segunda-feira, outubro 29, 2007
Pois é Beguina
o problema está todo na "teologia de Lutero" em vez da "teologia de Jesus Cristo" e da "teologia dos apóstolos". É mesmo uma das razões porque sou católico, para fugir a essa feira de vaidades que foi a Reforma (ainda que usem os bonitos subterfúrgios de "somos todos santos em Cristo Jesus" que serve mais para nivelar por baixo e para ser dispensado de ter a humildade de reconhecer os bons exemplos). E heráldica por heráldica prefiro esta:



Primeiras três letras de IHΣOYΣ (Jesus) ou "Iesus Homini Salvator" (Jesus Salvador da Humanidade) ou "Iesum Habemus Socium" (à letra "Com Jesus temos sociedade" ou "A Jesus temos como companheiro").

Por baixo do trigrama as três unhas (em muitas imagens cravadas num coração) significando os três votos da Companhia de Jesus (pobreza, obediência e castidade). Por cima, a cruz. Circundando-o, o sol incandescente e abrasador da Palavra.

"Na oração solitária, tão determinada estava a minha vontade que o nome de Jesus se gravasse em mim, tão alentado me sentia, e tão grande confirmação me parecia receber para o que me esperava, que lágrimas e soluços irromperam intensamente.

Enquanto preparava o altar e os paramentos vi representar-se-me o nome de Jesus e senti grande Amor, confirmação e uma crescente vontade de O seguir."

Diário Espiritual de Santo Inácio de Loyola
Fevereiro 23, 24 de 1544

AD MAIOREM DEI GLORIAM

Antonius Block
posted by @ 2:03 da tarde  
12 Comments:
  • At 29 de outubro de 2007 às 14:46, Blogger David Cameira said…

    Antonius,

    Inácio de Loyola,

    Foi aquele q fundou uma ordem religiosa para exterminar a heresia protestante, erecta canonicamente por um papa e q depois de alguns tempos essa mm ordem foi extinta tb por outro papa
    Isto para mim é q e´uma feira de vaidades...então eles nao sabem o q é q querem ?

    E pensar q hoje a ordem jesuitica, no seu humanismo existencialista é tão pagã como o Edir Macedo q vende DEUS a´s prestaço~es

    Tristeza, flagelo e lastima.....

    Mas tens razão SÓ CRISTO SALVA ( já pregava Lutero )
    Aconselho uma leitura penitente das 95 teses

     
  • At 29 de outubro de 2007 às 14:49, Blogger Luís Sá said…

    Leitura penitente das 95 teses? Não obrigado.

    E a ordem religiosa de que falas levou o cristianismo a mais lugares no mundo do que alguma vez o teu Lutero fez, esse sim ocupado com questínculas com príncipes germânicos em vez da evangelização e propagação do Evangelho.

     
  • At 29 de outubro de 2007 às 14:54, Blogger Luís Sá said…

    ah e também com a diferença que a ordem não foi fundada apenas por Inácio, mas por um grupo de amigos estudantes da Universidade de Paris dos quais Inácio se considerava apenas mais um.

    Este símbolo é de uma companhia, de um grupo de amigos que quis seguir Jesus. Não o de um ex-monge de Weimar que se levou demasiado a sério na sua teologia.

     
  • At 29 de outubro de 2007 às 14:59, Blogger Nuno Fonseca said…

    Este comentário foi removido pelo autor.

     
  • At 29 de outubro de 2007 às 15:04, Blogger Nuno Fonseca said…

    Antonius,

    A 'teologia de Lutero', ou 'da Reforma' era chamada pelo próprio, e a Palavra é sua prova, de 'cristianismo', e tens que reconhecer humildemente que a tua acusação de vaidade denominacional e eclesiástica por parte dos cristãos evangélicos soará hipócrita vinda de toda a boca orgulhosamente católica-romana e exclusivista, que atribui a santidade a um Jet7 celestial de louças vestidas a ouro e prata.

    Eu, por outro lado, fui convertido pelo Senhor ao cristianismo, não para fugir do catolicismo ou outra religião, que nada podem contra Ele, mas do Iníquo, e sobretudo, de mim mesmo, enquanto pecador, agora santo, por graça de Jesus Cristo, que morreu para me santificar, e não em vão, para que assim, Lhe possa agradecer isto eternamente, junto do Seu seio.

    Mais: a marca da minha santidade é Jesus, o meu único exemplo. Se isto é nivelar por baixo, põe esse Santo Inácio ou qualquer outro no lugar do Cristo na cruz, e descobre se um mero homem tem poder para redimir a Criação.

    Não procures Deus em heráldicas, pois o Senhor é o teu estandarte, nem tentes achar a cruz pendendo num rosário, mas sobre o teu ombro.

    Paz.

     
  • At 29 de outubro de 2007 às 15:15, Blogger mulheres_estejam_caladas said…

    pois é, como em todos os movimentos há alturas em que caminhamos na companhia de Jesus e outros em que saltitamos na companhia do mafarrico. Incluindo a tal companhia e os tais reformadores...

     
  • At 29 de outubro de 2007 às 15:30, Blogger cbs said…

    "saltitamos na companhia do mafarrico"
    lá está, lá está, a santidade a esvair-se :)

     
  • At 29 de outubro de 2007 às 15:33, Blogger mulheres_estejam_caladas said…

    Bom e mais do que feira, o que houve foram fogueiras. E se vamos contar espingardas todos temos esqueletos nos armários (sendo os armários católicos folheados a ouro e encrustado com pedritas preciosas), mas sinais exteriores de riqueza à parte, a Reforma trouxe ao Ocidente: abertura, noção do self, liberdade.
    E se eu, ecuménica visceral, irei andar de paróquia em paróquia orando na semana de unidade dos cristãos, quero nesta semana congratular-me pela minha herança protestante da qual me orgulho e com a partir da qual e pela qual eu posso ser ecuménica, pois tolerância e respeito são legados do protestantismo (não o protestantismo primitivo) mas do mais do posterior.

     
  • At 29 de outubro de 2007 às 15:59, Blogger cbs said…

    a separação entre a religião e o principe é que foi um legado protestante, Beguina.
    Na paz de Westefalia, 1648, após a mortandade, a política separou-se da mística e o Sacro-Império foi à vida.
    Tolerancia e respeito foram aí, valores irrelevantes, como são ainda hoje, quando se surge a política, a força das nações.

    Tolerancia e respeito são valores legados do Cristianismo (e não só), mas não são exclusivos católicos ou protestantes. Em minha opinião, claro :)

     
  • At 29 de outubro de 2007 às 16:44, Blogger josé said…

    Caro Nuno, ex-pecador e agora santo:
    uma das vantagens da liturgia católica é que ela nos serve diariamente a Palavra de Deus, não a que escolhemos mas aquela que a Igreja iluminada pelo Paráclito escolheu por nós e para nós. Ora ontem precisamente liam-nos S. Lucas 18,9-14. Sei que não precisas mas mesmo assim, se me permites, vou transcrever:
    Disse também a seguinte parábola, a respeito de alguns que confiavam muito em si mesmos, tendo-se por justos e desprezando os demais: «Dois homens subiram ao templo para orar: um era fariseu e o outro, cobrador de impostos. O fariseu, de pé, fazia interiormente esta oração: 'Ó Deus, dou-te graças por não ser como o resto dos homens, que são ladrões, injustos, adúlteros; nem como este cobrador de impostos. Jejuo duas vezes por semana e pago o dízimo de tudo quanto possuo.' O cobrador de impostos, mantendo-se à distância, nem sequer ousava levantar os olhos ao céu; mas batia no peito, dizendo: 'Ó Deus, tem piedade de mim, que sou pecador.' Digo-vos: Este voltou justificado para sua casa, e o outro não. Porque todo aquele que se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado.»

    Pace

     
  • At 30 de outubro de 2007 às 11:35, Blogger Nuno Fonseca said…

    Este comentário foi removido pelo autor.

     
  • At 30 de outubro de 2007 às 11:39, Blogger Nuno Fonseca said…

    'Uma das vantagens da liturgia católica é que ela nos serve diariamente a Palavra de Deus, não a que escolhemos mas aquela que a Igreja iluminada pelo Paráclito escolheu por nós e para nós'.

    Saudações, José.

    Rituais religiosos nada fazem pela leitura da Escritura senão distrair dela, pois que incenso me fará compreender a Lei mosaica, ou que candelabro me ensinará sobre Jesus, que me absolveu dela?

    A igreja iluminada pelo Paracleto, segundo leio na Palavra, é a fundada pelos apóstolos, a Cristã, e essa, sim, deu-nos a Bíblia que lemos, e lemos activamente, dia e noite, deleitandomo-nos nEla (Salmo 119), e não com apatia e passividade, esperando que outros homens no-la meditem por nós, como se a Escritura não fosse o nosso maior prazer na terra, porque o é.

    Sobre a santificação, a Palavra diz que Jesus se sacrificou para que TODOS os que nele creiam se santifiquem, ou seja, se separem do pecado:

    1Tess4:3 -- 'Porque esta é a vontade de Deus: a vossa santificação'

    2Tess2:13 -- 'Devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados do Senhor, por vos ter Deus elegido desde o princípio para a salvação, em santificação do Espírito'

    Eph 1:4 -- 'Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor'

    Col 3:12 -- 'Revesti-vos como eleitos de Deus, santos e amados'.

    Penso que não dúvidas quanto a isto.

    Agora, ao citares essa parábola, penso que transleste que o facto de me chamar santo mostraria exaltação, e falta de humildade. José: eu nada fiz para me poder santificar, pois o autor da minha salvação é o Senhor, e se posso hoje ser santificado a Ele apenas devo, pois é apenas pela Sua graça que me posso 'separar do pecado', mostrando frutos e dons do Espírito', perseverando na Sua Palavra, ainda tendo, pois, em mim, a carne do antigo pecador, mas sendo nascido de novo, de Deus, imitando-O cada vez melhor, pela relação pessoal e íntima que Ele me quer (João 17:3).

    Exaltar, só exalto o Senhor, pois Ele, sim, me santificou, para a Salvação da minha alma. Humilhar, só me humilho a mim, pois digo que sem Ele nunca passaria de pecador, pó vindo do pó.

    Por outro lado, dizer que a santificação depende duma igreja e dos seus concílios é eclesiolatria (João 14:6), e exalta a igreja sobre Deus, fazendo o Senhor dependente duma instituição humana para fazer a Sua vontade, e assim, sim, nivelando por baixo, por santificar segundo o que os preceitos dos homens dizemos ser 'santo', e não pelo que o Senhor nos mostra ser a verdadeira santidade.

    Paz.

     
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