sábado, julho 25, 2009
NIB 0007 0000 0073 8184 5512 3
"O Patriarcado de Lisboa vai ajudar a criar 500 microempresas na área social em dois anos. Os empresários serão desempregados ou jovens à procura do primeiro emprego que montarão pequenos negócios como oficinas, lavandarias ou serviços de restauração. O projecto Igreja Solidária, lançado há um mês, quer ainda, juntamente com o Estado, empregar mais duas mil pessoas nos centros paroquiais.
A Igreja, através das suas instituições, vai funcionar como mediador. "Vamos propor às pessoas que montem o seu negócio, garantindo a aquisição dos serviços. O financiamento caberá ao Banco Espírito Santo, com quem fizemos um protocolo, e que já disponibilizou 50 mil euros", explicou ao DN Maria do Rosário Líbano Monteiro, da coordenação do projecto.
Os empresários poderão ter um financiamento até cinco mil euros para adquirir meios de produção ou de fundo de maneio e ainda um acompanhamento na concepção e execução do projecto. "Não se trata de um serviço em que a pessoa vai ao balcão do banco. É um serviço personalizado, acompanhado por nós", explica a também vice-presidente do Centro Social Paroquial do Estoril, onde já vão arrancar três projectos.
Os centros sociais terão uma dupla missão. Por um lado, incentivar as pessoas a criar o seu trabalho, numa tentativa de inverter o ciclo de pobreza. Por outro, funcionar como credibilizador junto da entidade bancária, ajudando à concretização do negócio e garantindo o escoamento dos produtos.
Estes serão consumidos pelos próprios centros, numa primeira fase, mas deverão ser alargados à comunidade, para que o negócio se expanda. "Daqui a uns tempos, estes empresários estarão a criar trabalho", adianta Rosário Líbano Monteiro, sublinhando que é preciso criar trabalho e não emprego.
Em Lisboa, as instituições da Igreja têm ainda capacidade para empregar mais duas mil pessoas. Francisco Crespo, director da pastoral sociocaritativa da diocese, diz que, com a crise e o aumento das necessidades, é preciso reforçar a capacidade de resposta. "A pedido do Instituto de Emprego, fizemos esse levantamento. Alargando as nossas valências, precisamos de mais duas mil pessoas."
No entanto, alerta, tem de haver financiamento do Estado. "Nós precisamos de mais pessoal, mas só podemos empregar com apoio do Estado. Actualmente, a Segurança Social já não paga todos os protocolos que tem connosco." A responsável do centro paroquial do Estoril concretiza: "Vão entrando utentes para os serviços e a Segurança Social paga o mesmo. Por exemplo: fazemos 67 apoios domiciliários e só recebemos pagamento para 43 utentes".
Nos últimos dias, têm chegado dezenas de pedidos de ajuda às paróquias. Para muitos não há resposta, diz Francisco Crespo, sublinhando os casos mais dramáticos de quem pede dinheiro para pagar as dívidas. Por isso, apela, todos devem contribuir, em especial os crentes. "Podem fazê-lo na sua paróquia ou através da conta do projecto Igreja Solidária, no NIB 0007 0000 0073 8184 5512 3".

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timshel
posted by @ 3:52 da tarde  
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