domingo, outubro 12, 2008
D. António Marto, Bispo de Fátima
"Não basta tomar medidas apenas para manter o sistema financeiro. O mercado financeiro, através de investimentos socialmente responsáveis, deve ser reorientado para o serviço de uma economia produtiva, que tenha em conta as exigências ambientais. É urgente rever os sistemas de remuneração e gratificação dos dirigentes de instituições financeiras, sobretudo quando contribuíram para a actual crise, e que são verdadeiramente escandalosos”. É necessário também uma reflexão ética sobre as práticas especulativas que visam a instabilidade e a rentabilidade económica máxima a curto prazo. Em Portugal existe um desnível, um fosso, entre ricos e pobres dos mais altos da Europa."

D. António Marto criticou também um sistema financeiro que vive da avidez do lucro imediato e que faz sobressair a necessidade de criação de instituições nacionais e internacionais de orientação e regulação dos mercados financeiros:

“Quando a finança se põe a si mesma como fim na avidez do lucro imediato, perde a cabeça. E as primeiras vítimas são os mais pobres ou mais desfavorecidos”.


timshel
posted by @ 8:47 da tarde  
4 Comments:
  • At 13 de outubro de 2008 às 14:58, Blogger Vítor Mácula said…

    olá, senhor timshel, que alegria e honra vê-lo por aqui :)

    é que para além da agradabilidade do seu humor, seriedade e equilíbrio, traz muito à baila a questão do pecado económico e social, o que faz sempre falta.

    um abraço

     
  • At 14 de outubro de 2008 às 13:33, Blogger Pedro Leal said…

    Este comentário foi removido pelo autor.

     
  • At 14 de outubro de 2008 às 13:37, Blogger Pedro Leal said…

    Num país maioritariamente católico parece-me que o Bispo devia falar sobretudo para os católicos. "A avidez do lucro imediato" e "a rentabilidade máxima a curto prazo" são um problema só dos ricos ou mudam-se por decreto? "A reflexão ética sobre ptáticas especulativas" vale alguma coisa se se ficar pelos corredores dos que governam? Porque não admoesta o Bispo directamente os católicos, ricos e pobres? Se fosse ouvido tinha boas hipóteses de conseguir as mudanças desejadas. Mas talvez o problema seja mesmo de audição.

     
  • At 15 de outubro de 2008 às 16:16, Blogger Vítor Mácula said…

    O que quererá dizer “maioritariamente católico”?… Eu tenho impressão que a maioria das pessoas que conheço são praticamente agnósticas. Mas devo ser eu que ando em meios pouco recomendáveis LOL

    Outra coisa será a maioria ser baptizada pela Igreja Católica; e outra ainda, a presença histórica da mesma em Portugal.

     
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