais cansados e oprimidos e eu vos aliviarei é baptismo de entrada. Vem e segue-me, é o requisito único para pertencer aos do caminho. Sucessão apostólica têm-na TODOS que confessam o nome de Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador. Ide e baptizai em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, é a única coisa onde subsiste a raison d’être da Igreja.
Igreja é Ecclésia: chamada, reunião, comunidade de decisão e acção. A palavra está omissa nos evangelhos (excepto Mt 16, 18; 18,17). A palavra aparece nas epístolas e 23 vezes em Actos o que nos indica que os autores dos evangelhos a omitiram deliberadamente para nos transmitir a mensagem de que a palavra só ganha a sua conotação: comunidade de crentes, com o aparecimento das comunidades multifacetadas e puriformes que se formaram depois de Jesus subir aos céus. A consciência de Igreja foi nascendo, não foi instituída.
Paulo fala de Igreja (em cada uma das suas cartas dá-lhe um acento diferente) e parte do príncipio que quando Cristo é pregado, aceite e experimentado a Igreja acontece. Assim Igreja é o acontecimento com o qual e no qual Deus faz missão. A Igreja só aparece quando acontece Igreja e não ao revés.
O conceito paulino de Igreja é explicado com a sua imagem de corpo. Todos diferentes, todos úteis, todos parte de uma comunidade de bênção, que vive de forma cruciforme sob o senhorio do ressuscitado. A unicidade da Igreja vem do facto de que o seu Senhor é um só, e não porque é uniforme.
No Novo Testamento, Igreja tem um sentido local: A igreja doméstica e outro universal: A Igreja Ecuménica – todos aqueles que em cada lugar invocam o nome do Senhor Jesus Cristo, que é Senhor dos outros e nosso (1Co.1,2) Assim a Igreja concretiza-se partindo sempre de comunidades específicas, mas expande-se para lá do individualismo de cada uma, eclodindo na universal Igreja dos que são chamados a ser comunidade escatológica do Senhor. Repito todo este bater de pé papal tem pouco de teológico e tudo de político. O que o papa está a dizer desesperado com este mundo plural é: Nós temos toda verdade. Somos únicos. E queremos subsistir orgulhosamente sós. Totalitarismo, exclusivismo e pedantismo. Sou ecuménica. Aceito que os meus irmãos católicos são filhos de Deus e tão cristãos como qualquer homem ou mulher que confesse o nome de Jesus Cristo como o seu Senhor e Salvador. E se o papa não o aceita, cabe aos católicos à semelhança dos crentes de Bereia, verificar a palavra e dizer-lhe: NOP! Sorry irmão estás errado. A Beguina |
posted by @ 2:17 da manhã |
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quarta-feira, julho 11, 2007 |
não há mãozinhas, não há bolachinhas |
Não, Samuel, o mundo não parou há 2000 anos. Cristo é que Se fez homem há 2000 anos. Mas, depois disso, o mundo continuou a girar - por isso é que, na Igreja Católica, damos tanta importância à Tradição. Nem foi o Papa quem respondeu às perguntas. Foi o Cardeal William Levada, que é o actual Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé - e que não é Papa. Mas o Papa ratificou, claro, que aqui há ordem (no sentido jurídico de certeza e segurança).
Mas lê lá bem o documento: «Segunda questão: Como deve entender-se a afirmação de que a Igreja de Cristo subsiste na Igreja católica? Resposta: Cristo "constituiu sobre a terra" uma única Igreja e instituiu-a como "grupo visível e comunidade espiritual", que desde a sua origem e no curso da história sempre existe e existirá, e na qual só permaneceram e permanecerão todos os elementos por Ele instituídos. "Esta é a única Igreja de Cristo, que no Símbolo professamos como sendo una, santa, católica e apostólica […]. Esta Igreja, como sociedade constituída e organizada neste mundo, subsiste na Igreja Católica, governada pelo Sucessor de Pedro e pelos Bispos em comunhão com ele". Na Constituição dogmática Lumen gentium, subsistência é esta perene continuidade histórica e a permanência de todos os elementos instituídos por Cristo na Igreja católica, na qual concretamente se encontra a Igreja de Cristo sobre esta terra. Enquanto, segundo a doutrina católica, é correcto afirmar que, nas Igrejas e nas comunidades eclesiais ainda não em plena comunhão com a Igreja católica, a Igreja de Cristo é presente e operante através dos elementos de santificação e de verdade nelas existentes, já a palavra "subsiste" só pode ser atribuída exclusivamente à única Igreja católica, uma vez que precisamente se refere à nota da unidade professada nos símbolos da fé (Creio… na Igreja "una"), subsistindo esta Igreja "una" na Igreja católica.
Quinta questão: Por que razão os textos do Concílio e do subsequente Magistério não atribuem o título de "Igreja" às comunidades cristãs nascidas da Reforma do século XVI? Resposta: Porque, segundo a doutrina católica, tais comunidades não têm a sucessão apostólica no sacramento da Ordem e, por isso, estão privadas de um elemento essencial constitutivo da Igreja. Ditas comunidades eclesiais que, sobretudo pela falta do sacerdócio sacramental, não conservam a genuína e íntegra substância do Mistério eucarístico, não podem, segundo a doutrina católica, ser chamadas "Igrejas" em sentido próprio.»
Meus amigos, como diz a mãe do aleijadinho, "não há mãozinhas, não há bolachinhas". Se não há sucessão apostólica - o que os protestantes reconhecem com orgulho (numa variante dos orgulhos por coisas muito pouco invejáveis, a la orgulho gay) - é evidente que as suas congregações são coisa diversa da Igreja una e apostólica. Do mesmo modo, se não há Estado, não pode haver concordata.
Se querem viver fora da família (e ter a sede da vossa igreja na rua onde moram) e, portanto, não estar sujeitos aos deveres do matrimónio, são v. exas. livres de o fazerem. Não queiram é, vivendo na alegria sem chatices ou responsabilidades da união de facto, ter todos os direitos dos pobres homens que se sujeitam ao jugo do casamento (e têm a sede da sua Igreja numa rua de Roma, onde ainda nem todos os caminhos vão dar).
Carlos Cunha |
posted by @ 7:49 da tarde |
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Sobre as liberdades religiosas. |
Meus caros amigos,
Este é o texto da concordata celebrada entre a Santa Sé e o Estado Português em 2004.
E este é o texto da lei da liberdade religiosa.
Expliquem-me lá em que é que saem prejudicados. Citem-me o artigo, apontem concretamente. Ou ficam apenas chateados por a Igreja Católica ter um acordo próprio com o Estado e as outras confissões não? É que se for apenas isso trata-se bem mais de uma questão de dor de cotovelo, até porque a nova lei prevê que se possam estabelecer acordos com cada uma das confissões em particular. Claro que confissões autocéfalas e ultra-minoritárias em Portugal talvez tenham alguma dificuldade em suscitar o interesse do Estado num tal acordo mas isso em nada os prejudica porque a lei é igualmente generosa para quem não tem estabelecidos tais acordos. O impacto dos acordos é essencialmente de reconhecimento político, não legal.
Retirando as questões do património histórico (era também o que mais faltava que mudasse) estou para ver quais as grandes discriminações de que se podem queixar.
É a Conferência Episcopal a queixar-se (duvido que sejam muito mais do que estertores reaccionários muito sinceramente) e os evangélicos a choramingarem. Tenham dó. Se o cristianismo está a soçobrar nesta terra, a culpa não é da lei nem do Estado.
Infelizmente.
Antonius Block |
posted by @ 12:48 da tarde |
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O 4 de Julho foi na semana passada |
Os bispos franziram o sobrolho e o Primeiro-ministro lá arranjou uma reunião, ainda esta semana, para ouvir as insatisfações dos católicos portugueses. Os problemas? Vários: “a ampliação dos horários nas escolas está a prejudicar as instituições de solidariedade”; “o facto da Universidade Católica ter perdido apoios governamentais”; “alterações no estatuto editorial da imprensa da Igreja”; “não ter sido regulamentada até ao momento a figura dos capelães hospitalares e a falta de verbas para os capelães nas prisões”; “problemas na construção das igrejas e no apoio à família”; e, claro, a Concordata, que serviu para lembrar que a Lei da Liberdade Religiosa não se aplica aos católicos.
Pedro Leal |
posted by @ 12:28 da manhã |
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terça-feira, julho 10, 2007 |
Do hedonismo |
calirezo
"E quando a nossa procura da verdade está no hedonismo e na busca do prazer momentâneo? Será isso proibitivo socialmente?" Antonius Block
Peço desculpa, porque creio repetir-me, contudo nunca será demais colocar pontos em sítios certos, com a tua licença, Antonius. O Hedonismo, a doutrina que faz coincidir o bem com o prazer imediato, é parente daquela ideia muito actual, de que não devemos nunca perder cada oportunidade que se oferece, porque não sendo senhores do tempo, o que se perde não volta mais. Esta treta é fácil de objectar como fizeram Platão e Aristóteles. Em primeiro lugar o bem do próximo não coincide com o meu prazer egoísta. Em segundo lugar o meu bem pessoal ainda menos coincide com o prazer, pois há muitos prazeres que me são nocivos (o tabaquito por exemplo, lol); Em resumo, o Hedonismo parece-me básico, animalesco e estúpido (o que, já agora, confesso que muitas vezes sou). Amiúde a análise dos conceitos simplesmente acaba com as discussões, lolol cbs
P.S.: não serve isto para discordar, porque neste comentário concordo com o que dizes Antonius. Só pra exclarexer :) |
posted by @ 1:17 da manhã |
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segunda-feira, julho 09, 2007 |
Da consciência |
E quando a nossa consciência é basicamente momentânea? (que é caso para dizer, quase sempre) Antonius Block
Permito-me discordar meu caro Antonius. E peço perdão por só agora ter tempo, já havia visto as tuas objecções, mas só agora deu… É então assim: a nossa consciência é momentânea no sentido de que o momento é tudo. Nunca se vive no passado ou no futuro, mas agora! já!... Contudo, noutro sentido mais fundamental, a consciência não é momentânea, isto é, o momento presente engloba todo o meu passado e esse passado está presente agora em todo o meu ser.
Quer isto dizer que ser consciente implica duas coisas essenciais, a saber, memória e reflexão; sem memória não há consciência, quando muito um vago e nebuloso sonho animal (os animais terão uma ténue consciência); e sem introspecção do eu também não existe verdadeira consciência, só uma mecânica. Quer isto dizer também, que a consciência é como a corrente de um rio, não podemos isolar instantes e todo o instante antecedente se engloba total e permanentemente no presente (prenhe do futuro). Enquanto ser consciente, tu és agora, tudo o que já foste. Leia-se então o incontornável Bergson: “Não é possível reduzir a duração da consciência ao tempo homogéneo de que fala a Ciência, o qual é constituído por instantes iguais que se sucedem.O tempo da Ciência é um tempo especializado que perdeu por isso o seu carácter original.…Todos os estados de consciência se unificam na fluida corrente da consciência, da qual não se podem distinguir a não ser por um acto de abstracção, e o tempo é, na consciência, a corrente da mudança, não é uma sucessão regulada de instantes homogéneos.” (Henri Bergson, Essai sur les donnés imediates de la conscience 1889) cbs |
posted by @ 11:37 da tarde |
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sexta-feira, julho 06, 2007 |
O consumidor esclarece |
Ó CC, eu já sabia que o catolicismo é a religião dos que frequentemente se envergonham de ser cristãos por haver outros a usar o título. É por isso que Roma só me suscita simpatia. Voltarei ao tema assim que puder. Aguardem um pouco, discípulos da respeitabilidade.
Tiago Cavaco |
posted by @ 8:12 da tarde |
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Carta aos Coríntios. |
Diz aquela Carta de São Paulo tão sobejamente citada por evangélicos zelosos nas suas demandas de corrigir os transviados caminhos da Santa Madre Igreja:
"Refiro-me ao facto de cada um dizer: «Eu sou de Paulo», ou «Eu sou de Apolo», ou «Eu sou de Cefas», ou «Eu sou de Cristo». Estará Cristo dividido? Porventura Paulo foi crucificado por vós? Ou fostes baptizados em nome de Paulo?" (1 Cor 12-13).
Os dois posts anteriores ao do cbs e seus respectivos comentários demonstram bem como este versículo é esgrimido com cautelosa conveniência pelos nossos irmãos protestantes (especialmente os importados do outro lado do Atlântico). Então a ideia de uma retribuição divina manifesta em prosperidade material bem visível e legível às claras devido à rectidão de um povo é digna das maiores epopeias do povo de Israel em seus tempos de fidelidade e glória, digna do pensamento mais primariamente retributivo e mercantil do judeo-cristianismo. O problema é quando Israel fica aquém (o que também aconteceu sobejamente). Aí é pranto e ranger de dentes. Essas leituras têm o seu reverso, perigoso por natureza.
Antonius Block |
posted by @ 5:41 da manhã |
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Do Vaticano II |
Exultamos com o pensamento de que foi agora proclamada a liberdade religiosa – que não é a liberdade de eu acreditar ou não segundo as minhas disposições do momento, e de construir um ídolo a meu belo prazer, como se não tivesse um dever primordial para com a Verdade; é a liberdade que tem cada pessoa humana, perante o Estado ou qualquer outro poder temporal, de vigiar pelo seu destino eterno, procurando a verdade com toda a sua alma e conformando-se a ela, e de obedecer, segundo a sua consciência àquilo que tem como verdadeiro no que diz respeito às coisas religiosas. A minha consciência não é infalível, mas nunca tenho o direito de proceder contra ela. Jacques Maritain, Le paysan de la Garone, un vieux laic s’interroge à proposdu temps présent, Ed. Desclée de Brouwer, Paris 1965 (dedicado ao caríssimo David Cameira) cbs
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posted by @ 12:07 da manhã |
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quarta-feira, julho 04, 2007 |
4th of July |
4 de Julho, Dia da Independência dos Estados Unidos da América. O país da liberdade. Que foi, primeiro que tudo, liberdade religiosa. O país da separação entre o Estado e as igrejas. E onde Deus é evocado nas notas e moedas e nos discursos do Presidente. Não sendo nossa a efeméride, serve como pretexto para lembrar o bom exemplo.
Pedro Leal |
posted by @ 11:25 da tarde |
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Da Lei. |
"A única atitude digna de um homem superior é o persistir tenaz de uma actividade que se reconhece inútil, o hábito de uma disciplina que se sabe estéril, e o uso fixo de normas de pensamento filosófico e metafísico cuja importância se sente ser nula."
Bernardo Soares (Fernando Pessoa) - Livro do desassossego
Antonius Block |
posted by @ 8:04 da tarde |
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segunda-feira, julho 02, 2007 |
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Tateamos, erramos, tropeçamos. Gritamos kerigmas, esvaziam-se conteúdos. Cristilizamos dogmas e reformulamo-los a cada geração. Preenchemos lacunas e repensamo-las de novo. Somos povo de Deus que busca verdade como um burro que segue a cenoura nunca alcançada. Somos águias que o Espírito transporta, mas que sozinhas não podem avançar. A teologia é construída à beira d'água e é levada pelas ondas, no entanto da areia também sobrevivem fósseis. A fé é visionária e cega. Existe apenas sustentada pelo vento que sopra desde o início. Nada nos prende a Deus, nem a razão, nem a ciência, nem provas. Nada nos prende a Deus a não ser Ele próprio. Não sabemos nada excepto o que presentimos. Sabemos tudo porque a história é testemunha das gerações. A Beguina |
posted by @ 9:38 da tarde |
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Um blogue de protestantes e católicos. |
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