domingo, outubro 12, 2008
Por visto
É evidente que a interpelação e análise do estatuto da comunhão em que real e existencialmente me encontro, é de legítimo rigor. Nem todos chegámos ou partimos da santidade; a maioria de nós até, suponho, atravessam a provação nos estertores das suas máculas e espinhos na carne. Mas quando tal é um simulacro demoníaco, e não é feito para comungar e mutuamente nos sustermos na difícil caminhada da conversão; quando tal é o tribunal ilegítimo duma peste emocional que se opõe à acção do espírito santo em nós e connosco; quando tal é exercício de desamor e anulação do outro no ressentimento maior e no surdo orgulho; então, só uma atitude nos pode manter em Deus: como Cristo no julgamento das trevas, manteremos os lábios cerrados, abrindo-os de quando em vez numa lacónica ironia.


Vítor Mácula
posted by @ 12:53 da tarde  
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