segunda-feira, setembro 24, 2007
Já que estamos numa de fait-divers...
O Miguel cometeu neste post uma falácia típica da interpretação incorrecta de dados estatísticos (os jornais estão cheios disto :P).

O que interessa saber não é a percentagem de indianos que são muçulmanos, mas a percentagem de muçulmanos que são indianos.
E a Índia, mais o Paquistão, a Malásia e o Bangladesh e a Indonésia todos somados contêm a larga maioria da população muçulmana. E todos são adeptos do caril.

Aprofundando ainda um pouco mais descobre-se que a zona da Índia que é adepta do caril é a do Punjab, próxima do Paquistão e tradicionalmente com uma elevada concentração de muçulmanos.

Portanto, não é de todo errado afirmar que o caril é uma comida querida essencialmente por populações muçulmanas (excepção feita à Tailândia), e que uma percentagem muito significativa de muçulmanos (a maioria) reside em países ou áreas geográficas adeptas do mesmo.

Ou seja, o Nuno tinha razão.

Perguntam-me: o que é que isto interessa? Nada. Mas isso tem sido uma constante nos últimos posts. Quando é que voltamos ao que interessa?

Já agora deixo um repto aos pastores aqui do Trento que partilhassem um pouco da sua experiência pastoral relacionada com as questões que deixei
neste post. Tenho curiosidade em saber como é que o assunto é tratado (especialmente nas comunidades conservadoras onde o assunto deve assumir contornos mais dramáticos).

Antonius Block

Adenda: Não sei por que carga de água o blogger me antecipa a data dos posts.
posted by @ 12:14 da manhã  
1 Comments:
  • At 26 de setembro de 2007 às 18:59, Blogger Luís Bonifácio said…

    Só uma achega. O Caril não é uma comida, nem uma especiaria, mas sim uma mistura de diversas especiarias. A sua função é (era) o de disfarçar o sabor a podre* dos alimentos, por isso o caril indiano varia de região para região, aumentando de "poder" à medida que caminhamos de norte para sul, numa relação directa com a velocidade de decomposição dos alimentos.

     
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