segunda-feira, março 30, 2009 |
A porta, outra vez |
Exactamente como a única base para remoção da nossa culpa é a completa obra de Cristo na cruz, que é um facto histórico, nada mais sendo requerido, também o único instrumento para a aceitação da obra completa de Cristo na cruz é a fé. Não se trata da fé no conceito do presente século ou no conceito kierkegaardiano de fé como um salto no escuro; não é uma solução à base de fé na fé. É crer nas promessas específicas de Deus: não mais voltar-Lhe as costas, não mais chamar-Lhe mentiroso, mas, sim, levantar as mãos vazias num movimento de fé e aceitar a obra completa de Cristo da maneira como foi realizada historicamente na cruz. Diz a Bíblia que no momento em que tomamos essa atitude, passamos da morte para a vida, do reino das trevas para o reino do bem-amado Filho de Deus. Tornamo-nos, individualmente, filhos de Deus. Dessa hora em diante somos filhos de Deus. Repito: não há nenhum meio de começar a vida cristã excepto através da porta do nascimento espiritual, do mesmo modo que não há meio algum de começar a vida física excepto através da porta do nascimento físico.
Francis Schaeffer
Pedro Leal |
posted by @ 8:30 da tarde |
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7 Comments: |
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Acho que é um acto de confiança. (estou a ver que o livro te está a trazer bom proveito)
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Sim.
Eu em mim igreja e igrejante, vejo dois perigos:
1. Tender para a ideia de que devo identificar e formatar a chave dos outros directamente a partir da forma da minha. 2. Tender para pensar esse renascimento como um dado adquirido que basta ter sido operado uma vez; ora, tal como no nascimento físico, o mantimento de si na renovação é uma actividade constante, pois o ser não é como o ter ;)
Nota: e a analogia pára no nascimento: o físico desenvolve a sua força e começa depois a “descender” até à morte...
abraço
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Desculpas, desculpas, desculpas.
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"Repito: não há nenhum meio de começar a vida cristã excepto através da porta do nascimento espiritual,..."
Isto é literal amigos...não é poesia...nem metáfora, nem floreados...
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Sim, Hadassah, claro que é literal, tal como a tensão de mantimento e adequação a tal. Quanto a florear a poesia e a metáfora, a famosa conversa com Nicodemo resolve muito disso. Parece-me evidente que o “nascimento espiritual” não tem uma correspondência directa do “nascimento físico”, mesmo que noutro plano (no “espiritual” para o caso). A literalidade não é uma anulação da metáfora nem da simbologia; estas tratam da expressão do não-visível, não-imediato etc, e a tal se remetem literalmente; não se trata de modo nenhum de dizer floreadamente o que se poderia dizer directamente: trata-se de pôr a linguagem a exprimir aquilo que a excede. O útero espiritual é o próprio Deus, como se sabe (deixando agora de lado a mariologia LOL), isso que tendemos a negar continuamente, inclusive no renascimento outorgado; na conversão, não basta encostar-se à sua própria natureza e deixar Deus trabalhar, simplesmente porque nesse processo a natureza não se detém passiva mas resiste, reage, numa espécie de travão à atracção que também a arrebata. E há sempre o perigo, espiritualmente falando, da ilusão de não se ter resistências ocultas ou expostas à acção do Espírito. bjoca
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Pedro,
a citares assim o Schaeffer, estás automaticamente convidado para participar no http://www.eu-cito.blogspot.com/
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Acho que é um acto de confiança.
(estou a ver que o livro te está a trazer bom proveito)