terça-feira, novembro 09, 2010 |
As más notícias do Evangelho |
O verdadeiro Evangelho de Jesus Cristo não são só boas notícias. O Evangelho também traz consigo as más. As parangonas do Evangelho são boas novas, mas quem não crer nelas, as notícias más acabarão por se cumprir e condenar o incrédulo.
"E [Jesus] disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for baptizado será salvo; mas quem não crer será condenado." Marcos 16:15-16
Jorge Oliveira Publicado também no CANTO Etiquetas: evangelho, Salvação |
posted by @ 12:08 da tarde |
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13 Comments: |
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"Evangelho" é Boa-Nova, Boa-mensagem, Boa-Notícia. O resto são os juízos de quem assume um papel que não lhe pertence.
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Maria, Não não se trata de julgar, mas de sublinhar a ideia de que existem consequências muito más para quem não der ouvidos a essas boas notícias. "Quem não crer será condenado", também faz parte do verdadeiro Evangelho.
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mania minha: a esperança de ver um evangélico mais afirmado na Boa-Nova da salvação do que nos legalismos e fundamentalismos religiosos.
Ler o Evangelho e não considerar o contexto humano em que foi escrito (os primeiros anos do cristianismo estavam marcados por ideias apocalípticas. Acreditava-se no fim eminente.)é desbaratar e reduzir a sua mensagem primeira: A salvação para todos.
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Caríssima Maria,
ou eu estou completamente afundado nesses tais fundamentalismos religiosos que refere, ou então não percebo onde raio quer chegar com seus brilhantes comentários.
Mas onde é que o meu post concretamente está a descontextualizar e a desbaratar o Evangelho? Não percebo.
Relembro que estas palavras (Marcos 16) não foram produzidas pelos "pais" da Igreja primitiva e muito menos pela Igreja secularizada do século IX, elas foram produzidas por Jesus Cristo, o autor e Mestre do verdadeiro Evangelho.
O que quer dizer com a "salvação para todos"? É Universalismo? Que todos serão salvos independentemente de crerem ou não no Evangelho? Não percebo.
Mas esta minha falta de percebimento, só deve confirmar realmente que me encaixo perfeitamente na caixinha fundamentalista e legalista do protestantismo, que traz na sua algibeira.
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pois o mais provável é que as palavras q cita sejam mesmo da igreja primitiva e não palavras de Jesus.
O que pretendo chamar a atenção é para a contradição entre esse anúncio condenatório e as parábolas "da misericórdia" LC 15.
Sim, falo numa salvação universal, não contra vontade de ninguém (mas q sabemos nós do que é o "face a face" com Deus?)mas que é oferecida SEM CONDIÇõES a todos.
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Não há contradição nenhuma no Evangelho. Existem condicionantes para a salvação: a fé e o arrependimento, operados pela acção do Espírito santo no coração humano. Existe claramente uma escolha salvítica: quem crer ("será salvo") e advertências para quem não crer ("será condenado").
Não creio na salvação universal e muito menos na regeneração baptismal. Muito pelo contrário, acredito na condenação universal (Romanos 3:23; 5;12). Ou seja, se o homem não se arrepender e não receber o Evangelho, "o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê", continuará perdido para todo o sempre. Este é o verdadeiro Evangelho que eu creio.
Em Lucas 15 também há condicionantes: o arrependimento (ler Lucas 15:7; 10; 18-21). Sem verdadeiro arrependimento, não há salvação.
"Se vos não arrependerdes, todos de igual modo perecereis." (Lucas 13:3,5), alerta mais uma vez o Autor deste poderoso Evangelho.
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Tem toda a razão, Jorge: Não há (nem pode haver) contradição no Evangelho.
Se continuar a ler Romanos 5, 18-19, vai encontrar isto:
"18Portanto, como pela falta de um só veio a condenação para todos os homens, assim também pela obra de justiça de um só veio para todos os homens a justificação que dá a vida. 19De facto, tal como pela desobediência de um só homem todos se tornaram pecadores, assim também pela obediência de um só todos se hão-de tornar justos."
Mas está claro que cada um de nós tem uma chave de leitura dos textos bíblicos. A minha é de salvação a sua de condenação.
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Sim, é essa a diferença - e radical - convenhamos. Já agora o texto citado (Marcos 16) não corresponde de forma alguma a palavras "textuais de Jesus Cristo" como se de um relato relato jornalístico de tratase.... mas uma criação textual da Igreja primitiva... Ou seja - construção, interpretação, contextualização.
O literalismo bíblico tout court apouca a Palavra em vez de a faer cintilar.
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Amigas comentadeiras,
Já ando na blogosfera há muito tempo (talvez demasiado) para que essas vossas afirmações não se apliquem a mim e até sejam profundamente injustas.
Bastam ler meia dúzia de posts no meu Blogue para se perceber que eu creio no Evangelho da graça de Deus. O Deus que ama, salva e perdoa o mais vil dos pecadores. No próprio post eu disse que a ênfase do Evangelho são boas novas. O alvo do evangelho é salvar vidas e não condená-las.
Só que, por mais que vos custe admitir, existe também uma condenação ali ("mas quem não crer será condenado" Marcos 16:16). E a condenação que Jesus fala, seja por sua própria voz, do Espírito Santo ou da Igreja, e isso é claramente paralelo e acessório aqui, visto não estarmos a falar da inspiração divina desta passagem, está devidamente enquadrado no contexto do texto, do livro, daqueles dias, dos dias presentes e principalmente dos futuros .
O que eu quis destacar no post, foi o lado sombrio e consequente do verdadeiro Evangelho. O Deus gracioso que salva é o mesmo que condena quem não crê nele. Lamento que não concordem e que nem vislumbrem que há dois aspectos no Evangelho. Mas respeito a vossa opinião. Espero igualmente que respeitem a minha fundamentada convicção também.
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Amigo postadeiro:
"O que eu quis destacar no post, foi o lado sombrio e consequente do verdadeiro Evangelho"
Muito gira a ideia do "verdadeiro" evangelho, o que quer que isso seja, atendendo à criatividade historicamente situada na construção do texto bíblico.
Quanto ao lado sombrio do Evangelho , depende da luz ( ou da falta dela) dos olhos de quem o lê/interpreta. O lado sombrio é apenas uma linha interpretativa - um tanto ou quanto distorcida é certo, - mas interpretativa.
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Um deus que é amor ( o Tal que é "revelado" no Evangelho) não pode condenar.
Nunca, em circunstância alguma.
Se o fizesse não seria o Deus da Boa Nova.
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Tretas! Deus não existe e se existisse seria certamente diferente do "deus" católico.
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ó Jaime, se: 1. "Deus não existe" 2. "se existisse seria certamente diferente do "deus" católico"
creio que se espalha meu amigo, porque: a) mais coisa menos coisa, o amigo Jaime faz tanto uma ideia do aparecer no Mundo, como qualquer de nós. b) se afirmar o nº1, nenhum, nenhum sentido tem afirmar o nº2 c) mas se afirmar o nº2, aceita a hipotese de um Deus, e então segue-se que não é o amigo Jaime que O determina.
De resto dou-lhe razão, mas... inverte a ordem, nº1 e nº2 é que sim, são tretas
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