segunda-feira, abril 06, 2009
explicação
Entendo que muitas pessoas não me considerem um cristão. Isso não me magoa nem me fere. Tão pouco me sinto insultado.
Entendo que a compreensão do evangelho daqueles que não me consideram cristão seja diferente da minha nalguns pormenores. Na avaliação da importância desses pormenores estará a diferença de pontos de vista. Para alguns basta eu dizer que não acredito na Bíblia como única regra de Fé e Prática. Para outros bastará a minha aparente falta de fé na Igreja.
Herege, blasfemo, apóstata, etc. Eu percebo porque o dizem e acham. Se eu os percebo, não me é possível sentir-me ofendido.
Aliás, a auto-apropriação do agravo é um luxo que não me toca usar. Quem sou eu para me achar assim tão valioso? Mas entendo que haja quem se sinta ofendido e leve para níveis pessoais a discordância de adjectivação mal medida.

Jesus não foi o único mestre daquele estilo profético. Contemporâneos a ele, segundo historiadores, houve muitos. Como Jesus, foram silenciados por Romanos e Sacerdotes. E o que acontecia aos seus discípulos? Dispersavam-se, quando não eram executados também, e a seita desaparecia.
Com os que seguiam Jesus aconteceu o mesmo imediatamente após a morte do mestre.
Eu sou cristão porque acredito que aconteceu algo importante a seguir. Os homens e mulheres que o seguiam, e que se tinham disperso, voltaram a reunir-se. Diziam que Ele tinha vencido a morte e de tal modo o viviam que arriscaram as suas vidas na proclamação da mensagem de que ele estava vivo.
Essa experiência não pode ter sido uma alucinação colectiva. A transformação brutal de Saulo não pode ter nascido de um delírio. Eles estavam dispostos a morrer por isso muitos anos depois.
É por isso que eu acredito na Ressurreição e a considero histórica. Se a isto juntar a mensagem de Jesus, a forma como ela ecoa no meu entendimento e emoções, não posso deixar de, mais que acreditar, confiar. Eu confio o meu dinheiro a um banco. Do mesmo modo, confio a minha existência e conduta a Jesus e a Deus. Eu acredito que isto é verdade. Não um tipo de verdade demonstrável pela ciência, mas sim uma verdade demonstrável através de mim, como ela foi demonstrada pelas vidas profundamente transformadas dos que conviveram com ele e que, após a sua morte, continuaram a pregar as suas palavras, tentando seguir o seu exemplo nas acções.
Se isto não bastar a quem me lê para me considerar cristão, eu percebo. Mas eu acho-me cristão e era bom que se contasse com isso para futuras interpretações do que escrevo.

JL
posted by @ 1:14 da tarde  
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