quarta-feira, outubro 29, 2008
Ser santo, hoje
Não é uma questão de «querer» ser santo (…) É-se «chamado» por esse Espírito que, «com gemidos inefáveis» (Romanos 8, 26), clama em cada crente: «Abba, Pai» (Gálatas 4, 6).
Sem este grito do Espírito no mais íntimo do crente, clamor tantas vezes ignorado pelo próprio, nenhuma santidade é possível – porque este é o grito da conversão, o grito do pródigo ansiando pela casa do Pai.
E só o pecador consciente do seu pecado escava suficientemente em si para libertar as profundidades de onde se eleva o clamor inefável do Espírito – esse grito humanamente indizível, capaz de libertar o coração do homem e rasgar o coração de Deus, fazendo-O derramar-Se em torrentes de misericórdia e perdão.
Eis por que o chamamento à santidade feito a cada crente é, em primeiro lugar, um apelo à misericórdia de Deus – apelo sempre atendido, mas nem sempre correspondido.

A santidade não é coisa pouca. Precisa, no entanto, de pouca coisa da nossa parte.
(…)
Descobrir o Espírito Santo e iniciar uma relação pessoal com Ele inverte os dados do problema, pois a tarefa revela-se de Deus. Ao crente cabe-lhe deixar brotar no seu íntimo o grito do Espírito.
Se o fizer, entrará numa luta sem tréguas – consigo e com o mundo; mas quem batalha é o Espírito Santo nele, com «gemidos inefáveis».
Enquanto assim for, só poderá haver um vencedor. E será possível ser santo, hoje.
Elias Couto

“Assim também: que a vossa luz brilhe diante dos homens, para que vejam as boas obras que fazeis e louvem o vosso Pai que está nos Céus” do sermão da montanha em Mateus 5, 16
O que é um Santo?

É um homem que brilha quando a Luz o atravessa
cbs
posted by @ 9:43 da tarde  
5 Comments:
  • At 30 de outubro de 2008 às 16:34, Blogger Vítor Mácula said…

    Or woman (com a voz do Python Eric Idle faxavôr LOL)

    Santidade: plenitude em nós do que somos imagem, claro; pura transparência em acto.

    Esclareça-se também que aquela questão das beatificações, santificações, milagres certificadores, etc, é uma questão eclesial e pastoral complexa que extravasa a estrita possibilidade e chamamento à santidade; seja como fôr, ela significa que os santos oficiosos estão na plenitude divina; não significa, como é evidente, que em vida não pecaram ou sequer atingiram uma plenitude contínua.

     
  • At 31 de outubro de 2008 às 00:43, Blogger Pedro Leal said…

    "Descobrir o Espírito Santo e iniciar uma relação pessoal com Ele inverte os dados do problema, pois a tarefa revela-se de Deus. Ao crente cabe-lhe deixar brotar no seu íntimo o grito do Espírito.”

    Podíamos debater se o ”descobrir” significa, na verdade, “ser descoberto”, mas isso, neste caso, não é o mais importante. Bom post, cbs.

















    -----------------

    Vítor



    As perguntas encavalitam-se um bocado… mas, para tentar clarificar, junto-lhe outras ainda J.

    Recorro a dois “ícones” na área.

    Haverá alguma diferença para mim, enquanto cristão, entre o exemplo de Ghandi (não-cristão) e o de Martin Luther King (cristão)? Ou seja, para além da dimensão cívica, haverá uma dimensão espiritual que permite, por afinidade, um tipo de inspiração reservada, pelo Espírito, para os santos (crentes em Cristo)? Enquanto vejo Ghandi como um homem com boas intenções vejo Luther King como um cristão movido pelo Espírito? E, se é assim, isso faz diferença, para além do tipo de inspiração que recebo, no legado que eles deixam ao mundo?

    Desculpa esta saraivada de perguntas, mas o assunto prestasse a elas. Vamos conversando.



    cbs



    A coisa vai para além da embirração. É mesmo oposição frontal. “Só há um mediador”. Quem ensina outra coisa está a apontar caminhos falsos.

     
  • At 5 de março de 2010 às 14:50, Blogger sofiasegredo said…

    Com este texto parece que a coisa é tão simples! É só deixar? Será? Eu sou um ser fraco. Todos os dias digo que vou fazer algo e passado uma hora já estou a fazer o oposto, totalmente esquecida da altura em que rezei. E é um ciclo. Deixar o espírito agir? É fácil? É coisa pouca? Eu nem sei ao certo o que é bem e o que é mal. Nem sei ao certo se as palavras que ouço são para mim ou se se louca. Valham-me os santos! Para mim ser santo é a coisa mais difícil que já vi.

     
  • At 5 de março de 2010 às 14:53, Blogger sofiasegredo said…

    Ser santo é a tarefa mais complicada que eu já conheci. Todos os dias espero ser santa, pelo menos por um dia e todos os dias me esqueço de tantas palavras que disse quando rezei... se nem sei o que é o bem e o mal, como posso achar que ser santo é simples? Deixar o espírito agir? Mas isso é o quê? Como é que se faz? Carrega-se num botão e aparece a estrelinha?

     
  • At 4 de dezembro de 2018 às 07:20, Blogger naila akifa said…

    Thank you, the article is very petrifying, hopefully it can be useful for everyone.

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