sexta-feira, junho 01, 2007
Sola dura
Já nem eu próprio, apesar da minha fabulosa equanimidade, consigo ficar calado perante estes meus irmãos morettianos aqui do concílio. O plural é neste caso injusto, pois é contigo que estou a falar ó Timshel dum camano! Há anos e anos, nos nossos blogues e também no blogue que foi nosso, que eu te deixo proclamar o direito exclusivo da esquerda ao uso legítimo do porte do título de cristão, sem refilar, sem contrapôr sequer. É claro que o histórico, secular e maioritaríssimo conservadorismo cristão em geral e católico em particular, me tem feito sorrir de mais um gajo que, seguindo o seu critério estrito, pretende excluír da Cristandade para aí uns 99,995% da dita. E atenção que não estou a dizer que a sinistra Esquerda corresponde a tão exígua franja de 0,005%. Não, esses poucos ppm’s, tão puros e tão cândidos, correspondem sim àquilo que o calvinismo dialético do Timshel consegue benevolamente aceitar como sendo a vera Esquerda. Isto é: saem logo os 50% estruturais da direita e centro direita mais os 20% de centro liberal; saem os praí 15% de libertários, abortistas, imorais, inimigos da família, neo-liberais em suma; saem os 10% de comunas clássicos ressequidos pelo ateísmo estalinista; saem todos os indivíduos de «tipo PC e algum PS mas sobretudo BE e JS»; saem todos os liberais que a pretexto do conceito burguês de democracia condenam o justo autoritarismo providencialista de S.Hugo Chavez de Simón Bolívar; e sai toda essa plebe ranhosa que porfia denoda e desnecessariamente por algum conforto próprio sem clamar pelo alheio. Enfim, teremos que saír praticamente todos, eu, o Tiago, agora o Antonius, de dentro dessa condição tão rarefeita que é ser-se Cristão, como Cristo o foi. E mai nada! Fica o Tim, talvez o Carlos Cunha, naturalmente o S.Hugo e a sua santa família e todos os outros venezuelanos que nunca viram a RCTV e rejubilaram com o seu justíssimo encerramento. Ah! Esquecia-me o S.Josémaria Escrivá! Esse santo varão, para quem a santificação pelo trabalho nada mais era do que um instrumento redistributivo, esse também está no altar timsheliano.
Termino. Mas não sem bradar aos céus: 1.000 anos de vida ao camarada Timshel!
josé
posted by @ 6:25 da tarde  
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