quarta-feira, março 03, 2010 |
Habitação |
O que é o ódio, onde e como habita e toma forma nos actos, usos e relações; tratamos aqui de algo fundo e denso, que tem raízes no indizível da alma, no centro mesmo do sentido do ser e da vida.
Como uma névoa ele se propaga, sem lugar logístico nem linguístico; assim pode um pai dar-lhe forma na relação com um filho, quando o castigo e a opressão são o fim oculto de um meio pedagógico e ético legítimos; ou um amante com um amado, quando a divisão e a anulação são o fim oculto das inevitáveis desavenças magoadas e confusas; é assim que se pode odiar na verdade, imprópria e retoricamente falando: agindo e relacionando-nos sem a caridade de fundo que, orientando o nosso ser e vida, impede o uso de verdades éticas e epistemológicas para demoníacos e desumanos fins.
É algo que não é cernável por estrita argumentação nem se patenteia por motivos fixos ou determináveis, pois não se constitui nos elementos de ser e verdade que possam haver na vida e na palavra, mas no sentido e dinâmica com que age nestes; é que tudo é bom e belo e permitido no seu fundo autêntico, mas a edificação maligna trata de pegar no que é bom e belo, a própria e exuberante vida e sua sacralidade – e funda a sua habitação no vazio de si mesmo, com o ódio próprio do orgulho que não aceita a sua necessidade ontológica da natureza e do divino; e que sem a abertura e aceitação destes como sua sustentação vital e espiritual, reprime a primeira e nega o segundo com uma relação idolátrica qualquer.
É por ser de fundo e queda que é originante da maldade, destruição e desumanização que se patenteiam na história da humanidade, em que sem a ironia ou o silêncio místico, seja o que fôr de bom, belo e humano – acaba sempre por espatifar-se num terror sem nome e numa opressão sem fim; e é por ser de fundo e queda que espreita em todas as nossas células e palavras, sobretudo nas amorosas e verdadeiras, como uma serpente nas folhas da clareira, uma ressaca sem fim nas manhãs de festa e alegria.
Aqui, apenas o olhar límpido entrevê a sua presença; e por isso os animais e toda a natureza, as crianças e os poetas – o reconhecem de imediato e instinto: a má onda, o ácido da terra; o esgar da falsidade e da divisão traiçoeira, que se oculta nas potestades sociais e pessoais da mundanidade separada. . vítor mácula |
posted by @ 11:55 da manhã |
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102 Comments: |
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Sabes o que é o ódio?
Eu não sei. é uma palavra que exprime um sentimento que desconheço.
E é das palavras mais banalizadas recentemente, por estupidamente se traduzir do "hate" inglês.
Nunca isto aconteceu no passado. Ninguém andava com "ódio" na boca. Era mesmo algo acerca do qual se procurava uma boa distância pois é coisa demasiado feia para se alimentar ou atirar como sendo sentimento de outrem.
Com isto não vou negar que exista. Incluindo nos exemplos que dás- ainda que um pai que odeie um filho só possa ser um monstro.
Deves estar a falar de casos limites. E esses só se podem falar com a gigantesca distanciação teórica ou em figuras de estilo.
Ninguém pode conhecer um sentimento que não possui. Eu nunca digo que fulano ou sicrano tem ódio ao que quer que seja pois considero que isso é que seria uma falta moral grave da minha parte.
Um processo de intenção que obriga a um salto no vazia e a um anátema maldoso para cima de outrem.
Do memso modo também não tenho inimigos nem conheço o sentimento de inveja. O que não quer dizer que não tenha por hábito retribuir tudo, para o bem e para o mal.
é apenas uma velha noção aristotélica- repor equilíbrios, e bater com os pés para afugentar quem me possa chatear.
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E o que é o "ódio próprio do orgulho"?
Isso é uma frase muito pomposa mas traduz-se em quê?
Orgulho com ódio? que é isso? Orgulho pode ser altivez, mas nunca é sentimento de ódio.
Até vou mais longe- o orgulho pode é existir nos santos- naqueles que se pretendem incapazes do mais pequeno mau sentimento.
Já falei do assunto com o Timshel por ter conhecido uma pessoa assim.
Não tinha o mais pequeno sentimento negativo para com ninguém. Nunca julgava nada, não demonstrava a menor irritação com coisas óbvias e era cristã.
Tinha a couraça do orgulho que a protegia dessas fraquezas da vida.
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Só por causa das coisas, para que não pareça que me lembrei disto agora, aqui fica o post que já tinha feito a este propósito.
Todos temos as nossas embirrações, eu tenho-as com a novilíngua. E não suporto a forma gratuita como meio mundo anda a dizer que a outra metade odeia tudo e mais alguma coisa.
http://cocanha.blogspot.com/2007/10/aos-cyborgs-semnticos-e-carssimos.html
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não se sabe, precisamente, vê-se com o coração, sobretudo no próprio coração, onde se aloja e habita vindo e advindo.
não é bem um sentimento, é uma disposição existencial, e daí a sua ligação teológica com o orgulho existencial. reconhece-se pelo ambiente de opressão e sufoco.
"Eu nunca digo que fulano ou sicrano tem ódio ao que quer que seja pois considero que isso é que seria uma falta moral grave da minha parte." Tens razão. Ele vê-se na relação sem ver-se bem "de onde vem".
Não me parece um termo da novilíngua; passeia-se no português de Francisco Rodrigues Lobo a Almada Negreiros, mas isso seria outra conversa na mesma ;)
bjoca
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A parte final do texto, sim, é muito bonita e absolutamente certa:
«Aqui, apenas o olhar límpido entrevê a sua presença; e por isso os animais e toda a natureza, as crianças e os poetas – o reconhecem de imediato e instinto: a má onda, o ácido da terra; o esgar da falsidade e da divisão traiçoeira, que se oculta nas potestades sociais e pessoais da mundanidade separada.»
Os animais sabem isto. e são mais inteligentes porque se afastam quando pressentem essa má-onda.
Isto nada tem a ver necessariamente com ódio. Mas é um facto e ontem lembrei-me disso por ter pressentido que conversas com esta imbecil da Bluesmile, são coisas iníteis que apenas estimulam má-onda.
Não vale a pena. Já tinha dito que me retirava. Ela insiste no insulto mas agora sim, não tenciono alimentá-la mais.
Se for preciso faço post a desmontar a questão que me incomoda e que não existe à conta de vidas de cadela- existe mesmo no nosso país por autoria de lobbies e pagamentos de tributos eleitorais por parte de poder.
Se não considerasse uma questão grave, com consequências sociais imprevisíveis, não me dava ao trabalho de gastar tanta energia e tempo a combatê-la assim, sem megafone, sem poder, de forma fraca e quase invisível que é a que corresponde ao meu estatuto marginal às tribos e lobbies da sociedade. .
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PS: Francisco Rodrigues Lobo e antes, mas como não é bem esta a conversa, aproveitei para lembrar este mais ou menos esquecido senhor, luz de muito romanesco.
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PS 2: "E não suporto a forma gratuita como meio mundo anda a dizer que a outra metade odeia tudo e mais alguma coisa." Má onda, pois: o ódio alimenta-se a si próprio. Mas não é preciso discutirmos palavras e o seu uso, chama-lhe merda se quiseres LOL
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Beijoca rapaz.
Pode ser diferença geracional. Há palavras que v.s hoje dizem e que há uns anos atrás ninguém dizia por puder.
A palavra ódio é uma delas.
Repito- não gosto sequer de imaginar que alguém nutre esse sentimento que para mim é algo hediondo.
E não sei se já senti esse ódio vindo de alguém. Senti foi outra coisa- a tara- aquilo de que os animais fogem.
E a tara nada tem a ver com a boa da loucura alegre.
São coisas que se diz que se notam pelo efeito do vinho. Eu sou conhecida por ter bom vinho.
ejhehee
O que não quer dizer que não seja capaz de algumas maldades feias.
Mas é sempre para não ficar com nada atravessado. Preciso de retribuir para ficar limpar qualquer pesadelo que por cá germine.
Na prática nunca foi mais longe que um valente pontapé no rabo a quem estava a pedi-las.
Ou um copo entornado na cabeça de um juiz que calhou aparecer num bar e que também havia anos que lhe tinha jurado pela pele.
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errata .por pudor.
A palavra ódio não era uma palavra banalizada e hoje em dia está à conta da tradução dos lobbies do politicamente correcto.
Gosto de "morder" a semântica dos grupos e é por isso que até chego a guardar todos os chavões da moda.
Sei de onde vem esta banalização do "hate" americano e é coisa tão óbvia que automaticamente se consegue fazer a polaroide ideológica de quem a profere.
Acredito que daqui mais a uns tempos se tenha generalizado por empobrecimento do portuguès e das infinitas variantes e gradações que essa palavra ódio acaba por suprimir.
O Admirável Mundo Novo funciona assim- por apagamento de memórias e simplificação de léxico para fazer com todos marchem em uníssono.
Nunca gostei de linguagem fechadas tribais. Há-de ser a minha costela anarquista a falar mais alto.
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Não tem a ver mas gosto de deixar tudo esclarecido antes de colocar ponto final à idioteira da diatribe com a macaquita.
Há uma coisa que eu gosto- gosto de debates teóricos. E isso significa que não temo ideias contrárias.
Antes pelo contrário- gosto de pensar as questões e é quem está de fora que pode levantar as objecções teóricas ao que nos pode escapar.
Não quero nunca convencer ninguém. Posso é ter embirrações com fenómenos perante os quais me sinto impotente para travar o que quer que seja.
Isto aqui, por vezes é apenas isso, uma forma de se desabafar contra as botas cardadas da lei do Poder.
E eu não sou nada- a minha tribo sou eu- tenho zero de poder de lobbie- não estou inscrita na mais pequena cena associativa.
Por isso, há uma questão que não gosto- não gosto de quem ataca e foge. Porque um debate é isso mesmo- um embate de ideias em que nos desarmamos por muito violentas que possam parecer as palavras.
Aqui na blogosfera ou tenho amigos, e pessoas comas quais simpatizo, por empatias que calhou de acontecer, ou é tudo html.
Mas já risquei duas para sempre com as quais nunca mais poderá existir qualquer troca de ideias-
a Susana Bês (por ser empinada e virar as costas no meio de um debate teórico), e o bacano colega da minha amiga Cristina dos Dias Felizes- por um motivo cretino-
ter lançado a suspeição que eu podia ser hipócrita e vendida, como pessoa, apenas por ter comentado um post de uma questão que ele deixou aberta ao debate, onde havia poltranice e consciência alugada.
Tirando isto, só vai a pontapé tudo o que é devassa da vida privada.
Aí pode ser mais que pontapé se se atravessarem no meu caminho.
Inté e desculpa lá sujar o post com esta treta. Mas senti que havia inspiração nas caixinhas e que estava metida nela.
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Correcção- o acto de poltranice e consciência alugada não era dele. Era de outra pessoa e quem escreveu o post foi ele.
Depois insultou-me por o comentar, atirando para cima de mim os defeitos que estavam expostos no post que ele escreveu.
Na prática fez um post mal feito que se queria de desagravo a poltranice de outrem.
E como teve falta de jeito passou a chamar vendidos aos que viram o óbvio- a poltranice espelhada no acto que ele queria proteger.
ejheheheh
Mas nunca mais. São cenas que me dão a volta às tripas por me tocarem naquilo que há-de ser a causa de ter perdido a vida. O meu orgulho é este- não dobrar a espinha e, se fosse preciso, mais facilmente roubava.
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"Aqui, apenas o olhar límpido entrevê a sua presença; e por isso os animais e toda a natureza, as crianças e os poetas – o reconhecem de imediato e instinto.»
Por isso os poetas se reencontram sempre.Cheiram o ódio à légua, inda que embrulhado em perfume francês Nada os impede de sentir as náuseas face à abjecção. Que a abjeção circule online em tiques porno-chic, que se passeie em travestismos intelectualóides de trazer-por-casa ou mesmo que apresente como único brilho do CV o conjunto de insultos criativos, a abjecção do ódio alimentado contra outros seres humanos cheira mal e provoca sempre náuseas.
O ódio é sempre obsceno - e o ódio aos homossexuais não o é menos por ser bon chic bon genre achar que há um grupo de pessoas que não fazem parte da humanidade.
E eu, que sou militantemente heterossexual, sinto-me nauseada com o ÒDIO abjecto que aqui tenho lido neste blogue. Um poeta sente isso. Um santo também.
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Esta imbecil não larga.
E continua a difamar e a mentir sem ser capaz de responder a nada.
Quem é que tem ódio a homossexzuais, minha besta?
O que é que combati, minha grande animália?
Eu combato estritamente o uso de terceiros num par que nunca se poderá procriar de outra forma.
E combato quem meta crianças nisto.
Ponto final. Se havia alguma coisa a defender era a bondade disto que eu combato.
Desculpa lá, ó Vitor mas não há saco para esta imbecil.
Eu não tenho más-ondas. Mas não admito a ninguém que deturpem as minhas palavras ou me venham colocar etiquetas malignas para disfarçarem a putice que defendem.
Esta sujeita vai ter de se calar com estes boatos.
Porque já começa a passar as marcas.
E, não tarda nada, eu vou ao google e escarrapacho tudo o que a imbecil defendeu e que é suficiente para levar um pontapé de qualquer religião que se prese.
Está online. Já não pode apagar e não pode continuar a mentir por ser estúpida.
Eu estou fartinha até dizer chega destes imbecis. Se não fosse questão social que vai fazwer em cacos crianças e usar terceiros por efeitos de pobreza, mandav a-os foder e traçava o meu cordão sanitário.
Eu sei que é assim que a maioria das pessoas faz.
Na prática até acaba por ser a única arma que tenho- cordão sanitário familiar contra a trampa do mundo-às-avessas.
Mas isso não é o mesmo que alguém me calar por berrar mais alto e mentir impunmente.
Ela que tenha calminha e que se fique por aqui.
Porque toda a gente sabe que eu sou bacana e gosto muito de me divertir e levar isto para a brincadeira, excepto em havendo boatos e mentiras, colocando-me na boca coisas que nunca disse.
Quem afirma tem de provar. Ou essa estúpida faz imediatamente copy paste a provar que eu escrevi isso ou se cala para sempre com a ignomínia de ter sido mentirosa e boateira.
Phónix. O que me havia de acontecer- um cadela a cheirar o cu a quem passa.
Raios parta que não quero nada com fressureiras.
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A imbecil não tem é olfacto, bastava cheirar-se a ela própria para estar uma semana a vomitar.
Cambada de estúpidas que nem defenderem-se sabem e só anda na blogo a fazerem turnos de patrulha à consciência dos outros.
Tenho pó a isto. São inquisidores natos. Vivem da dialéctica erística e do dedo esticado para os outros e nem para o que dizem e defendem conseguem olhar primeiro.
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Esta gaja militou pelo aborto
Milita pela família LGBT e insulta todo o católico que defenda a única família que existe- a biológica formada por uma mulher e um homem
e ainda defende a eutanásia.
Tem aqui de sobra causas para justificar lá com as tabelas periódicas da fé em que também é prolixa.
Para mim atgé podia ser ateia que ia dar ao mesmo- o que defende é que é humanamente condenável.
E eu sei explicar e sustentar este meu julgamento.
Ela é que não consegue sequer sustentar o que defende e depois limita-se a gritar que nem uma maluca e deturpar o que os outros condenam.
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E eu nunca precisei de arregimentar ninguém, nem fulanizar nenhuma questão para a conseguir pensar e pronunciar-me.
Estas 3 questões pensei-as. Tenho até ideias diferentes acerca de cada uma delas.
Não copiei de ninguém o que penso. Pensei por informação do que consistem- tenho um grande arquivo acerca do casório LGBT e há mais de 2 anos que andava a alertar para o truque de lei que eles queriam fazer passar- em aprovando a figura de casamento têm de passar a dar direitos de adopção e de PMA a esse falso casal do mesmo género.
E, como tenho informação de sobra e centenas de comentários por todo o lado e nunca uma única pessoa- incluindo o Vitor, foi capaz de rebater os argumentos, estou à espera que apareça.
Até lá, basta-me o que penso ser a posição correcta. E não tenho nada de ter vergonha de a defender.
Quem defende os mais fracos e os que nem direito à palavra têm- como é o caso das crianças, não é nenhum ser desprezível- penso eu.
Por muita má-onda que lhe queiram colar.
Eu também sei virar as costas e ficar cool quando não estou para me chatear.
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Mas por respeito para com o Vitor e o resto do blogue a cabra pode ficar para aí aos pinotes que eu nem me defendo mais.
Ela que minta, porque toda a gente pode ver que é mentira. Basta pedirem-lhe para copiar as palavras onde diz que se baseia para mentir.
Os estúpidos são pessoas perigosas. É sempre com estúpidos ou fracos que tenho problemas.
Phónix! mil vezes o rambo evangélico. Esse pode ser passado mas não é falso nem mentecapto.
Tem lá o seu código de honra. Para mim é quanto basta.
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Phónix- enganei-me- o ex-Rambo Evangélico que acabou de entrar em Roma logo pela porta Papal.
Só por admirar este Papa merece uma salva de palmas.
":O)))))
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E olha, Francisco Rodrigues Lobo, o tganas- eles nem sabem o que isso é.
Falam em ódio porque é a Ilga e o Opus Gay que os ensina a falar assim.
":O))))))))
É pá, há coisas que sei que agarrar, uma delas é a semântica dos grupos. Melhor que eu só conheço o José do Portaloja- esse é genial nesse dom- tem ouvido musical que é o que me falta.
Mas a novilíngua e os chavões dos grupos é coisa que mordo desde a adolescência.
Cortes na Aldeia, o tanas, isto é lumparia à americana, que traduz tudo por normalização de etiquetas.
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Olá, bluesmile
“O ódio é sempre obsceno - e o ódio aos homossexuais não o é menos (…)” Claro. E há também aqui e muitas vezes, um fenómeno projectivo de bode-expiação.
Mas penso que outra questão é a problematicidade feminino/masculino, que a saída do armário ocidental traz à tona, tanto relativamente às mulheres como aos homossexuais; também aqui a falsidade faz a sua casa, mormente através de pacotes ideológicos e políticos. Estamos a tocar em coisas muito antigas e obscuras, e o sentido ou não-sentido da História não vai lá com arrivismos, mau-grado o vitorismo iludido de certos poderes vigentes com o seu liberalismo de pacotilha.
Por isso é tão difícil no meio da cacofonia dentro e fora de nós, ver a verdade humana que brilha nesta incontornável interrogação acerca de géneros e sexualidade, essa funda interpelação que a História deflagra no troar da sua fúria e confusão.
bjocas
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Eh pá, zazie, ‘tá bem, mas nesse caso… salvaguarde-se a língua e o seu esplendor, escrevendo-a como se nenhuma manipulação publicitária e propagandística a tivesse sequer tocado; o que de certo modo, até é verdade. Os papagaios da praça pública que continuem ao serviço da desarticulação linguística e jornaleira… tudo isso passa com o vento, pois nestes casos, o que fica, os poetas e as almas livres o fundam, e nem por acordos ortográficos ou hábitos de linguagem publicista são vencidos… e nunca se confunde a mesma palavra quando fulgura viva ou se amarfanha numa etiqueta falseada.
Mas claro que tens toda a razão, e a lucidez deve defender-se de tal. Os imbecis até pensam que estragaram a palavra “pecado”, mas não esperam pela demora linguística dos vates e profetas JAJAJAJAJAJAJA!
strong blood
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ehehhe
Tu sabes que o poder do verbo é enorme.
E não se trata apenas de apagar as nuances que podem ir de um simples enfado, a uma pequena embirração, a um não engraçar, a um embirrar.
Chamar a toda essa infinita panóplia de reacções, a
brutalidade do "ódio", não é apenas propaganda.
Tem outro efeito- o espírito inquisitorial de acusar o outro antes de precisar de sustentar a bondade do que se defende.
Eu lembro-me sempre do Alphaville do Godard a este propósito. Ou até do processo inquisoitorial da Joana de Arc.
Não que precise de me defender de alguma coisa. Antes o contrário- a necessidade que esta brutalidade inquisitorial leva a que os desmontemos sem medo de sermos calados pela vergonha de qualquer sentimento feio.
Esta táctica de silenciar o outro por chantagem de psicanálise da alminha é velha chinesice maoísta.
Não me agrada. E, dá-me logo vontade de lhes destapar a careca de polícias de turno duvidoso.
Ou então, mandar foder tudo e repetir a Margueritte Duras no Camião- «Que le monde aille à sa perde!»
(a Cristina recordou essa passagem no outro dia).
Há uma coisa que tu sabes que está para lá de tudo o que naturalmente se poderia pensar (no caso das crianças nem sequer dou abertura de dúvida- o resto, a vida em comum e os benefícios legais, é-me absolutamente indiferente- até podiam casar com periquitos).
O que não quero e nunca contribuirei para dar mais uma forcinha é a esta terraplanagem ditada pela casu+istica da lei.
Se fossem as comunidades a ter uma série de variantes, isso era outra coisa- correspondia a uma realidade percepcionada e vivida in loco.
Agora modas, ditadas pelo estrangeiro, com lobbies a ganharem tachos e a vida por promoverem estas agendas- autênticos simulacros que antecipam os casos reais e conseguem até inventar necessidades na cabeça de quem as não sentia- do mesmoo modo que há uns anos não se casava porque parecia mal perante o grupo e era uma concessão burguesa- isso não.
Nunca estarei do lado da terraplanagem da lei seca, em que as pessoas é que a têm de servir e não ela a servir a moral das comunidades.
e isto é que considero importante.
E nada tem a ver com direitos de homossexuais, ou aceitamento social da diferença.
Antes pelo contrário- sempre que se impõe de cimam do lado do poder, contra a sociedade concreta, apenas com "representantes auto-eleitos" em nome de tretas e manhas que eles escondem na manga o mais que se consegue é reacção inversa.
E penso que ainda vai haver porcaria e regredir-se na aceitação dos homossexuais, à conta destes imbecis que nem sabem o que querem ou para que serve a agenda que impõe.
Sempre que me lembro dos médicos terem de negar o velho juramento de Hipócrates por causa destes hipócritas que venderam o benefício social do aborto e agora esse benefício se traduz por centenas de casos que aumentam, em nome de uma medida que se dizia preventiva da saúde pública, só me dá vontade de esfregar isso no trombone dos que andaram a fazer de idiotas úteis.
E isto significa que as causas de esquerda estão do lado das armas. Consequência aliás, natural. Nunca foram underground e só se diziam contra-poder por não conseguirem impor um poder totalitário maior.
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Está cheio de erros porque estou com fome.
ehehe
Vou mas é jantar.
Beijocas
E tirem-me a macaquita da frente que ainda lhe piso a cauda.
":O)))))
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eu cá acho que a senhora do sorriso azul também aponta para coisas muito pertinentes; é verdade que a saída do silêncio e inacção, de muitas tensões e realidades de género e sexo, ainda nos há-de revelar muita coisa sobre o fundo e superfície do humano e das coisas.
o problema nestes estertores antropológicos são, como sempre, as ideologias ao serviço de novas ocultações e mentiras.
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É verdade. São coisas de tal modo pertinentes e originais que acho que devia gravar patente.
E os argumentos com que as sustenta são... como direi... seguindo a terminologia que melhor a exprimem - de arrasar.
":OP
O que eu gosto mais é das tuas piadas secas.
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Eu curto muito macaquitas casuísticas.
Esta é pena é ter o disco rachado.
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Vítor:
Quando se repetem exaustivamente insultos às pessoas homossexuais,quando s elhes negam direitos civis básicos com base no puro ódio, comno se isso fosse uma verdadae definitiva e não uma manipulação publicitária e propagandística, està-se no domínio da pura ideologia feita de ocultações.
Quando se reduz um outro à categoria do não humano acendendo a obscuridade do medo atávico,( e a tal projecção do bode expiatório) justificam-se todas as violências verbais e até o extermínio. "Pretos"ou "judeus", "imigrantes" ou "ciganos", "panascas" ou "fressureiras"( estou apenas a repetir linguagem zaziana e os da sua tribo)deixam de ter carne e vísceras e sonhos, para se reduzirem à condição de res, que podemos manipular ou reduzir a uma categorização essencialista e não humana.
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A imprevisibilidade das causas então, é uma coisa espantosa.
Nem precisa de haver matéria para a aplicar, basta o import/export das ONgs.
Isto faz-me lembrar as traduções do software informático.
Lê-se, não se compreende corno do sentido mas tem-se sempre a sensação de já ter lido aquilo igual sempre que se liga ou desliga a maquineta.
São as chamadas causas de mercado com mãozinha marota invisível.
Mesmo que não sirvam para nada há sempre quem as compre por gostar de sentir tão update quanto o telemóvel.
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A macaquita nunca leu Schpoenhauer.
A ela é que se aplica o argumento da dialéctica erística.
Não falha- basta inventarem-se ismos de opróbrio para nem ser preciso um argumento.
É só canga de etiqueta e dedo esticado da denúncia.
Onde é que eu já vi isto.
Acho que já vi naqueles que apitam a má-fé e espelham nos outros a porcaria própria que escondem debaixo do tapete.
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Sim, a história humana é feita disto, o cheiro a carne queimada dos "fornicadores e pederastas" ainda não se apagou nos ventos da história, os vagões atulhados de gente aflita com triângulos cor-de-rosa no casaco também, os linchamentos públicos não são novidade, hoje já não os mandamos para Birkenau, mas andamos pela avenida de braço hirto, a vomitar slogans em surdina contra a paneleiragem que quere sodomizar as nossas criancinhas e tal, não estamos longe da noite das facas longas, mas estamos tranquilos na nossa bovinidade, pois a estatueta da senhora de fátima acompanha-nos no ódio com a sua benção, somos os "bons", os "puros", os "limpos", marchamos contra os "invertidos" capazes de nos destruír, urramos de mãos dadas com o PNR e, se alguém não percebe o que há de ideologia militante nas paradas antigay ( e quem as financia), é de uma ingenuidade sociopolítica aflitiva.
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Mas a macaquita sabe que eu tenho tribo. E sabe que eu sou isso tudo- essas coisas feias mas demasiado limitadas.
Podia ter arranjado mais ismos. Existem infinitos ismos para os que nasceram para engavetadores.
Só é estranho como a macaquita consegue detectar a minha estupidez sem conseguir exemplificá-la.
E ainda é mais estranho como quer convencer alguém que tem excelentes argumentos sem ter dado exemplo de um único.
E isto nem é a primeira nem segunda nem 1oªa vez.
Basta ir ao Google e ler o que macaquita repete, militantemente, por tudo quanto é blogue, dando de chofres sempre que alguém faz o mesmo que eu- lhe pede para concretizar e explicar as suas razões.
Se for preciso eu aclaro-lhe a memória.
E posso fazer o mesmo em relação a mim- mostrar como consigo dialogar e sustentar os meus argumentos, mesmo que sendo bombardeada por dezenas de militantes de causas compradas no cabaré da coxa.
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Se não for o toque de caixa mediático a macaquita nunca se lembraria da causa do casório gay.
Portanto, como só se lembrou depois da agenda política mandar fazer agit prop- o mais que ela precisava era se chicotear por ter andado uma vida a ser homofóbica.
E o mesmo a milhões de habitantes do planeta, nos restantes países que, à excepção de 7, nunca legalizaram isso.
Mas o que eu mais queria era que v.s os dois me contassem a beleza cor-de-rosa daquelas compras de filhos por encomenda em laboratório e a ucraniana a precisar de legalização e depois a beleza da negação de mãe e pai a quem é assim salvo, por estes entes eleitos a mártires universais das causas de cu.
E, já agora, que insultassem todos os homossexuais decentes que acham o mesmo que eu-que ninguém tem o direito de andar a fazer das crianças cobaias de caprichos da moda.
E que ninguém tem direito de usar terceiros para privilégios de causas que apenas querem parzinhos a macacaquear os burgueses do casório monogâmico, por efeitos afrodisíacos e altamente filosóficos do IRS.
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E vou indo porque esta trampa fede e eu ainda digo o que não quero.
Há questões que me recuso a relativizar- uma delas é a pena de morte, outra são as experiências com crianças.
E podem-me chamar essas merdas todas dos ismos da moda e incluir-lhes o prefixo uber- que sim senhora- sou isso tudo mas ao lado destas "interessantes e pertinentes causas" do mundo soja e da política barbie de mundo às avessas é que nunca me verão.
E quanto mais julgam que me intimidam mais faço em cacos a hipocrisia que estas causas escondem.
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A homofobia é especialmente evidente em personalidades mais débeis - a tal projecção no outro das suas mais íntimas dificuldades e mesmo ambivalências relativas á identidade sexual - há mesmo personagens que são um case study, como uma que tenho encontrado por aqui - mas a questão de fundo é a de saber se um católico pode ficar indiferente quando outras pessoas são vilipendiadas e reduzidas á categoria de não humanas,com restrição de direitos civis porque são homossexuais, é a de saber se um católico pode poder ficar indiferente perante o urro da populaça ( tem piada, o nuno serras pereira fala nisso mesmo, no urro da multidão durante a manif antigay) e nesse urro atávico, um outro múrmúrio subreptício ( crucifica-o!, crucifica-o!) e tantos de nós desatentos ( eu não conheço esse Homem) e tantos de nós medrosos ( ainda dizem que sou comuna ou me chamam fufa em blogues merdosos) e tantos de nós a titubear ( eu não sei quem Ele é). e tantos de nós aflitos com a brutalidade inquisitorial e pornográfica do insulto repetido ou calados pela vergonha do terrorismo verbal...
Nem todos somos assim, titubeantes e indiferentes.
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E estas animais andam a provocar os mesmíssimos extremismos que existiram noutras épocas.
Como é gente estúpida, completamente desenraizada e sem o menor respeito pelas comunidades e voz dos mais velhos, fazendo das agendas oportunísticas dos partidos de passerelle lei a ser imposta a quem as não pediu, não me admira nada que ainda venham mesmo a aparecer os tais nazis a retribuirem-lhes as provocações.
Por um motivo simples- não existe nenhuma sociedade, desde que o mundo é mundo, que tenha feito esta experiência.
Portanto, têm milhares de anos a negar e zero de suporte teórico ou experimental das consequências.
Em segundo lugar, as leis tans-históricas, aquelas que se reportam a costumes milenares, nunca mudaram de um dia para o outro, apenas por truque de pagamento eleitoral de quem chega ao poleiro e a seguir vai embora sem ser responsável pelo que muda e fica, para além do seu mandato e até, para além da sua vida.
Ora estas coisas só podem ser alteradas se houver uma enorme pressão social que assim o obrigue.
Qual foi a realidade portuguesa que possa indicar que existiam milhares de campónios gay a sofrerem miseravelmente por não poderem formar família com o campónio vizinho a e a brasileira soldadeira que por lá apareceu a oferecer-se para o choco?
Quais são as milhares de mulheres lésbicas tugas que vivem marginalizadas e a chorar baba e ranho pelo facto do godmiché ser estéril e ansiarem pelo banco de dados para encomendarem o javardinho feito in vitro?
Imagino que estes milhares todos a quem a lei teria de ser mudada para não haver mais boicotes na ponte tenham emigrado.
Pois no dia da aprovação no Parlamento a única coisa que se viu foram os mesmos gatos pingados de sempre que, por acaso até nem querem casar e nem conseguiram arranjar para o cenário mais ninguém que quisesse.
Ficaram-se por aquelas duas actrizes que até nada têm a ver uma com a outra e em que uma é militante pela pansexualidade e respectiva descendência kamasutra e a outra não se sabe porque se limitou a levar o bebé de plástico no carrinho.
Mas, como tudo isto são causas verdadeiramente nacionais e de uma pertinência de humanidade sem par, uma delas garantiu-me na caixinha de comentários do Blasfémias que já tinha o guião pronto e que ia passar a teatro a performence que fez frente às câmaras.
È este o espelho da urgência destas causas- the show must go on.
E não um único fiteiro que esteja no desemprego. Mal se metem nisto é só a subir, até ao topo.
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ó animaloide, ó Josefina de hospício - vamos lá a ver se te calas para sempre porque tu fedes à distância e estás para aqui a chamar homofóbico e a inventar gente que deseja a morte de maricas apenas e exclusivamente por eu ter negado a família com crianças do choco LGBT.
Monga reformada- tu precisavas era de uma murraça na cabeça que te enterrasse pelo chão abaixo.
Garanto-te que se isto fosse ao vivo já tinhas levado tamanha cachaporra que durante um mês nem kizomba dançavas, quanto mais teclar.
Cabra de pasto transgénico Casuística moviflor.
Animais de letras, estes pulhas casuísticos que se agarram à puta da demagogia que nem macaco a banana.
Vai-te catar sua inteledtual de licra. Desaparece-me da frente que metes nojo.
Sapa prantada num guardanapo.
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mas as senhoras estão obsecadas com o casamento gay ou quê?... reparem que tal surgiu num post acerca da reverência perante as espécies eucarísticas, e continuou noutro acerca da noção de ódio enquanto dilaceração interna e relacional JAJJAJAJJAJAJAJJAJJAJJA!
quanto a mim e à pertinência que levantei, não estava bem a pensar no casamento gay mas na organização social fundada celular e globalmente na procriação e perpetuação da espécie, que organizou societalmente homens e mulheres de determinados modos, assim como organizou as actividades sexuais de tutti quanti; e que tal organização tem sido interpelada internamente pela saída funcional e profissional da mulher do espaço íntimo ou religioso, e pela assumpção pública da actividade homossexual aliada a um recuar da sua proibição legal e sua caracterização médica como doença; tudo isto é muito complexo, e de abadessas a zonas boémias e carnavalescas, nada nunca foi a preto e branco, assim como houve homossexuais públicos; no entanto, penso que do séc. XVII até hoje, muitas convulsões se deram nestes aspectos profundos e antropologicamente fundantes.
penso também que isto toca uma questão ontológica, isto é, para além da sociologia e da antropologia, e que é a dinâmica constituinte do ser na tensão entre feminino e masculino, dos átomos às moléculas, das almas aos anjos, dos signos às pulsões, etc
enfim, mas esta última é uma minha obsessão; quanto à do casamento, o curioso é que, a mim, o que me causa pergunta não é de todo esse oh horror da adopção, com o qual não tenho problema algum; considero essa freudiana necessidade da figura paterna e materna como elemento indispensável do crescimento saudável da criança um pouco redutora, e bastante ideológica; é evidente que a criança crescendo terá de lidar com o masculino e feminino e muitas outras categorias e realidades fundantes do humano; mas tal dá-se na relação geral com o núcleo íntimo e as envolvências sociais diversas; não vejo problema nenhum em crescer com uma mãe, duas tias, três amigos, dois amantes e um amigo, ou o que fôr que constitua a casa em que vive e cresce – desde que seja boa onda ;)
(cont.)
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tenho perplexidades com o casamento, e ela é linguística, precisamente; e quando me dizem que “estás agarrado apenas a uma palavra”, bocejo, pois sei que estou perante alguém a quem a alienação hodierna destruiu a consciência de que a ordem prática e suas orientações e significados, são precisamente guardados e aferidos pela linguagem; é isso que fez o outro dizer que o humano habita linguisticamente a existência; é que nem sequer há si-próprio sem linguagem, quanto mais cultura e sociedade; pensar que a linguagem é um instrumento de comunicação e descrição, e não uma criadora e mantedora de mundos, é ter a cabeça lavada pelos jornaleiros e ideólogos de serviço à desculturação e deshistorização do mundo, que se arvoram e farfalham no hoje em dia ocidental; aliás, é com palavras e gestos que se executa o mistério eucarístico, caramba ;)
ora, “casamento” significa “celebração do mistério íntimo do masculino e do feminino”, e não me refiro apenas ao cristianismo; é evidente que nesta celebração e suas sequências práticas e vivenciais deva haver bons afectos, ou boa vivência destes; mas tal não é exclusivo do casamento, que raio, convém que também os haja nas relações de amigos, laborais, festivas, e até militares LOL
penso porém, ligando o que disse acerca da perturbação ontológica relativamente ao entendimento do feminino/masculino nos seres e nas coisas, que estas fulgurações do mistério do ser têm vindo a mudar a sua configuração, e que tal tem consequências nas possibilidades de celebração desse mesmo mistério; mas tal ainda são águas muito escuras (evidente, revelações de coisas já desveladas é discurso de papalvo LOL)
isto é: “casamento” tem que ver com celebração do mistério do ser e da vida; de resto, eu só estou casado pelo civil devido a essa coisa chamada concordata ;)
bjocas
PS: e vossas duas senhorias azuladas e cocanhadas andam-se a piropar muito JAJAJAJAJAJJAJAJJAJAJAJAJA!
PS 2: não esquecer que o riso ossiânico é primo do rabelaisiano ;)
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Olá vítor:
Fiquei a pensar dque, se em algum momento eu me atrevesse, como tu, a dizer por aqui que não me incomoda nada a adopção por casais homossexuais, a zazizinha escreveria pelo menso 69 excitados posts de insultos doentios... LOL
A minha perplexidade com o casamento é nula, nem sequer é linguística.
Casamento civil é um contrato jurídico através do qual duas pessoas adultas, ( maiores e com plena capacidade jurídica) decidem , em liberdade, VIVER EM COMUNHÃO DE VIDA. Está lá, no Código Civil. È esta a noção jurídica de casamento civil que não implica qualquer fertilidade biológica nem sequer qualquer intenção ou possibilidade procriativa para ter plena validade.
È VERDADE que o humano habita linguisticamente a existência, mas quem tem familiaridade com a linguagem jurídica habitua-se a interpretar conceitos com algum rigor, e a balizar delimitações conceptuais. Claro que admito que a própria linguagem é sempre polissémica e que "casamento" pode ter miríades de leituras funcionais ( e já agora miríades de fantasmas de papéis de género que impliquem uma "obrigatória" diferenciação em duas identidades/ alteridades, além dos rituais de poder) Mas OBJECTIVAMENTE, em termos civis, o facto de duas pessoas homossexuais que se amam poderem ter possibilidade de a sua relação ser jurídicamente relevante, parece-me absolutamente normal.
Não é pelo facto de pessoas com orientação sexual diferente da minha poderem aceder ao mesmo instituto jurídico a que eu e o meu marido acedemos , que isso nos retira quaisquer direitos civis enquanto casal, nem descaracteriza a nossa "vida em comunhão". Há realidades diferentes nos casamentos civis? Pois há. Por exemplo, o José Castelo Branco tem um reconhecidíssimo casamento civil heterossexual. Outras tantas figuras públicas heterossexuais casam e descasam ciclicamente como mudam a colecção de sapatos para a estação. Todos os dias há relatos de crianças abusadas por pais biológicos unidos formalmente pelo casamento. Todas as semnas , em Portugal há uxorocídios em casais heterossexuais unidos pelo casamento civil (e muitos vezes até católico).
E aí, se a questão é meramente linguística ( simbólica), o Vítor entra em contradição - se a linguagem é meramente um instrumento de comunicação e descrição, e não uma criadora e mantedora de mundos, é mais do que óbvio que palavras como "casamento" , "família" e "amor" podem ter uma amplitude de configurações humanas quase impossíveis de quantificar...
Ora se o “casamento” significa “celebração do mistério íntimo do masculino e do feminino”, - não forçosamente - pelo menos em termos jurídicos - nem necessáriamente porque a celebração do mistério íntimo do masculino e do feminino se pode fazer plenamente fora da normatividade jurídica do casamento civil...
E, se "o casamento tem que ver com celebração do mistério do ser e da vida", mais uma razão para que todos os que são chamados a vive-lo o possam fazer.
Claro que há pessoas muito aflitas com a sua conjugalidade que ficam em pânico com estas questões de igualdade.
A mim não me perturba nada, mas pronto, como contraí matrimónio pela Igreja ( ou seja, também sou civilmente casada, devido á Concordata)) e como tenho todos os dias de dar sopa a uma equipa de hóquei, talvez algumas luminárias atarantadas fiquem chocadas com o que penso e digo. Beijos
PS - acho a zzaie cada vez mais excitada- não arranjas maneira de a sedar?
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(Cont.)
Nota final - Eu nem me preocupo muito com este tema do casamento homossexual. Parece-me uma questão resolvida em termos de ordenamento jurídico. Só tentei explicar o que penso porque afinal, um simples parágrafo escrito en passant, originou uma verdadeira hecatombe de posts de pornochanchada ( já devem ir nos 100) da tontita capitaine Hadock de serviço, tenho-me rido bastante com tal comportamento flibusteiro , a sério que a capitaine é divertida, se bem que aqui a influência não é só do cognac , é mais da coca fascizóide.
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Não li a imbecil, portanto só te respondo a ti.
Vítor,
Estas questões não precisam de nenhuma poesia para se contornarem.
É simples- sempre existiram pais e mães homossexuais- porque é dentro da família- a única que existe- que essas variações sexuais podem acontecer.
Conheço um senho com filhos e uma mão cheia de afilhados, partilhados com o seu amante, que é isso mesmo- homossexual.
Nunca os filhos precisaram de deixar de ter mãe e passar a chamar mãe ao tipo com quem ele vive.
Sabem o que há para saber, e não precisam de saber detalhes privados para nada.
No Natal, como também é hábito em muitos homossexuais, lá há a partilha das prendas aos rapazinhos afilhados que não precisam de ser chamados filhos e muito menos de irmãos pelos filhos dele.
E isto sim, é o que existe desde que o mundo é mundo, com variantes de concubinagem ou direitos de pernada ou amantes partilhados ou até filhos colectivos e do Estado.
O que nunca existiu nem pode existir é o famosos problema da Loretta dos Montgy Python- o tipo que queria ter filhos sem trompas e lutar simbolicamente contra a repressão de não os poder ter, por não ter útero e tromas.
E é esta anormalidade a que se resume- literalmente a palhaçada dos "direitos iguais" por género- com casório e choco a ser tido por direito outorgado pela sociedade a homens-mãe sem trompas e sem útero e a pais-mulheres, sem pila.
Como é óbvio- esta impossibilidade só pde sr utrapassada, usando terceiros que, uma vez que a conquista é de casório monogâmico- não inclui o que fornece aquilo que o casal do mesmo sexo não pide produzir sozinho.
Portanto, toda esta fita do nome- de se considerar figura legal de casamento igual a hetero (coisa que nem em Inglaterra foi aprovada) tem como intenção conseguirem depois ir duas mulheres ao médico- como casal- para inseminação artificial, dado a uma ser estéril de esperma ou a outra ter óvulos incompatíveis com a semente da mulher/futuro-pai.
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cont...
A questão da adopção nem se coloca- Porque basta saber fazer contas que nem uma única criança existiria disponível para casalinho homo, dada a percentagem gigantesca de nº de casais candidatos a adotantes e o escasso nº de crianças adoptáveis.
No outro dia deixei aí o link para um blogue de gente sozinha que quer adoptar e vale a pena ler-se o que por lá se diz.
O mundo está de tal modo espatifado que já existem mulheres a considerarem-se irremediavelmente sós para o resto da vida a tentarem tudo para arranjarem filhos por adopção.
Existe mesmo agências onde se compram e existe compra de feto antes de nascer.
Quem quer falar destas coisas é bom que se informe antes de fazer poesia gratuita com elas.
Quanto ao que se passa no estrangeiro- com empresas de venda de de filhos para gays e trangénicos é negóciuo próspero, dado o elevado poder de compra que estas castas cada vez mais possuem.
Depois ainda existe o negócio das barrigas de aluguer, cuja regulamentação era bem restrita por cá mas que quer ser mudada pelos mesmos lobbies do casório LGBT.
Como tenho fontes de tudo isto- se for preciso despejo aqui tudo- com nomes escarrapachados- estudos- clínicas de tratamento de crianças traumatizadas com essa concepção abstrusa onde se consegue fazer o pleno que tu fizeste- deitar Freud Piaget , todos os estudos da formação biológica, psicológica e social das pessoas, em função precisamente, de nunca terem andado a chamar mãe a um gajo barbado e pai a uma gaja com mamas iguais às da mãe que com ela vive, sendo que nem uma nem outra podem ser a desgraçada que vendeu uma gravidez a este parzinho a troco de legalização ou de uns cobres, neste mundo de mercado global em que isto tudo se inscreve.
Esta é a realidade. V.s podem embandeirar em arco com ela. E podem até dizer que "sinceramente e não sei quantos a figura paterna e não sei que mais já é coisa que a psicologia foi obrigada a deitar para o lixo, porque se o não fizesse tínhamos a linha da denúncia a cair-lhes em cima por crime de ódio de homofobia.
Não me interessa. Não me interessa absolutamente nada que tu aches isso tudo- porque tu não apresentas sequer um único estudo a contrapor a que achas bom que vá para o caixote do lixo, pelo facto de elegeres com coitgadinhos os gays e como gente de segunda para os satisfazer, as crianças.
É a tua prioridade. Posso achar que é um prioridade que nada tem a ver com a defesa dos mais fracos, mas isso também é uma opinião minha.
Aquilo que eu tenho curiosidade e te vou perguntar é outra coisa.
Explica-me o seguinte, que eu sou apenas uma católica simptatizante.
O que dirá um confessor, um bispo, um membro da Igreja com alguma responsabilidade a quem defenda isto e, passe até da mera opinião caseira para a prática social da sua defesa.
Resumindo- o que poderá esperar um católico em Portugal, no ano de 2010 se contar a um padre- ou mesmo a um bispo- com responsabilidades teológicas doutrinárias que defende as o comércio da procriação por todos os meios, dado que defende que um homem e outro homem, ou uma mulher e outra mulher, devem ser considerados um casal- no mesmo pé de lei e de direitos para tudo, num casamento monogâmico- feito exclusivamente desta forma.
Agradecida.
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Caso for preciso deixo aqui os links que fazem a ponte entre os lobbies mundiais que depois se ramificam noutros que têm grupos na UE e daí para os de cá que, por sua vez têm a ponte directa com o grupo de PS que trabalha nas comissões de legislação de todos estes assuntos.
Sei o nome de todas essas pessoas- é público. Basta ir aos site da Assembleia.
Se for preciso também deixo aqui os links dos exemplos que existem lá fora com toda esse negócio (que eu considero sórdido, apesar de ser uma mera simpatizante do catolicismo) e com as clínicas de tratamento das crianças que já foram feitas em nome desta famosa causa do expoente da "supremacia dos valores da Civilização Ocidental" - como lhe costumam chamar.
E repito que o que está em causa nem passa legalmente pela adopção, a menos que a consigam por cunha- coisa aliás denunciada nesse site de adoptantes como pessoa só.
O que está em causa e gostava de saber é que diz a Igreja- na figura de um responsável português a quem contar que anda a defender activamente isto:
1- As PMA para mulheres sozinhas ou em casal- sem precisarem de ter o menor problema de gravidez mas porque, como são lésbicas, têm nojo de fazer o filho com o pai- e o encomendam in vitro.
2- As barrigas de aluguer e a encomenda a mulheres que engravidam para fornecer os "casais" de homens homossexuais, que, igualmente, só os desejam por esta via fora do contacto físico, amoroso e sexual, com alguma mulher.
3- Sendo que quem nasce disto nunca poderá chamar mãe a quem engravidou para dar ao tal casal feito por uma mãe/homem e um pai/homem que só poderão ter este filho se juridicamente a mãe biológica cortar todos os laços com o filho.
O mesmo para as duas mulheres que por PMA apenas poderão ter uma criança que nunca poderá saber de onde veio o semen com que foi feito- pois o pai que lhe deram é a mulher parceira da mãe.
Era isto e exclusivamente que gostava de saber.
(dispenso explicações, porque já fiquei esclarecida) Tenho é curiosidade acerca da posição da Igreja perante um fiel que confesse defender activamente tudo isto.
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o qué?
era o que faltava os juizes da lei serem quem substancializa esse misterio fundo dos nomes e das coisas LOL
quanto a nocao de casamento enquanto contrato juridico, parece me semelhante a confundir a minha identidade substancial com o BI. tambem nao basta o diploma de letras para fazer criadores literarios etc
claro que numa epoca e lugar de ditadura antropologica e sociologica do Estado, transcreve se politicamente a ilusao que o Estado consubstancia e legitima os entes e suas relacoes reais.
e percebeste me mal o meu ponto linguistico eu nao penso que a linguagem seja apenas comunicacao e descricao, mas sim e tambem que ela e fazedora de mundos e sentidos e aqui e o povo, os poetas, os filosofos e a minha tia Alzira que trabalham nao os ideologos, juizes ou politicos de servico ao mercantilismo politico e cultural aqui do burgo. para estes @simbolico@ tem o sentido que lhe estas a dar. em epocas e lugares menos desvitalizados, simbolico significa activacao e efectivacao de dois planos heterogenos, como na eucaristia ou no poema que transtorna simbolizar significa realizar algo num acto de trazer para a vida o naturalmente intrazivel por exemplo o casamento catolico e uma activacao da relacao de deus com os humanos fazendo dos casados a mesma carne e nao e a unica, claro e evidentemente que estas coisas acontecem fora de rito e fora de jurisdicao sacerdotal nunca pretendi o contrario
de resto, e me indiferente que x ou y se contratualizem liberal e juridicamente no que for, desde que o contrato seja justo. e para isso que serve ou nao serve a lei do Estado liberal serve para gerir negocios
mas so o espirito, essa concretude viva, consubstancializa *sorriso com piscar*
bjocas
PS desculpem o digitar, mas estou num net cafe completamente chalado na almirante reis em que as proprias infos e teclado estao em chines LOL
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PS a minha ultima mensagem era replica para a bluesmile
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zazie, nao falei de PMAS e etc
eu nao me oriento por pacotes tematicos venham donde vierem
referia me simplesmente... ao que referi
quanto aos exemplos que referi, a crianca nao chama pai a tia ou amigo nem mae ao amado do pai e etc que raio de ideia e essa *ponto de interrogacao* LOL
se nao for secreto esse teu dossier, talvez eu gostasse de lhe dar uma vista de olhos, dada a minha ignorancia nestes assuntos mais medicos e socio/politicos
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Vitor:
Falei eu porque é nisto que consiste a consequência da legaliação do casamento homossexual.
Pensava-te mais informado para teres opinião.
O que eu disse é puramente factual.
Esta legalização da figura jurídica de casamento homossexual visa obrigar a que, por efeitos casuísticos (pensados há muitos anos pelos lobbies- tenho dossier com tudo documentado) o direito a mulher só ou a duas mulheres casadas, poderem inseminar medicamente sem haver homem nem impossibilidade física para isso.
Do mesmo modo, a figura jurídica visa que 2 homens monogâmicamente casados- com esse provilégio a beneficiá-los apenas aos dois- possam ter direito a oferta ou compra de filho por agência ou barriga de aluguer.
Como isto é factual, podes informar-te.
Mas o que te pedi não foi isto.
Eu quero é saber se em Portugal a Igreja- na figura de algum membro responsável acata a defesa do que enunciei.
Pedia-te para me informares.
Se o não quiseres fazer eu vou tentar informar-me por mim.
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E não estou nada a brincar.
Eu quero saber se a Igreja com a qual simpatiza aceita isto de um fiel.
E digo-te que se o aceitar, para mim acabou-se a Igreja Católica estará definitivamente cortada.
Duvido que o Papa defenda e aceite um fiel a defender literalmente isto- donde me restará sempre o Papa como base de uma Igreja de que tenho desejo de me aproximar mais.
Mas, se em Portugal isto já tiver passado a ser aceite pelas hierarquias religiosas e qualquer crente posso defender literalmente esta realidade- que é exclusivamente a única que eu condeno- para mim acabou-se. Nem quero ver padre à frente e nem um pé mais avanço para uma instituição que possa ter-se tornado numa vergonha tamanha que qualquer ateu bem formado renega.
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Esqueci-me de acrescentar outra consequência que a figura jurídica do dito casal homossexual- igual ao hetero implica.
Ainda que na prática, de acordo com a que a legislação determina, as pessoas sós estejam atrás dos casais (hetero, passe o pleonasmo, pois par até existem de laranjas mas não são casal) e, em função da discrepância estatística entre o nº de candidatos e o escasso nº de adoptáveis, não tenham praticamente hipótese de adoptar plenamente ninguém- ser família de acolhimento provisório é outra coisa- assim com a dita adopção restrita; o facto é que esta lei também está na calhar para ser alterada.
O motivo é mais um buraco processesual da casuística com tudo isto é tratado - estamos a lidar com o Poder detentor das armas e da lei escrita- não estamos a lidar com contrapoderes da sociedade.
Neste buraco passa-se o seguinte-
Não é permitido que um homem só (a sexualidade não é verificada porque não faz parte da identidade de ninguém, a não ser agora que se quer fazer passar a ser a primeira identidade de toda a gente), dizia eu:
não +e permitido por lei que um homem ou mulher só só adopte um menor que se saiba ser homossexual.
A finalidade deste artigo da lei, consiste em evitar que um adulto fique na situação de poder vir a usar uma criança adoptada como parceiro sexual- uma vez que, neste caso, se trata da tal abertura última - geralmente apenas usada por parentes em caso de desaparecimento ou impossibilidade dos pais.
Ora, com a figura jurídica do casal homossexual, se quer simétrica da hetero- este artigo torna-se incompatível com a lei geral.
Portanto, qualquer jovem homossexual vai ter de passar a ser livremente adotado por homem só ou por dois- que fazem de mãe e pai.
Sucede que ainda existem mais exigências para a adopção e que os lobbies querem alterar.
Para além das pessoas casadas terem prioridade, é também obrigatório que o jovem adoptado- que só o pode ser em condições complexas de não existirem filhos biológicos que necessitem mais dos pais que esses candidatos a serem adoptados, cortem para sempre com todo o vínculo materno ou paterno que possam ter.
Consequência prática e social para quem viesse a ser adoptado por agência internacional (e já o são- é ir ao site que conta como a gente da noite consegue passar à frente e basta uma viagem com a criança para terem tudo legalizado em 3 tempos- um jovem pode vir a ser privado de mãe por em troca da que perdeu lhe darem 2 homens-
O mesmo para quem perdeu um pai- em troca, passa a filho de Deus menor e dão-lhe duas mulheres- uma vez que a lei é feita em benefício dos direitos dos homossexuais e não das crianças.
Como existe a lei dos ditos crimes de ódio (eu adoro esta palavra) qualquer homossexual pode queixar-se de ter sido preterido por homofobia e vai ser lindo saber-se quem tem prioridade.
São mais estes detalhes práticos que preciso de saber o que a Igreja faz perante quem é católico e os defende activamente.
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Vítor Concordo mais contigo do que julgas - sobretudo quanto ás palavras. Por isso é que a juridicidade civil, de per si, nada me assusta, entendes? nada perturba, nada degrada...nada transfigura. mas, como acabei de ver o último filme od Tim Burton e ainda estou às voltas com o olhar do chapeleiro louco só posso acreditar que sabes do que falo.
Beijos
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cont:
"quanto a nocao de casamento enquanto contrato juridico, parece me semelhante a confundir a minha identidade substancial com o BI."
Claro que a tua "identidade substancial " não se confunde com o BI", mas sem BI (cidadadania,identidade, personalidade jurídica reconhecida e tutelada pelo Direito) ficas nu de humanidade e direitos civis fundamentais e arriscas-te a não existir. ( não apenas burocraticamente mas materialmente)
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Nota para os mal informados:
a) Uma mulher lésbica saudável pode engravidar normalmente, sem recorrer a técnicas de PMA laboratoriais elaboradas ( ou sequer intervenção médica)- há técnicas "caseiras" d inseminação que são bastante eficazes pelo que não se aplica neste caso qualquer restriçâo legal ou clínica.
b) A legislação portuguesa proibe as chamadas "barrigas de aluguer", assim como proibe a comercialização de gâmetas em qualquer contexto.
c) A comercialização de barrigas de aluguer, com circuitos transnacionais é esmagadoramente feita por CASAIS HETEROSSEXUAIS. Nos países mais pobres, o recurso a barrigas de aluguer está a converter-se e num negócio que explora mulheres pobres
Na Índia o negócio das barrigas de aluguer, feito através de clínicas autorizadas,movimenta milhões de dólares por ano. Cada casal heterossexual infértil paga 25.000 doláres e a mãe de substituição recebe entre 5.000 a 7.000 dólares.Segundo os últimos dados há cada vez mais mulheres na Índia a oferecerem-se como barrigas de aluguer. É uma indústria em pleno crescimento porque há muitos casais hetero que nem sequer são inférteis mas em que as mulheres não querem passar pela dificuldade de uma gravidez.Como Podem pagar a uma escrava que o faça e aí fornecem o embrião ( do casal hetero) e a incubadora humana só tem de o gerrar e parir; Biologicamente, o filho é do casal hetero.
d) Já agora, o comércio e tráfico de crianças para "adopções" é também esmagadoramente feita por casais heterossexuais ( veja-se o que se passou no Haiti e as estatísticas internacioanis de adopção).
Que estas questões impliquem juízos morais negativos ou sejam crime, não há dúvidas.
Mas Afirmar que só passaram a existir por causa do casamento homossexual, é pura ignorância ou estupidez.
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«Mas Afirmar que só passaram a existir por causa do casamento homossexual, é pura ignorância ou estupidez.»
Onde é que isso foi afirmada?
Faça o favor de mostrar. ..................
Com o truque escondido estes anos todos para primeiro aprovarem o casamento homossexual e depois, `à tabela ficarem com o busilis processual- a novidade é que uma mulher sem ser casada vai poder fazer PMA.
E uma mulher casada com outra, vai poder fazer na mesma PMA.
Um homem só ou uma mulher só vai poder adoptar um jovem homossexual- está na Assembleia o projecto para alterar a lei;
As barrigas de aluguer vão ter nova legislação para satisfazer as necessidades que a ILGa tem no catálogo a nas exigências políticas a meias com o BE;
Os homens casados vão poder arranjar filhos por compra em agências que de encomenda de filhos que já cá está dentro.
E tudo isto tem como resultado duas consequências:
A moralização pela força totalitária da lei e do aparelho repressivo do Estado do esfrangalhar da família em prol do direito egoísta em se fazer órfãos.
A dita Ciência e os frankenstoinos de todas as épocas a trabalharem de mão dada com os velhos casuísticos das manhas do Direito que já o Quevedo os tinha retratado e o Goya lhes imortalizou as garras nas falsas branduras manhosas. .............
Por último, esta agenda tem sido escondida da propaganda que usa o terrorismo verbal e o catálogo das "fobias" e "ódios" para encapotar as finalidades imorais e proselitistas que nada têm a ver com respeitar amor de pessoas do mesmo sexo ou conceder-lhes direitos sucessórios e descontos no IRS.
A verdadeira mentira existe e é incentivada na falsidade de se dizer que é uma questão que apenas diz respeito a dois adultos.
Mentira- é uma questão que tem por finalidade abrir a porta ao uso de terceiros, por via da ditadura da lei que esta macaca casuística e becada tão bem exemplificou aqui.
O espírito jacobino é isto- retirar a moral à lei para fazer da letra de forma a ditadura social e normalização de forma a silenciar a autonomia e tradição das comunidades.
Quem milita nisto, fá-lo ao lado do aparelho repressivo de Estado, saqueado por lobbies e partidos que desvirtuam o próprio Estado e cuja responsabilidade pelas mudanças é nula.
Mesmo que não houvesse um único casal homo a usar isto- já existiam dezenas de apaniguados com a vida feita à conta da propaganda.
Mesmo que a sociedade não desejasse nada disto, já existiam lobbies e partidos a enganaremm-na fazendo crer que são medidas igualitárias para se evitarem discriminações.
Mesmo que ninguém se lembrasse de usar os novos direitos que se abrem, já existia a campanha e as cabeças feitas, transformando o que é sórdido numa moda e numa coisa boa- numa "conquista civilizacional", como lhe chamam.
Portanto, quem condena estes actos e não queria mais abertura legal para se usarem terceiros, mulheres pobres a engravidarem para venderem filhos a ricos que os não fazem; cientistas a manipularem mais embriões para o excedente que não é vendido ir para o lixo; afectos adulterados, verdadeiros sentimentos transformados em mercado humano- não pode agora descartar-se que passar a ser bom por ser para homossexuais, pois já havia heterossexuais que praticavam o que consideram exploração e abastardamento humano e social.
Uma causa não se torna boa por a sua réplica de inspiração pontual ser má. E não melhoram ambas por se normalizar e aumentar o mal.
Eu defendo o que o Papa defende. Sou contra o uso do corpo humano, seja em prostituição de bordel, seja em prostituição de afectos.
Do mesmo modo que sou contra a manipulação de embriões e engenharias genéticas que abastardam o que a Criação fez e cuja finalidade nunca foi esta família contra-natura de laboratório, de candonga de dinheiro, e de imigrantes pobres para satisfazer castas e de crianças usadas de forma degradante com exemplos familiares, sociais e doutrinários pela escola, em prol de gente pervertida que quer impor o mundo às avessas.
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É claro que quando digo que isto tem por finalidade moralizar estou a ser irónica.
Tem sido esse o paradoxo das agendas fracturantes- fazerem passar por moralização social o que sempre foi imoral.
A forma como o fazem é sempre a mesmo- a novilíngua, as novas leis que até já têm site online para se fazer denúncia dos ditos crimes de ódio e os ismos e fobias aplicados a castas que, na prática, apenas precisam de simulacros de lobbies político-partidários em negociatas de voto.
A gigantesca mentira da bandeira em que tudo isto é embrulhado também não mudou- dos milenarismos medievais, ao Terror do Termidor, à terraplanagem napoleónica; ao ateísmo liberal; aos Gulags, ao Pol Pot ; ao triunfo do egoísmo randiano; ao hedonismo mercantil pós-moderno, sempre veio camuflada com o mesmo par de falsas palavras - "igualdade e liberdade".
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Quando se fala em "família alternativa" que já tem directivas ministeriais para ser ensinada a criancinhas a partir dos 8 anos é a esta que se estão a reportar.
A única novidade que duas pessoas do mesmo sexo- casadas monogamicamente pode ser chamada "família alternativa de raiz" à única biologicamente viável que existe desde que o mundo é mundo- a da atribuição de parentesco a partir do masculino e feminino-
é necessariamente através do uso de terceiros, para fazerem órfãos.
Só deixará de o ser quando os frankenstoinos conseguirem anular as diferenças naturais com que Deus fez os casais que destinou a se propagarem na Terra.
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zazie, de tanta coisa falas lol
a pergunta me não foi clara.
seja como fôr, relativamente a toda essa parte médica, teria de percebê-la sequer para poder confrontá-la com o pensamento cristão; relativamente à posição magisterial não sei; sei o que sabes, que são contra a destruição de embriões excedentes.
relativamente ao casamento homossexual, também sei que sabes que a posição magisterial é contra; e considera também "préviamente" que todo o acto homossexual é intrínsecamente desordenado, isto é,contrário ao sentido próprio da natureza humana.
se me estás a perguntar se há padres não excomungados que discordam que a homossexualidade seja uma perversão da natureza humana, e que são também a favor do casamento homossexual, claro que há; eu até fiz um retiro com um, o James Allison, através da Riacho, que é um grupo católico de homossexuais. e há o bispo Gaillot,que também tem uma pastoral para os homossexuais que exclui a consideração da desordem intrínseca. mas disto não sei mais do que uma googlada te pode mostrar, caramba, ou então não percebi mesmo a pergunta.
o resto, realmente, não sei. mas pode-se ser favorável ao casamento homossexual e à adopção de crianças, sem ser a favor das inseminações etc e barrigas de aluguer de que falas. nem tudo é obrigado nem abrigado ao pacote ideológicos que se espetam nas trombas do consumo político.
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PS: "me não foi clara"... os chinesese deram-me cabo da língua JAJAJAJAJA!
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ó senhora do sorriso azul
eu não julguei discordância acerca da palavra enquanto produtora de sentidos existenciais, tu que as alinhas também em espanto poético; estou em diálogo de veneta e partilha, nunca em estrito prós e contas ;)
o Tim Burton é um tipo cuja lucidez é: o campo é o Eduardo Mãos de Tesoura com a vida a ser espatifada, e a cidade o Batman em quase inconsequente luta pela justiça; nada parvo ética e antropologicamente LOL
ok quanto à questão do BI
o meu problema tem que ver com a minha obsessão ontológica: o feminino e masculino enquanto categorias de tudo o que há; não se trata apenas da procriação biológica, mas da constituição interna de todo o ente, de toda a coisa; admito que é uma questão fora do problema do casamento homossexual e assim, até porque não tem que ver com particularidades de género, biológicas ou socio-culturais. porque as categorias de feminino e masculino extravasam isso, mesmo que derivem em parte dos géneros sexuais; o ser-outro-sexo é fundante da consciência humana, da bicha ao macho de saia carnavalesca etc quanto ao desejo sexual enquanto tal, chamá-lo heterossexual ou homossexual, é não conhecer certas manhãs de ternura ou desesperos desavindos JAJAJAJAJA!
mas tudo isto como está a ser falado, é de muita coisa ao mesmo tempo e rápido demais para a minha nhurra cabeça; há tantos detalhes e afluentes, e as generalizações rápidas retiram a densidade da vida, onde estas coisas afinal se dão e contra-dão; às tantas, já nem sei bem do que se está a falar LOL
bjocas, e serve o chá ;)
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PS: até discutiria com mais interesse o casamento homossexual católico do que o civil, simplesmente porque não dou valor algum de casamento a este, mesmo nenhum; aliás, toda a gente sabe que não é o papel que casa ou não casa lol; quanto a direitos, é como disse: justiça seja feita negocialmente: partilhas, heranças, direitos fiscais etc
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Nota para os mal informados:
a)"a novidade é que uma mulher sem ser casada vai poder fazer PMA."
Pura mentira. Nada disso está previsto na legislação em vigor ou no diploma que permite o acesso ao casamento civil por casais homossexuais.
b) Uma mulher solteira, lésbica ou não, pode engravidar livremente e parir o seu filho. a gravidez de uma mulher não casada NÂO constitui crime . Uma mulher nessas circunstâncias goza de toda a protecção jurídica e garantias inerentes á maternidade. O seu filho tem precisamente os mesmos direitos jurídicos ( e os mesmos direitos de prestações sociais ) que uma criança nascida no seio de um casamento civil.
c)Face à legislação em vigor, uma mulher solteira ( lésbica ou não) PODE ADOPTAR, desde que reuna os critério definidos por lei para ser mãe adoptiva.
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Querido Vítor: Já te disse que concordo contigo no essencial e que acho que isto do casamento não é para maricas (ou seja exige muitíssima coragem e empenho) embora possa ser para homossexuais, o amor não é para todos o mistério também não, mas tenho a certeza que o eugénio de andrade sabia também do mistério ou entrevia-o quando falava em lentíssimas gargantes, tenho a certeza que muitas pessoas homossexuais o tocam e o vivem de tantas maneiras que não sabemos estereotipar, tenho a certeza que a rainha branca da alice no país das maravilhas tem um toque de loucura e perversidade na bondade excessiva ( é preciso ver o filme)
e desculpa-me se a minha passagem introduziu tanta perturbação, ódio e rasgar de vestes ), sinto-me em pleno filme aliciano, vou beber a minha poção e regressar ao trabalho
beijos
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Claro, camarada. E o casamento bestialista, porque não?
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«o resto, realmente, não sei. mas pode-se ser favorável ao casamento homossexual e à adopção de crianças, sem ser a favor das inseminações etc e barrigas de aluguer de que falas. nem tudo é obrigado nem abrigado ao pacote ideológicos que se espetam nas trombas do consumo político.»
O problema é que não se pode separar nada disto, porque existe uma coisa chamada lei casuística que tem clausulas que obrigam a aprovação universal das outras.
-A Bluesmile até explicou bem com nem há nada a dizer- ela chama-lhe "ordenamento jurídico do território"- coisa que é assim mesmo- Direito como mentira secante a que a humanidade tem de obedecer sempre que alguma máquina inventa mais uma lei para "ordenar o território jurídico que governa"-
Portanto, o problema é que não se trata da sociedade a debater nada mas do Poder a usar truques, contando com a ignorância e a anomia da sociedade.
Sou contra todos os items, apesar da adopção, se seguisse apenas o que a lei mantém neste momento, nem seria praticável por cá.
Excluindo até toda a teoria psicológica e património que legitima a existência de psicólogos nos tribunais de família, excluindo até o mero sentido animalesco da pele da mãe e do nome do pai- a que todas as crianças têm direito, antes de existirem direitos de sexo para as fazer, ou adoptar, privando de tal, recordo o que disse o bacano do Doutor Denzil Dexter numa conversa tida por aí.
O bacano de Denzil Dexter é de esquerda, é agnóstico e até foi defensor moderado da despenalização do aborto(com a tal fantasia mentirosa que se vendeu- do famoso acompanhamento psicológico do "modelo alemão").
Pois bem- acerca da adopção ele disse o seguinte.
Que já bastava uma criança ter tido a infelicidade de perder a mãe para depois ainda a tratarem como alguém que nem substituta da mãe que perdeu ia ter direito.
E ainda citou o Godard para fazer falar aquilo que é e sempre será a fonte da família- as coisas simples do amor entre um homem e uma mulher que não se espartilham nem apagam por leis nem decretos.
A isto chamo eu a Criação. Só quem nega poetas na cidade a quer abastardar.
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O exemplo da ética e capacidade de discernimento ético do bacano agnóstico do professor Denzil Dexter serve para dizer aquilo que há muito repito- não é a doutrina religiosa que ensina moral a um ser humano. Nem é a falta dela que transforma um ser humano numa pessoa imoral.
No entanto, como acredito em Deus- penso que essa capacidade nos foi dada para a usarmos.
E penso que nenhuma doutrina católica poderá defender uso de terceiros para satisfação de caprichos contra-natura e ainda menos de defesa dos mais fortes contra os mais fracos- negando-se a existência de um Bem Comum, que só poderá ter na mensagem cristã a sua verdadeira expressão.
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@ BLUESMILE
Lembro-lhe as regras: não cá adhominem nem má-criação. Você não tem nenhum critério objectivo para permitir o casamento homossexual e assim eliminar o carácter reprodutor desta instituição e barrar o bestialista, o pedófilo e o incestuoso. Se o critério é o consenso, deve permitir. Não seja farisaica nem fundamentalista.
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E o Mohammed não pode casar com as 5 noivas porquê?
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Já tinha largado estes links mas, caso não se tenha lido, aqui ficam de novo.
Eu nunca estive a falar de aceitações sociais da prática homossexual e muito menos de impedimento de vida em comum, dessas pessoas-
Estive sempre a falar da única coisa que existe- um país com leis a serem alteradas em função de lobbies e partidos que tomaram o Estado.
O que querem fazer cá é mera cópia do que já existe noutros lados.
Portanto, como é óbvio, a minha pergunta acerca da posição da Igreja Católica Portuguesa, também não é especulação abstracta- é resposta ao que polticamente está em causa e que teve como expressão recente a manif.
(as motivações de muita gente que vai a uma manif é que são sempre diversas e eu não tenho de concordar com todas- mas o facto que originou a manif não é nenhuma invenção abstracta- é uma realidade que está a ser feita e vai ter desfecho jurídico precisamente porque foi em função do tal
"ordenamento jurídico do território"- aquele que manda e tu calas- que tudo foi planeado e largado, estrategicamente, às pinguinhas, encapotando sempre a finalidade última.
Aqui fica: .......................... PMA para lésbicas:
«The 'need for a father' The present legal requirement upon fertility clinics to consider the 'need for a father' before granting treatment routinely encourages lesbians to make informal arrangements outside the safety and protection of formal healthcare. Soon, clinics will instead be required to consider the need for 'supportive parenting'. This will ensure lesbian couples are not unfairly discriminated against. Legal parenthood The new legislation will mean that same-sex couples, including civil partners, are legally recognised as parents of children conceived during their relationship, from the moment of conception. Currently, same-sex partners must formally apply to adopt any child born in a relationship, in order to become a parent.»
Inseminação artificial em Inglaterra, para grupos LGBT
Fertility Institutes- Programas de filhos para gays
filhos de transgenders
Center Kids is the Center's family program for LGBT parents and their children and for those considering parenthood. Center Kids programs include support groups for LGBT parents and prospective parents, including "Planning Biological Parenting for Gay Men
ILGA - «É grave que apenas um partido se lembre da existência de múltiplas formas de família que deveriam ser igualmente válidas perante a lei - e é grave que esse partido não actue em conformidade com este princípio. É particularmente grave que nenhum partido tenha tomado em consideração a relevância da PMA para casais de lésbicas e para mulheres lésbicas.»
Ilga- uniões de facto- o que queremos «Adopção: o direito à adopção continua consignado apenas para as uniões de facto entre pessoas de sexo diferente. ILGA- PMA- «Os países europeus em que a Procriação Medicamente Assistida (PMA) está disponível para lésbicas incluem a Dinamarca, a Holanda, a Finlândia, a Suécia, a Rússia, o Reino Unido, a Irlanda e Espanha. Desde 1988 que estas técnicas estão disponíveis em Espanha para qualquer mulher maior, em bom estado de saúde psico-física, que, uma vez tendo sido prévia e devidamente informada, aceite recorrer à PMA de forma livre e consciente.
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e mais direitos de adopção. Paula blablabla Clix.pt:
Sozinha, tenta PMA, quer adoptar, mas preferia comprar por agência, apesar de ainda ser caro: 40 mil euros
Sandra Torres admira-se como pessoas que vivem da noite conseguem adoptar mais depressa: O que me "espanta", é como certas pessoas que vivem da noite conseguem adoptar uma criança tão rápido, cerca de 1 anos e muitas delas nem isso, quais os critérios?Porque têm dinheiro?Mas depois nem estão com elas apenas fazem 1 semana de férias num local paradisiaco! Desculpem-me mas começo a pensar que é por cunhas!E será que essas pessoas têm condições de terem uma criança? Ou colocam empregas a fazer tudo? Desculpem mas sinto um pouco de revolta, não é justo.
No mesmo site, A Helena Macedo fala no tirar crianças a quem as fez- é daí que vem a “família afectiva, anti-biológica”: «prioridade aos casais, pelo que, efectivamente, é muito mais morosa a adopção de uma pessoa singular do que um casal. A Segurança Social considera de grande importância a existência de uma figura paterna no desenvolvimento da criança. Não contesto isso mas a verdade é que mesmo no caso dos casais a figura paterna é, na grande maioria das vezes, ausente, principalmente após o divorcio, que, hoje em dia, é o desfecho normal de um casamento. Ou seja, parece-me que o modelo de sociedade e, consequentemente, de família se alterou e, provavelmente a figura paterna deixou de ter a importância que já teve no crescimento da criança. Relativamente ao tempo demasiado prolongado do processo de adopção, por aquilo que me tenho apercebido, parece-me que a culpa é não só da própria lei, que ainda continua a privilegiar de forma exagerada a família biológica, como também dos tribunais e da Segurança Social que não têm coragem para retirar a tempo as crianças das famílias biológicas.»
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A Turandot, anda no mesmo site:
« era teen e já queria adoptar por causa do Demis Rosso e da Família Beneton. (...)
«A minha fonte de inspiração, na altura, foi o cantor Demis Rosso - os rapazes e as raparigas da minha idade lembrarão-se-iam concerteza de quem se trata. Achava piada à ideia de ter uma família benetton que era o caso deste cantor deste senhor.»
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Mas tem o bom-senso de se interrogar e perguntar isto:
«o facto de eu adoptar uma criança sozinha ela apesar de ter referências masculinas a quem poderá transferir os afectos que teria com um pai - e isto significa que a figura paterna poderá ser qualquer pessoa, o avô, o tio, um amigo da mãe, etc. mas de facto essa criança não terá um nome de pai nos seus documentos. antes havia a figura de pai incógnito. hoje deixou de existir. no caso das crianças adoptadas não sei como se resolve essa situação. na verdade a criança perante si mesma e perante os outros terá uma mãe que a ama muito de certeza que substitui a mãe biológica. ela poderá dizer aos outros meninos aquela senhora é a minha mãe ainda que saiba que essa mãe é uma mãe de afectos. isto de facto é que é importante para a criança. concordo. mas em relação ao pai não há uma figura de substituição. a quem ela poderá chamar pai e dizer aos outros meninos aquele senhor é o meu pai. não pensem que estou a pôr em causa a adopção pelas pessoas singulares, pelo contrário sou uma candidata a desempenhar esse papel. a única coisa que lamento é não me ter decidido fazê-lo há mais tempo...mas ainda não é tarde... gostava apenas de saber como os pais singulares, mãe ou pai, resolveram esta situação.»
E nenhuma destas pessoas o faz por direitos de “orientação homossexual”.
Adopção caridosa a tentar alterar lei em propostas do BE que o Portugal Gay não subscreveu
O Vale de Almeida a abrir caminho para a família homo há muito tempo. Em nome dos direitos homo e para bem das crianças
Um testemunho LGBT: Cerca de 1 milhão de pessoas constituem famílias com base em casais ou pessoas homossexuais e seus filhos só nos EUA; em Espanha já há 10 anos que se fala do baby boom lésbico; em França, que não é pêra doce nestas questões, a APGL (associação de pais e mães G e L) é um caso de sucesso, com milhares de associados. Até em Pt, de há uns poucos de anos para cá, nós andamos a reproduzir-nos, na falta do direito de adoptar casais. Os psico, a família alternativa e a educação sexual do futuro: Educação sexual- Coulson: «Em Novembro de 2004, estive em Portugal a estudar os materiais de educação sexual enviados para as escolas em 2000. Fiquei aterrado. Talvez não ha¬ja em todo o mundo um currículo mais influenciado pelas ideias que eu e Carl Rogers testámos nos anos 60. Escrevo, pois, esta carta como um apelo. Eu sei o que vai acontecer às crianças de Portugal caso se apliquem nas escolas actividades baseadas nos jogos de clarificação de valores. Estou certo de que vocês gostam muito dos vossos filhos. Por isso (e se me é permitido falar com emoção): retirem das escolas esse modelo de educa¬ção sexual. Amanhã será tarde demais. Eu ajudei a criar o monstro. Por favor, ajudem-me a matá-lo.»
Pressões do lobby com os políticos:
«É grave que apenas um partido se lembre da existência de múltiplas formas de família que deveriam ser igualmente válidas perante a lei - e é grave que esse partido não actue em conformidade com este princípio. É particularmente grave que nenhum partido tenha tomado em consideração a relevância da PMA para casais de lésbicas e para mulheres lésbicas. »
Chega?
Há mais e com consequências bem discriminatórias de quem fornece esta “família alternativa” e nem nome tem nela como escravo ou abelha mãe.
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"Você não tem nenhum critério objectivo para permitir o casamento homossexual e assim eliminar o carácter reprodutor desta instituição"
Olhe que não, olhe que não.
Vá lá ao código civil e verifique se a questão reprodutiva é pressuposto de validade do casamento civil. Por essa ordem de ideias nenhum casal estéril se poderia casar . Ou casais com mais de 50 anos.
Quanto ao bestialismo (nomenclatura antiquada) ou zoofilia, tal como a pedofilia são parafilias graves , e que são apresentadas predominante por homens heterossexuais.
Não percebo o que tem a "bestialidade" a ver com o casamento civil, a não ser na sua imaginação.
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A Constituição define apenas o casamento heterossexual como legítimo.
E depois você vem com Código Civil (que é sujeito a mudanças)como se este imperasse sobre a Lei Canónica (que se afirma como imutável, sendo jusnaturalista) e o Cristão tivesse que pedir permissão a César para ser Cristão e ter absolutos morais. Santa paciência!
Ouça lá, você tem sequer moral objectiva ou espera que o Louçã lhe dê a nova versão do Pentateuco a cada mês?
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"E o Mohammed não pode casar com as 5 noivas porquê?", pergunta o Nuno.
Comprendo a sua pergunta.
Afinal, se a finalidade do casamento é a procriação, o Nuno terá de ser favorável aoa casamento poligâmico ou poliândrico.
Ou seja, se o Mohammed for um bom macho cobridor, a prole é sempre maior que no casamento monogâmico.
Isto para quem pensa que a finalidade do casamento é a procriação.
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O Código Civil como critério objectivo. Vá dizer essa aos meus colegas da Faculdade de Direito, vá...
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Ah, mas o meu critério objectivo (que, já agora, até tem pretensão de o ser) é a Lei Canónica.
E esta afirma que a complementariedade do homem é satisfeita numa só mulher, como o arquétipo de Adão e Eva demonstram e como Cristo substancia ao falar de dois que formam uma só carne.
É só isto? Please... Se o seu critério objectivo é o Código Civil 2010, lamento informá-la, mas está presa numa vazio epistémico quanto à moralidade.
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Agora vou ali trabalhar e veja se não me dê muito trabalho quando voltar para apagar insultos baixos e adhominems desesperados.
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" depois você vem com Código Civil (que é sujeito a mudanças)como se este imperasse sobre a Lei Canónica "
Nada disso. O Direiro civil não "impera" sobre a lei canónica.
Mas a lei canónica também não impera sobre o direito civil. Não estamos na arábia saudita nem vivemos num estado confessional, mas num Estado de Direito Democrático.
Quanto à CRP dar dignidade constitucional apenas ao casamento heterossexual, só se for na sua imaginação.
"Artigo 13, alínea 2:
“Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual.”
"Artigo 26.º "1. A todos são reconhecidos os direitos à identidade pessoal, ao desenvolvimento da personalidade, à capacidade civil, à cidadania, ao bom nome e reputação, à imagem, à palavra, à reserva da intimidade da vida privada e familiar e à protecção legal contra quaisquer formas de discriminação"
Por último,o Artigo 36º da CRP, sobre Família, casamento e filiação, expressamente afirma que:
"1. Todos têm o direito de constituir família e de contrair casamento em condições de plena igualdade."
O artigo 36º da Constituição da República Portuguesa não contém normas fechadas, remetendo para o legislador ordinário a regulamentação dos requisitos e efeitos do casamento e até a sua forma de celebração.
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Eu devo ser bruxa.
Bem que me cheirou a macaquinha casuística...
Já a outra das "entidades descartáveis que nidificam no útero" também é casuística.
O que eu gosto das manhas dos animais de letras, como lhes chamava o Goya.
Sou eu, ele e o Quevedo- topo-os à légua- e nem no trilho do inferno se conseguem agarrar- como ele dizia dizia nos Sonhos.
A falta que fazem verdadeiras Antígonas.
E eu nem a pálida imagem chego.
Mas essas é que eram precisas.
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É disto que se está a falar.
http://cocanha.blogspot.com/2005/11/menos-mal-hacen-los-delincuentes-que.html
São "eles" quem faz o famoso "ordenamento jurídico do território".
Comam e calem- é preciso saber a palavra de forma das manhas processuais para se ser católico.
Para se ser gente, é preciso que eles dêem autorização em cláusula especial do "ordenamento jurídico do território".
Já para lhes desmontar as manhas, basta seguir-lhes o trilho.
É isso que tenho andado a fazer há uns anos, quando o vi que o Poder estava à saque por estas alimárias.
A Maria da Fonte estacou-os de outra forma. São esses exemplos que é bom nunca esquecer.
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Mais um Quevedo para a macaca becada em casuística:
http://cocanha.blogspot.com/2009/05/sueno-del-juicio.html
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O que eu me rio com esta gente.
Primero eu era lésbica, depois era do Bloco, comuna e não sei quê, agora sou advogada. Fala mal das becas, fala, pode ser que ainda precises de uma mais depressa do que pensas..
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Agora vou ali trabalhar e veja se não me dê muito trabalho quando voltar para apagar insultos baixos e adhominems desesperados
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Adhominens, não. No máximo seriam admacacas fracturadas com a cauda de fora da beca de serviço.
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@ BLUESMILE
'Bestialismo' é termo arcaico, mas zoofilia é o que usa como lexema de substituição? Lol. Não vá dizer isso à União Zoófila, se faz favor.
Depois diz:
'Nada disso. O Direito civil não "impera" sobre a lei canónica.'
Claro. Quando Nero disse aos Cristãos para adorarem-no e seguirem o culto imperial, lá foram eles beijar-lhe a estátua. Quando Hitler ordenou o extermínio de judeus, cá estava o Vaticano para os largar do esconderijo dos santuários e encaminhá-los para a estância de férias com o nome 'Arbeit Macht Frei'.
Porque os Católicos são Cesaropapistas mais que Papistas, não é verdade? Só obedecemos à Cátedra de S. Pedro se a cadeira de S. Bento nos deixar, não é verdade?
Por favor, minha senhora, tenha juízo. Você deixe-me contratos sociais revogáveis e aplicáveis apenas ao Portugal v. 2010 e mostre-me onde arranjar declaração dogmática que seja do Magistério que defenda o que você defende e argua, segundo moralidade objectiva e lei natural, como pode você permitir o casamento homossexual vendado o mesmo à bestialista, ao pedófilo, ao incestuoso e como barrar a poligamia do maometano.
Dê-me qualquer coisa substancial, caramba.
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Mas você ainda tem dúvidas que não vive na Arábia Saudita, onde Impera a Sharia - o direito canónico lá do sítio?
Você não connhece o básico da doutrina da Igreja Católica sobre a separação Igreja/Estado, pois não? Já que é tão papista, leia o que escreveu Bento XVI sobre o tema. " É claro que não compete à Igreja indicar o ordenamento político e social preferível. É o povo que deve decidir livremente o modo melhor e mais apropriado para organizar a vida política. Neste aspecto, qualquer interferência da Igreja seria uma ingerência indevida".
Dê-me qualquer coisa de substancial que não as suas sucessivas fantasias.
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Isto é paleio de ateu militante e jacobino em último grau.
Mas ainda bem que eu tirei a dúvida acerca da posição da Igreja.
É que agora compreendo estas fúrias descabeladas e ataques que fazem.
Esta sabe que está em falta. E para exorcizar essa falta que a militância ideológica obriga que não larga as canelas.
Precisa de arranjar bode expiatório para aliviar a culpa.
E foi isto com que apanhei na altura da despenalização do aborto e não compreendi.
Por isso até marinhavam pelas paredes e fizeram as maiores touradas comigo.
E isto nem sucedeu com ateus militantes. Foi com os católicos que sabiam que estavam em falta a imitar os jacobinos.
Eu bem digo que não existe lugar para fé e ideologia na mesma cabeça. A ideologia é sempre fanática e absorve tudo.
Depois ficam assim- divididos e a mal com eles. Por isso precisam de inventar culpados em quem se limita a ter a cabeça no lugar.
A mim até chegaram a fazer ultimatos para eu me decidir a votar ou não votar pela despenalização, quando estava na dúvida e sem vontade de alinhar na farsa.
E era por acharem criminoso eu ter dúvidas em não defender o aborto.
Ora bem- eles defenderam o que a Igreja condena e não são apenas meros simpatizantes como eu.
Consideram-se mesmo católicos e temem estar em falta.
Mas preferem estar a largar a cartilha da ideologia.
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Mas esta é demasiado estúpida e um pocinho de má-fé monga que o melhor é deixá-la a rabiar sozinha.
Por mim pode denunciar-me ao confessor e ao partido.
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Mas aposto que ao confessor não confessa ela o que promete ao controleiro.
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"como pode você permitir o casamento homossexual vendado o mesmo à bestialista, ao pedófilo, ao incestuoso e como barrar a poligamia do maometano"
Olhe, já aconteceu,veja lá.
Os casais homossexuais vão poder casar pelo civil e nada de zoofilia nem poligamia nem incesto nem nada, ou seja, nada dessas parafilias tipicamente heterossexuais que tanto o preocupam... E a poligamai até é crime, veja lá. A hecatombe anunciada nunca acobteceu.
Fala de "contratos sociais revogáveis e aplicáveis apenas ao Portugal"...Acha você que Portugal é o único país do mundo onde os homossexuais se podem casar civilmente???
Não viaja muito , pois não?
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Esta gente lê muito Dan Brown ( "controleiros", "confessores", teorias da cosnspiração, jacobinos, seitas milenaristas fantasias mórbidas... uma anedota) E depois falam muito de Schopenhauer e tal, mas os tiques danbrownzinhos lé estão. Maldita cocaína... provocca alucinações
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A gaja é muito viajada.
É capaz de aproveitar o turismo sexual que a Ilga tem.
É coisa muito procurada, ainda que a Opus Gay tivesse mais picante em anúncio na Voxx.
Esses, como dizia a Helena Pegado, é que tinham tido a boa ideia do turismo pederasta que nós podíamos aproveitar pois estas coisas sempre fazem entrar divisas.
Foi à conta do apoio à NAMBLA que perderam o lugar na ONU.
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A ver se a gaja abriu a boca com os links que eu deixei.
O tanas. Esta não é das ingénuas como o Vitor, a tipa sabe-o os truques todos que eles ensinam.
Tem boa escola lá naquele blogue de ateus militantes e jacobinos xuxas.
São as referências delas. Tudo casas decentes e altamente intelectuais.
Até cita aquele retardado mental do Serras Pereira.
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Olha aqui a mocidade portuguesa deles.
http://cocanha.blogspot.com/2009_08_01_archive.html
E já foi aprovada- em nome do "ordenamento jurídico do território" como debita a jacobina de trampa.
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E aqui:
http://portugalgay.pt/politica/opus21.asp
Há 8 anos, o lobby internacional a preparar terreno.
Vale a pena ver quem os financia.
Mas a grande surpresa é quando se chega mais alto.
Eu nem queria acreditar...
isto é máfia alta e poderosa e coma as ligações mais imprevisíveis que se poderia imaginar.
Mas cá, a fazer as leis, são os mesmos de sempre.
Esses basta caçá-los nas comissões extraordinárias da Assembleia.
E a forma como para lá foram também é muito engraçada. A máfia anda toda ligada. Agora com o Face Oculta até deu para rever uns retratos de amizade em início de carreira.
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E aqui: http://www.gba.org.uk/GBAnewsJUN09.html
O GBA em Inglaterra enfiado em tudo quanto é sítio e a usar a fita da discriminação homofóbica para conseguirem fazer passar a adopção LBGBT.
Sempre em luta com a Igreja.
E há mais... esta luta com a igreja destes lobbies tem coisas bem mais sórdidas.
O Hitchens ao pé deles é um menino de coro.
Estes tipos são um lobbie poderosíssimo. Cá são o maior, juntamente com a maçonaria.
Isto move muito dinheiro. Não é brincadeira de louçãzinhas.
Mas anda tudo de olhos fechados. Parece que têm medo de desmascarar a merda.
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Aqui:
http://www.c-fam.org/docLib/20080610_Yogyakarta_Principles.pdf
Uma desmontagem dos Princípios de Yogyakarta.
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Sabes o que é o ódio?
Eu não sei. é uma palavra que exprime um sentimento que desconheço.
E é das palavras mais banalizadas recentemente, por estupidamente se traduzir do "hate" inglês.
Nunca isto aconteceu no passado. Ninguém andava com "ódio" na boca. Era mesmo algo acerca do qual se procurava uma boa distância pois é coisa demasiado feia para se alimentar ou atirar como sendo sentimento de outrem.
Com isto não vou negar que exista. Incluindo nos exemplos que dás- ainda que um pai que odeie um filho só possa ser um monstro.
Deves estar a falar de casos limites. E esses só se podem falar com a gigantesca distanciação teórica ou em figuras de estilo.
Ninguém pode conhecer um sentimento que não possui. Eu nunca digo que fulano ou sicrano tem ódio ao que quer que seja pois considero que isso é que seria uma falta moral grave da minha parte.
Um processo de intenção que obriga a um salto no vazia e a um anátema maldoso para cima de outrem.
Do memso modo também não tenho inimigos nem conheço o sentimento de inveja. O que não quer dizer que não tenha por hábito retribuir tudo, para o bem e para o mal.
é apenas uma velha noção aristotélica- repor equilíbrios, e bater com os pés para afugentar quem me possa chatear.