domingo, outubro 14, 2007
outra carta ao director
Pois é mano, só essa tua tirada mais a menção aqui ao Trento no Público Digital, já te valeu bem mais um 13 de Outubro fatimida. Mas a salvação da tua alma recomenda que não se te deixe a última palavra. Então lá vai.
Em primeiro lugar é bom recordar que neste país consagrado à Virgem Mãe, a condição de se ser católico é para nós menos definidora ou estruturante ou o que lhe quiseres chamar, do que a condição de se ser evangélico. Coisa bem prática para todos os que anotámos que Ele nos disse ser leve o Seu jugo. Quero com isto dizer que aquilo que eu escrevi ou melhor, pois tu já me vais conhecendo mais do que me conviria, tudo aquilo que está subjacente ao que eu escrevi tem muito mais a ver com a minha condição de cagão, aí sim cosmopolita, do que com o meu catolicismo. Portanto não se generalize aos católicos aquilo que descreves ad hominem.
Mas digo mais: se acertaste genericamente na vaidade da compaixão, no calculismo da modéstia e na condescendência moral que para minha desgraça me definem razoavelmente bem, já no caso particular daquele meu post aí erraste o alvo. Pois, falando do povo que ruma a Fátima, eu não estava a ser compassivo nem condescendente. Eu estava a pasmar e, sobretudo, a invejar a sinceridade duma Fé.
E isso porquê? Porque por estes dias eu receio muito mais pela sinceridade da minha Fé do que pela correcção da minha doutrina. Tu não?
josé
posted by @ 5:55 da tarde  
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