Um entendimento da Liberdade, que apenas veja como libertação uma crescente dissolução das normas e um contínuo alargamento das liberdades individuais até à libertação completa de toda a ordem, é errado. A Liberdade, para não acabar na mentira e na autodestruição, tem de se orientar pela Verdade, que dizer, por aquilo que realmente somos, tem de corresponder à nossa natureza. Uma vez que o homem é uma entidade à maneira de ser-de, ser-com e ser-para, a liberdade humana só pode consistir no encontro organizado das liberdades.
O Direito não contradiz portanto a liberdade, é a sua condição, é mesmo constitutivo dela. A libertação não consiste na abolição gradual do direito e das normas, mas na purificação quer de nós próprios quer das normas que possibilitem a existência conjunta das liberdades adequadas ao homem. RATZINGER, Joseph - Fé, Verdade e Tolerância: o Cristianismo e as grandes religiões do mundo; 2005
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