Diz aquela Carta de São Paulo tão sobejamente citada por evangélicos zelosos nas suas demandas de corrigir os transviados caminhos da Santa Madre Igreja:
"Refiro-me ao facto de cada um dizer: «Eu sou de Paulo», ou «Eu sou de Apolo», ou «Eu sou de Cefas», ou «Eu sou de Cristo». Estará Cristo dividido? Porventura Paulo foi crucificado por vós? Ou fostes baptizados em nome de Paulo?" (1 Cor 12-13).
Os dois posts anteriores ao do cbs e seus respectivos comentários demonstram bem como este versículo é esgrimido com cautelosa conveniência pelos nossos irmãos protestantes (especialmente os importados do outro lado do Atlântico). Então a ideia de uma retribuição divina manifesta em prosperidade material bem visível e legível às claras devido à rectidão de um povo é digna das maiores epopeias do povo de Israel em seus tempos de fidelidade e glória, digna do pensamento mais primariamente retributivo e mercantil do judeo-cristianismo. O problema é quando Israel fica aquém (o que também aconteceu sobejamente). Aí é pranto e ranger de dentes. Essas leituras têm o seu reverso, perigoso por natureza.
Antonius Block |
Havia uma senhora na minha rua que amava uns senhores "como eles queriam ser amados" e eles em contrapartida, sustentavam-na e ela, pelo menos à vista "desalmada" vivia muito bem.
Ela não podia estar mais contente e andava sempre com eles na boca (no sentido de os elogiar e assim...).
Mais tarde a coisa começou a dar para o torto. Dizem uns incréus, que foi "derivado" à idade e à celulite. Para mim deve ter sido um problema de fé...
Esta é uma parábola de classe B, para ilustrar o que penso sobre a ligação da religião e da fé à prosperidade.