sábado, outubro 27, 2007
Martin Luther (1943)
de "Bernanos par lui-même"


Lutero e o Papa Leão X

"... Não se reforma a Igreja senão sofrendo por ela, não se reforma a Igreja visível senão sofrendo pela Igreja invisível. Não se reforma os vícios da Igreja senão sendo pródigo no exemplo das suas virtudes mais heróicas. É possível que S. Francisco de Assis não estivesse menos revoltado que Lutero com o deboche e a simonia dos prelados. É mesmo certo que sofreu mais cruelmente, pois a sua natureza era bem diferente da do monge de Weimar. Mas não desafiou a iniquidade, não tentou fazer-lhe frente, antes mergulhou na pobreza, enredando-se nela com os seus o mais que pôde, como numa fonte de toda a remissão, de toda a pureza. Em vez de tentar arrancar à Igreja os bens mal adquiridos, cumulou-a de tesouros invisíveis, e sob a doce mão desse mendicante a pilha de ouro e de luxúria pôs-se a florir como uma sebe em Abril...

A Igreja não precisa de reformadores, mas de santos. Martin Luther era o reformador nato. Existem reformadores cujo destino trágico nos parece explicável, Lamennais por exemplo. Compreende-se muito bem que aquela corda exageradamente tensa tenha estalado sob uma nota demasiado alta. Um antigo confidente de Pio XI contou-me que esse papa tinha uma espécie de devoção à memória do pobre Féli. Sem dúvida ele teria tido a mesma compaixão por Lutero, pois este papa e aquele monge, ambos inflexíveis, são semelhantes em demasiados aspectos para que não fossem capazes de ter compaixão um pelo outro. Oh! Não é que Lamennais me pareça não merecer mais que uma compaixão um pouco desdenhosa. Se apenas tivesse dependido desse pequeno bretão enfermo, com a sua lógica pungente, ao mesmo tempo implacável e terna, a sua eloquência naïve e sublime, por vezes um pouco pueril e que faz lembrar um bom dever escolar mas escrito com todo o sangue de um coração de homem, o imenso desastre da Igreja com o mundo operário teria provavelmente podido ser evitado.

Quando esse homem magro, sombrio e enclausurado, devorado pela doença, lançava do seu banco na Câmara, na sua voz cavernosa de agonizante, o grito profético: «Desgraçados dos pobres!», anunciava igualmente Estaline, Hitler, Mussolini ou Franco, homens dos monopólios e dos cartéis e mostrava as grandes valas comuns abertas. Não! Não se tratava certamente de um homem sem meios e sem defesa, tinha somente nascido demasiado nervoso, demasiado sensível, com uma vaidade de mulher ou de poeta, feito para o desespero como um belo vaso para o líquido do qual se deve encher, encheu-se ele de desespero até à borda. Mas ele, Luther, Martin Luther, fora sobretudo feito para a alegria, a rude alegria do trabalho operário, do trabalho quotidiano, do fardo colocado sobre o ombro, ou aliviado com um golpe de rins. Sim, era um homem que não tinha nada de belo vaso, mas sobretudo um pichel de camponês, um desses pichéis de grosseira faiança, cor de mel, nos quais se vai derramar do tonel não importa o quê, cidra, cerveja ou aguardente."

Pois bem, esse homem forte não aguentou mais tempo que o outro, apaixonou-se também, vimo-lo tomar o freio nos dentes, como um cavalo de trabalho que meteu a sua grande pata num ninho de vespas, começando a escoicear às quatro patas, barriga por terra, e quando parou – não por fadiga, é verdade, mas para ver onde estava metido, recuperar o fôlego, cheirar as feridas – a velha Igreja ficara já para trás de si, bem longe a uma distancia imensa, incalculável, separada dele para toda a eternidade, ó raiva, ó estupor, ó lancinante infortúnio!

… Sempre acreditei – sem pretender forçar ninguém a acompanhar-me – que os grandes heresiarcas que arrasaram a Igreja poderiam igualmente ter sido a sua glória, tivessem eles sido escolhidos, separados, marcados por um destino extraordinário, uma maravilhosa aventura. Logicamente sou pois forçado a admitir também que receberam graças sem preço, que as dissiparam, as lançaram ao vento, perdendo em vãs disputas riquezas espirituais imensas, incalculáveis, que talvez tivessem sido suficientes para saciar durante séculos a cristandade inocente… Somos perfeitamente livres de imaginar que, se esse pequeno judeu chamado Saul não tivesse uma tarde rolado na poeira da estrada de Damasco, jorrando vergonha, remorsos, amor e lágrimas pelo seu rosto, teria acabado a vida numa qualquer obscura sinagoga de aldeia. Mas somos igualmente livres de pensar que ele poderia ter sido o herético de todos os heréticos, só por si mais temível que Nestorius, Arius e Lutero todos juntos, porque ele era como o próprio fogo, que aquece ou devora, purifica ou destrói. É verdade que a prova que perdeu o monge de Erfurth poderia igualmente tê-lo salvo, era a sua perda ou a sua glória. E quando lemos certas páginas da sua correspondência – mas qual o católico que leu alguma vez a correspondência de Lutero? Um bom aluno da Companhia de Jesus pensaria certamente em ir regalar-se com graçolas endereçadas a Catarina de Bor, sobre esse despadrado libidinoso – parece-nos perceber que ele não ignorava nada do dilema fatal que dominava a sua vida e que mais do que uma vez, infelizmente! Pelo menos no seu tempo de juventude, tentou obedecer à doce voz que lhe falava ao coração, que o impelia afectuosamente a ficar humilde e dócil no cumprimento da sua missão, como uma pequena pedra nas mãos do Altíssimo, apanhada ontem, largada amanhã. Que dizia essa voz? Meu Deus, será talvez demasiado ousado perguntá-lo, não importa!

“Meu filho Martin, sem dúvida murmurava ela no silêncio da alma, pus em ti esse amargor, acautela-te! É Comigo, por Mim, em Mim que tu sofres com o miserável estado da Minha Igreja, mas que não te prevaleça essa dor diante de Mim. Outros, que Me amam mil vezes mais do que tu és capaz de Me amar, não a sentem no mesmo grau, ou mal a experimentam. Isso que revolta a tua consciência, apresenta-se-lhes como um sonho, um sonho mau, de que eles se afastam quando querem, porque vivem noutro mundo. Mas a ti, marquei fortemente o teu lugar neste mundo, fiz-te de uma matéria sólida e pesada, um homem carnal. Lançar-te-ei contra outros homens tão carnais como como tu, feitos da mesma matéria, para que sintam a força dos teus golpes, porque é através de ti, se Me fores fiel, que decidi quebrar o seu orgulho e fazer justiça ao meu povo, a quem colocaram as almas em leilão. Mas não te enganes, irmão Martin: essa tarefa não é nem a maior, nem a mais elevada, é apenas à tua medida, só isso. Dei-te saúde, força, uma eloquência popular e um génio da controvérsia quase igual ao do meu filho Agostinho. Não são essas, fixa bem, as armas preferidas dos nossos santos, elas servir-te-ão apenas para desobstruir, arrancar, desenraizar os troncos apodrecidos.

Oh! Meu filho Martin! Aquilo que te dei não é nada ao pé daquilo que te reservo se não te escapares das Minhas mãos! Pensa no Meu apóstolo Paulo, que tanto amas. Era, ele também, um homem carnal, violento, temerário e racional. E como Me foi necessário amolecer e abrandar a sua alma: lembra-te do que Eu disse dele, num sonho, a esse Ananias, de Damasco. O pobre Ananias não mostrava pressa nenhuma de ir em busca de Saul, para ele era um pouco como ir meter-se na boca do lobo: “Senhor, eu sei os males que ele fez sofrer aos Vossos santos, e agora recebeu dos príncipes dos sacerdotes o poder de prender todos os que invocarem o Teu nome…”

Respondi então: “Vai, pois ele é um instrumento que escolhi, mostrar-lhe-ei o quanto terá de sofrer por Mim – quanta oporteat eum pró nomine meo pati…Pró nomine pati… Hoje, quando lêem isto, não pensam naturalmente senão na felicidade do martírio de Paulo, oferecendo a sua cabeça ao verdugo. Irmão Martin, crês bem que ele a deu de boa vontade, não só para cumprir a Minha vontade, mas também porque tinha já sofrido muito, porque estava cansado de viver e sofrer. Há homens, irmão Martin, aos quais concedi que sofressem com sabedoria, tranquilamente, sem necessitarem de se debaterem, como nas mãos do barbeiro. Mas este, foi feito para espernear sob o aguilhão – durum est tibi contra stimulum calcitare. Não houve aguilhão de que ele não tenha experimentado a ponta, sem exceptuar o da carne, e quando finalmente lhe permiti morrer ele já nem força tinha para espernear, parecia-se com um desses velhos lobos solitários, crivados de golpes, banhados no próprio sangue, que a cada nova ofensa da lança não podem mais que virar lentamente para o ferro um olhar já vítreo, mas inflexível.

Oh! Após tantos séculos, vós tendes dessa época longínqua uma ideia tão estranha!... Desde o princípio que a Minha Igreja foi o que ainda é, e será até ao fim dos dias, o escândalo dos espíritos fortes, a decepção dos espíritos fracos, a provação e o consolo das almas profundas, que não procuram senão a Mim.

Sim, irmão Martin, quem Me procura encontra-Me, mas é preciso que Me encontre, e Eu escondo-me melhor do que se pensa, ou que alguns dos meus sacerdotes vos pretendem fazer crer – Para os que não se aproximam de Mim com humildade, Sou ainda mais difícil de descobrir do que aquele menino, atrás de magos e pastores, naquele pequeno estábulo de Belém.
Porque é verdade que me construíram palácios, com galerias e claustros sem conto, magnificamente iluminados dia e noite, povoados de guardas e sentinelas. Mas para aí Me encontrar, como na velha estrada da Judeia enterrada sob a neve, o mais sagaz não precisa senão de Me pedir simplesmente o necessário: uma estrela e um coração puro…”

Georges Bernanos

In Albert Béguin, "Écrivains de Toujours", Éditions du Seuil 1954

Da ala católica do Trento.

posted by @ 10:49 da tarde  
14 Comments:
  • At 28 de outubro de 2007 às 01:14, Anonymous Anónimo said…

    Este texto parte de uma falácia que é confundir a Igreja de Cristo com a Igreja Católica Romana.

     
  • At 28 de outubro de 2007 às 01:48, Blogger cbs said…

    pode partir de onde quiseres, mas o texto é lindo... e se parte de uma falácia, paradoxalmente, acaba por certo numa verdade:
    "...para aí Me encontrar... o mais sagaz não precisa senão de Me pedir simplesmente o necessário: uma estrela e um coração puro..."

    Lutero naqueles anos estava muito mais católico que o papa, digo eu...

     
  • At 28 de outubro de 2007 às 12:09, Blogger cbs said…

    "Não se reforma os vícios da Igreja senão sendo pródigo no exemplo das suas virtudes mais heróicas"

     
  • At 28 de outubro de 2007 às 16:59, Blogger josé said…

    Caro Epafras:
    A Igreja de Cristo é a Igreja Católica Romana pois nela permaneceu e reside a sucessão apostólica original que é como que o tronco da árvore, aquilo que aponta sempre num único sentido que é a Eternidade.
    Desse tronco original saíram, saem e sairão ramos dos quais sairão outros ramos sem que nenhum deles se enraíze verdadeiramente, pois a raíz é e só pode ser Uma. Esses ramos, nos quais corre sem dúvida a seiva que é Cristo, nunca serão verdadeiramente árvores: uns são podados, outros secam simplesmente, outros ramificam-se ainda mais e deixam de ser o que eram. A Igreja de Cristo é a árvore e a Igreja Católica é o seu tronco, aquilo que sai directamente da raíz, aquilo que é essencial à preservação da árvore, aquilo que permanecerá, mesmo que caiam todos os ramos e todas as folhas, para que Ele permaneça em nós e nós Nele. Os ramos são sem dúvida também necessários à árvore e com eles a árvore dará mais sombra ao Mundo. Mas não há um ramo que valha mais do que outro. O que define a árvore é por isso o tronco e por isso, ó Epafras, nós dizemos em verdade aquilo que tu dizes ser uma falácia.
    Bernanos explica tudo isto pondo na voz Dele: «Desde o princípio que a Minha Igreja foi o que ainda é, e será até ao fim dos dias, o escândalo dos espíritos fortes, a decepção dos espíritos fracos, a provação e o consolo das almas profundas, que não procuram senão a Mim».
    Para a Igreja permanecer é pois necessário o escândalo dos fortes, a decepção dos fracos e a consolação dos humildes.
    E nós, os que ficámos na Igreja, por humildade e até por fraqueza, nós é que somos o sal da terra.

     
  • At 28 de outubro de 2007 às 21:35, Anonymous Anónimo said…

    O José fala é de uma árvore fictícia e não de uma árvore verdadeira. Na verdade, a "sucessão apostólica original" que o José atribui à Igreja de Roma é uma fraude que só os crédulos ou os muitos ignorantes podem aceitar.

    Esta pretensão da Igreja de Roma de ter uma sucessão ininterrupta de bispos que se remonta ao primeiro século é completamente falsa, para começar porque falta o primeiro elo da cadeia: Não há evidência de que a Igreja de Roma tenha sido fundada pessoalmente por Pedro, nem muito menos que ele tenha sido o seu primeiro bispo.

    Além disso, é falsa porque em muitas ocasiões o cargo foi disputado por dois ou mais contendentes, sem que claramente um deles represente a suposta "línha de sucessão".

    E é falsa porque houve bispos de Roma que foram impostos ou sustentados pelo poder imperial.

    E é falsa porque no século XV o concílio de Constança depôs três papas rivais e nomeou um quarto em seu lugar.

    Portanto, simplemente por razões históricas bem conhecidas, Roma não pode reivindicar para si uma "sucessão apostólica ininterrupta".

    A única sucessão apostólica válida é a perseverança na doutrina dos Apóstolos tal como ela se expressa no Novo Testamento. Esta é a única prova necessária e suficiente da apostolicidade de uma congregação, tenha sido fundada há vinte séculos ou ontem. E com os acrescentos e distorções que fez à doutrina apostólica, Roma por certo tampouco cumpre este critério e só pode ser o tronco de uma árvore postiça.

    Epafras

     
  • At 28 de outubro de 2007 às 23:22, Blogger josé said…

    Ó Epafras,
    A sucessão apostólica de que falo é um conceito muito mais lato do que essa que referes. É uma continuidade de propósito e de missão que só existe na Igreja Católica. A muito discutível sucessão episcopal, que é a que tu falas, terá servido há 17,16, 15 séculos para cimentar essa sucessão apostólica. E há 5 séculos serviu, na sua discutibilidade, para ajudar a uma justificação cismática. Hoje pelos vistos continua a servir para o mesmo...
    O nosso ponto é que não há imperadores nem anti-papas nem reformadores capazes de retirar à Igreja a verdade da sucessão apostólica. Deus sempre escreveu direito por linhas tortas.
    E quer queiras ou não, a tua ramada apostólica, que não sei qual é mas de cuja legitimidade não duvido, deriva desse tronco que dizes postiço.

     
  • At 29 de outubro de 2007 às 00:50, Blogger Hadassah said…

    "A Igreja de Cristo é a Igreja Católica Romana"...

    Pode alguém afirmar uma coisa destas???

    A igreja de Cristo meus amigos é tudo menos católica ou protestante...a igreja de Cristo é dos Salvos em Jesus Cristo, filho de Deus.

     
  • At 29 de outubro de 2007 às 01:19, Anonymous Anónimo said…

    Não José, falo mesmo da fábula da sucessão apostólica que a Igreja de Roma diz possuir e que foi interrompida tantas vezes que é ridículo que se apele a ela. Em todo o caso, seria muito interessante conhecer a fonte desse conceito lato de sucessão apostólica que dizes que só existe na Igreja Católica e as evidências que a sustentam.

    E eu não pertenço a nenhuma "ramada apostólica" que deriva de um tronco original. Eu posso traçar a minha linha até aos Apóstolos porque persevero na doutrina deles, tal como aparece na única fonte inteiramente confiável dos seus ensinamentos: o Novo Testamento.

    Como disse antes, esta é a única sucessão apostólica válida.

    Uma Igreja é apostólica na medida em que for fiel à doutrina dos apóstolos, e não porque pode hipoteticamente demonstrar uma continuidade ininterrupta de sucessores desde o primeiro século, visto que tal lista não bastaria para demonstrar uma continuidade da doutrina apostólica original.

    Dito isto, e indo ao caso particular de Lutero, ele quando saiu (apesar de não ser esta a sua intenção inicial) da Igreja de Roma não saiu da Igreja de Cristo ou do "tronco original", mas saiu de uma Igreja que se tinha afastado gradualmente da doutrina de Jesus Cristo para abraçar, ainda que de modo imperfeito, a fé Bíblica ensinada por Cristo e os seus apóstolos. E por isso mais próxima do original, mais Apostólica.

    Hadassah,

    A igreja de Cristo é católica no sentido original do termo, ou seja universal. Antigamente no primeiro milénio de cristianismo quando se falava na igreja católica não se falava no que hoje conhecemos como igreja Católica Romana, falava-se na Igreja Universal espalhada por todo o mundo. A Igreja de Roma é que unilateralmente a certa altura se atribuiu a si em exclusivo o título de católica.
    Evidentemente o facto de que parte da Igreja se arrogue para si o título de católica ou universal é uma usurpação, na qual, parafraseando Gregório Magno (que foi bispo de Roma e portanto Papa) quando rejeitou horrorizado o título de "Bispo Universal", a honra que Roma tomou para si se a tirou às outras igrejas.

    Epafras

     
  • At 29 de outubro de 2007 às 01:28, Blogger Hadassah said…

    Epafras,
    Nesse sentido Ok!
    Mas não foi por aí que o José foi...nem todos os caminhos vão dar a Roma... ;)

     
  • At 29 de outubro de 2007 às 01:28, Blogger Hadassah said…

    Pelo menos O Caminho!

     
  • At 29 de outubro de 2007 às 01:55, Anonymous Anónimo said…

    Hadassah eu entendi foi só para ser mais rigoroso. Mas tens toda a razão quando dizes "igreja de Cristo é dos Salvos em Jesus Cristo, filho de Deus.", apesar de ter ali um "d" a mais por erro de "teclagem" :). Querias dizer a "igreja de Cristo é os Salvos em Jesus Cristo, filho de Deus" sendo que a Igreja é de Deus né?

     
  • At 29 de outubro de 2007 às 09:14, Blogger josé said…

    Epafras,
    Sempre achei graças à vossa grandiosa certeza de vós mesmos no que diz respeito à vossa «perseverança na doutrina dos Apóstolos tal como ela se expressa no Novo Testamento» o que vos permite «traçar a vossa linha até aos Apóstolos porque perseveram na doutrina deles». Para vós, essa doutrina testamentária ou não é sujeita a interpretações nem exgeseses ou, caso o seja, as vossas é que são as boas.
    Pois nós desconfiamos um pouco de nós próprios e por isso apoiamo-nos na nossa Igreja que, além de guardiã da Sua doutrina, é uma manifestação da Sua Vontade.

     
  • At 29 de outubro de 2007 às 09:32, Blogger cbs said…

    "uma continuidade ininterrupta de sucessores"
    não é necessária para existir sucessão. Mesmo com acidentes a história e portanto a sucessão e as derivadas estão aí.
    Mas antes de Pedro a estabelecer em Roma, não havia Igreja?
    E se havia, foiPedro usurpador?

    "Lutero, ele quando saiu (...) saiu de uma Igreja que se tinha afastado gradualmente da doutrina de Jesus Cristo" Concordo, mas esta tua afirmação Epafras, não é o teu reconhecimento de que existia uma Igreja Universal em Roma; se se afastou, como dizes, é porque esteve próximo, no mínimo...
    E devo dizer, que a Reforma ajudou de algum modo a Igreja Católica e voltar ao caminho de Cristo, conforme sugere Bernanos.

    "posso traçar a minha linha até aos Apóstolos porque persevero na doutrina deles" também seria interessante Epafras analizar essa tua linha.

    Paz de Cristo

     
  • At 29 de outubro de 2007 às 13:19, Blogger Hadassah said…

    tens razão Epafras...queria dizer "são os salvos"...em vez de "é dos salvos"...

    Gracias.

     
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