quinta-feira, julho 12, 2007 |
True Ecumenism |
Imagem gentilmente cedida por A View From The Catholic Trenches.
Antonius Block |
posted by @ 2:00 da tarde |
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9 Comments: |
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"for an honest theological dialogue to happen, one should have a clear view of the position of the other side. It helps understand how different we are"
Isto é muito diferente de estar sempre a vincar as diferenças, a dar com elas no toutiço dos outros, condimentando tudo com insinuações de má fé. Ao menos aí, não me lembro de insinuações "oficiais" dessas, de bispos católicos sobre as igrejas protestantes. Pode haver, mas não me parece a norma.
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Mas isto é óbvio. Estes estão de fora e não querem que Roma saia para então dizerem que a família é una!
Óbvio. Não tem a menor comparação com o "revisionsimo reformista" que se queixa de estar fora quando nunca quis estar dentro.
Os ortodoxos não têm mais pretenções que essas. Cuidarem da sua casinha.
O resto é Poder, como é óbvio. A história da Igreja também é uma história de poder. O que não vale a pena é querer virar-se o bico ao prego e chamar ecumenismo ao "contra-poder".
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Pior, atacar-se de totalitarismo um poder que se deseja por ressabiamento de não o conseguirem dissolver.
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O que ali foi escrito foi mesmo uma revisão de milhares de anos da História da Igreja dizendo-se que a verdade é que eles sabem que devia ter sido e não foi.
E o desejo de acabar com a Igreja Católica atacando católicos por "terem a Igreja em Roma, enquanto eles a têm na rua do seu bairro", é uma enorme inversão de "mau perder de minoria".
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à Letra é isto: Lutero e Calvino deviam ter feito o mundo reformista e exterminado Roma. A missão deles é continuar essa Reforma. É mesmo algo que só se pode comparar com o "contra-poder" da revolução mundial. A sabotagem permanente.
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Que diabo de ecumenismo é que se pode pregar, dizendo que “nós aceitamos v.s” quando se compara a Virgem Maria a uma qualquer fantasia de fadas de Avalon e sacramentos são fantochadas a deitar fora, santos só os que vão à tv e a mistura do plano teológico com política e ideologia de super-potência?
Havia de sobrar muito de uma Igreja assim, então não havia. Era harakiri em 3 tempos.
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A questão é que os Ortodoxos conervam ritos (outros mas lá os conservam, são uma divisão de ordem diferente (produto de separação política e geográfica) não são contra poder e mantêm uma dignidade que não tem a menor comparação com essa multiplicação de seitas, cada vez mais folclóricas que nascem todos os dias.
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a imagem que puseste é muito bem adapatada Antonius. e é linda, é mesmo aquilo que se passa :)
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Gastar o latim
14.07.2007, Pedro Mexia
O cristianismo nasceu com o Império Romano. Em quatro séculos e meio, passou de "superstição perniciosa" a religião oficial. Os conceitos cristãos essenciais não existiam em latim, mas a língua deu novos significados a algumas palavras e adaptou termos gregos. O primeiro autor cristão importante a escrever em latim foi Tertuliano. A primeira tradução integral da bíblia em latim foi feita por São Jerónimo. Santo Agostinho escreveu em latim os geniais A Cidade de Deus e Confissões e o mesmo aconteceu com a enciclopédica Summa de São Tomás. Ao longo dos séculos, o latim foi a língua teológica e litúrgica do catolicismo e ainda hoje é o idioma oficial em documentos da Igreja. Com o Concílio Vaticano II e o documento Sacrosanctum Concilium (1963), a eucaristia passou a ser celebrada nas línguas vernáculas e foi adaptado o chamado Missal Romano (alterado em 1970). Mas há dias o Papa Bento XVI publicou a carta apostólica Summorum Pontificum, que liberaliza a celebração do rito tridentino (o antigo ritual da missa católica). A celebração em latim nunca foi exactamente proibida, mas tornou-se residual, adoptada quase exclusivamente pelos sectores tradicionalistas. Por isso mesmo, o Papa tem o cuidado de explicar que não recusa a doutrina do Concílio mas que apenas pretende contrariar a "deformação arbitrária da liturgia" e religar a eucaristia ao legado cultural e estético de rito tridentino. Ratzinger há muito que defende que a crise da Igreja "se deve em grande medida à desintegração da liturgia". O ritual católico, no seu esplendor romano, é um espectáculo memorável. E a dimensão coreográfica sempre foi decisiva num ritual, que implica uma comunhão organizada e solene. A missa comum, pelo contrário, tornou-se num serviço entediante e feio. Assim que se falou desta mudança, a Associação da Liturgia em Latim, sedeada em Filadélfia, saudou a decisão através do chamado Manifesto Socci: "Manifestamos o nosso regozijo com a decisão do Papa Bento XVI de cancelar a proibição da antiga Missa em Latim de acordo com o Missal de São Pio V, um grande legado da nossa cultura, que deve ser preservado e redescoberto." A declaração vem no seguimento de outro grande manifesto de intelectuais cristãos e laicos que em 1966 e 1971 protestaram contra o que viam como um ataque à liturgia. A liturgia, tal como as catedrais, diziam, faz parte da civilização cristã e inspirou muita arte ocidental, e não podia ser abandonada sem mais. O Papa acha exactamente o mesmo: "(...) a liturgia, como aliás a revelação cristã, tem uma ligação intrínseca com a beleza: é esplendor da verdade (veritatis splendor). (...) a beleza não é um factor decorativo da acção litúrgica, mas seu elemento constitutivo, enquanto atributo do próprio Deus e da sua revelação" (Exortação Apostólica Sacramentum Caritatis, 2007). O "sentido do sagrado", escreve Ratzinger, passa pela arte da celebração: "Igualmente importante para uma correcta arte da celebração é a atenção a todas as formas de linguagem previstas pela liturgia: palavra e canto, gestos e silêncios, movimento do corpo, cores litúrgicas dos paramentos. Com efeito, a liturgia, por sua natureza, possui uma tal variedade de níveis de comunicação que lhe permitem cativar o ser humano na sua totalidade. A simplicidade dos gestos e a sobriedade dos sinais, situados na ordem e nos momentos previstos, comunicam e cativam mais do que o artificialismo de adições inoportunas." Este assunto não é "arcaico" ou "reaccionário". Há quatro décadas, assinaram o manifesto pelo latim intelectuais como Jorge Luís Borges, Giorgio De Chirico, W. H. Auden, Robert Bresson, Carl Dreyer, Julien Green, Jacques Maritain, Eugenio Montale, Cristina Campo, François Mauriac, Salvatore Quasimodo, Evelyn Waugh, Maria Zambrano, Gabriel Marcel, Salvador De Madariaga, Mario Luzi ou Graham Greene. O sentido do sagrado e o sentido da beleza não são nunca língua morta.
Para o José Tolentino Mendonça
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"for an honest theological dialogue to happen, one should have a clear view of the position of the other side.
It helps understand how different we are"
Isto é muito diferente de estar sempre a vincar as diferenças, a dar com elas no toutiço dos outros, condimentando tudo com insinuações de má fé.
Ao menos aí, não me lembro de insinuações "oficiais" dessas, de bispos católicos sobre as igrejas protestantes. Pode haver, mas não me parece a norma.