domingo, julho 22, 2007 |
terapias alternativas |
Eu peço desculpa de aqui não vir cumprir os meus deveres ecumeniais há já alguns dias mas, rondando de novo pela blogosfera, dei-me com este texto que, aliás, já tinha lido há uns tempos atrás, mas que por falta de inspiração e com a consciência pesada por hoje ser dia santo e ainda não ter ido à missa, com a devida vénia aqui "pasto":
"Geralmente um tipo é católico por tara. Acredita porque acredita, ouve padres a dizer as maiores banalidades porque ouve, põe-se de joelhinhos porque põe, bichana umas palavras na maior parte das vezes sem tomar a mínima atenção porque faz assim desde pequenino, remói-lhe a puta da consciência por coisas que a outros os leva a ir beber umas cervejolas, enfim um rol de criteriosas características que, geralmente, depois resumem (e resumo eu, porque me incluo) explicando que é por amor, mas que lá por dentro sabem bem que também é uma ganda borradela em ir para o inferno, combinada com uma ausência de alternativas que garantam um espírito saudável sem excesso de comprimidos ou álcool. Sem a vida eterna, parecemos todos uma junk bond a olhar para um certificado de aforro. Essa é que é essa."
timshel |
posted by @ 4:51 da tarde |
|
10 Comments: |
-
Geralmente um tipo é ateu por tara. Não acredita porque não acredita.
Da maneira como este caramelo fala, tanto lhe pode dar para ser católico como ateu. A badalhoqueira de vida que a maior parte de nós, humanos, levamos, dá para tudo.
Mas para além da irreflexão atroz, há ainda uma marca pesada que me confrange no Cristianismo. É esta compra do Paraíso, esta fuga do Inferno. Criou-se nas alminhas, e a Igreja Católica nisso tem responsabilidades, parece-me, a ideia muito antiga de que temos de nos portar bem senão o castigo será terrivel; comlementada com a ideia muito moderna de que, então cumpra-se a forma (vez Antonius porque é que embirro com o formalismo, mas tens razão na tua crítica à minha falta de rigor) e compremos a Paz eterna.
Volto aqui, com o coração nas mãos, a dizer o que já disse antes: - Com o devido respeito, estou-me nas tintas para a salvação. - Se a minha condenação aos tratos de polé eternos pudesse salvar do Inferno, nem que fosse um irmão (ou um filho, já agora), eu hipotecava-a já. agora. - A unica e absoluta razão para eu ser cristão é o amor a Jesus Cristo. só. mainada. não quero nem preciso de cenouras. - por ultimo e "not the least", mesmo que toda a teologia fosse falsa, mesmo que Ele não tivesse ressuscitado - e toda a minha percepção me reafirma a Verdade de cristo, a par e passo desta vida - ainda assim eu seria cristão. não há saída para a existencia humana a não ser o Amor Dele.
Por isso este caramelo, do que está a precisar é dum calduço no alto da testa (como faziam os mestres japoenses) acompanhado da frase: toma atenção! :)
-
Antonius era: vês e não vez. aiai, tás-me já a condicionar pá :)))
-
ó cbs
vou tentar uma nova linguagem
em vez de te responder vou-te dedicar um video do You Tube que agora vou postar no meu blogue
é uma canção dos Death Cab for Cutie
-
afinal não descobri o video do You Tube
teve que ser noutro formato
-
tás em fase fechada bo teu blog, lol
bem... muito obrigado, ok, "There are different names for the same things"; mas o calduço e a chamada de atenção, não se perdia nada, lolol
-
é mesmo um granda lema prá vida: dá atenção àquilo que fazes :)
dos mestres Zen
-
Viva ò meu grande malandro. Espero que te abatam os pecados da falta de missa pelo post no Trento ehehe
O Francis Bacon disse isso de uma forma ainda mais espantosa.
Já a postei no Cocanha. Acho que leste.
-
Mas é verdade, a qualidade de ateu pode servir para pensar nessa solidão. E que pode nem querer negociar qualquer pacificação em troca.
Essa é a imagem da tragédia grega. Claro que a crença é mais que isto. Mas é um facto que existe um ponto em que o Além se impõe a tranquilidade da mão divina está lá.
Por isso é que sempre disse que nunca haveria de ser por medo e más razões que havia de "aderir" mais à crença religiosa.
Só por bem, e antes com menor crença que com negócio nela.
Claro que é assim, porque é assim, de outra forma também não conheço. Só sabemos de nós próprios.
-
eu só acho que aquele tipo não é para rebater mas apenas para pensar
o mote com que ele começou o blogue dele na altura o opinion desmaker é a chave
beijocas para ti zazie
boa noite a todos
(que eu vou dormir)
-
"aquele tipo não é para rebater mas apenas para pensar" mas é isso, prestar atenção é isso, ver e pensar. e pensar muito no papão do medo do Inferno, e na cenoura do Paraíso. pensar e tentarmos ser verdadeiros connosco (como aliás fez o Desmaker, de uma forma simplista)
|
|
<< Home |
|
|
|
|
Um blogue de protestantes e católicos. |
|
Já escrito |
|
Arquivos |
|
Links |
|
|
Geralmente um tipo é ateu por tara. Não acredita porque não acredita.
Da maneira como este caramelo fala, tanto lhe pode dar para ser católico como ateu.
A badalhoqueira de vida que a maior parte de nós, humanos, levamos, dá para tudo.
Mas para além da irreflexão atroz, há ainda uma marca pesada que me confrange no Cristianismo. É esta compra do Paraíso, esta fuga do Inferno. Criou-se nas alminhas, e a Igreja Católica nisso tem responsabilidades, parece-me, a ideia muito antiga de que temos de nos portar bem senão o castigo será terrivel; comlementada com a ideia muito moderna de que, então cumpra-se a forma (vez Antonius porque é que embirro com o formalismo, mas tens razão na tua crítica à minha falta de rigor) e compremos a Paz eterna.
Volto aqui, com o coração nas mãos, a dizer o que já disse antes:
- Com o devido respeito, estou-me nas tintas para a salvação.
- Se a minha condenação aos tratos de polé eternos pudesse salvar do Inferno, nem que fosse um irmão (ou um filho, já agora), eu hipotecava-a já. agora.
- A unica e absoluta razão para eu ser cristão é o amor a Jesus Cristo. só. mainada. não quero nem preciso de cenouras.
- por ultimo e "not the least", mesmo que toda a teologia fosse falsa, mesmo que Ele não tivesse ressuscitado - e toda a minha percepção me reafirma a Verdade de cristo, a par e passo desta vida - ainda assim eu seria cristão. não há saída para a existencia humana a não ser o Amor Dele.
Por isso este caramelo, do que está a precisar é dum calduço no alto da testa (como faziam os mestres japoenses) acompanhado da frase: toma atenção!
:)