|  quinta-feira, abril 23, 2009  | 
           
          
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              cbs
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            posted by  @ 12:36 da tarde      | 
           
          
            
                 
                
                  
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                    | 6 Comments: | 
                   
                  
                    
                        
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                              O velho argumento do deus ex-machina.
  Deus decretou a Queda. Deu livre-arbítrio a Adão exactamente porque sabia que ele iria desobedecer. Jesus Cristo é o princípio, meio e fim do propósito da Trindade desde a eternidade. O Pai pretendeu desde o vazio magnificar o Filho em comunhão no Espírito Santo, para a glória do Deus triuno. É esta a prioridade do universo, sob a qual todas as coisas se sujeitam.
  §
  SOLUS CHRISTUS 
              
                         
                        
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                              Dr Nuno, é realmente velho e interessante, este problema. Pré-Ver o desenrolar da História acaba por implicar o servo arbítreo, em ultima instancia, a ausencia de liberdade em sentido absoluto.
  Mas coloca-se-me uma questão radical, que é esta: qual o sentido da temporalidade em Deus, se Ele Criador não se situa no Tempo? E outra, não menor: como pode um humano escolher Deus se não for radicalmente livre de O negar - e que raio de amor é esse, que se limita?
  Escolher implicará o poder de negar, e à aplicação desse poder só lhe conhecemos o sentido no Tempo.  Deus Criador transcende isto tudo, e perante Ele fica-nos só o Mistério.  Mas também a certeza - dada por Jesus, dentro do Tempo - de que o sentido da nossa escolha nos permite transceder o Mistério. Somos seres conscientes (por isso, livres) em construção, uns com os outros, e em especial com o Outro Absoluto; é esse existir que nos permitirá a Transcendencia.
  Não vejo, lamento, muita razoabilibade, na discussão entre servo e o livre arbítrio. Ainda menos em tentar fazer introspecção ao Divino.
  Faço algum sentido? e agora? estarei perdido? ou terei tempo para recuperar, lol 
              
                         
                        
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                              parabéns, cbs. óptimo coment. até me arrepia um deus que dá a liberdade ao homem porque sabe que ele vai espetar-se. é que nem é para o bem,. é porque sabe de antemão que o buraco o espera. 
              
                         
                        
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                              O determinismo (ou a ausencia de liberdade) é imcompatível com o Amor, porque este implica a liberdade de escolher, ou a imprevisibilidade, por definição. 
  Senão ficamos perante uma ilusão do amor, o que seria um egoísmo, farás tudo à minha medida... o contrario do Amor. (secalhar blasfemei...)
  MC, e eu gostava era de te ver cá deste lado ;)* 
              
                         
                        
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                              "secalhar blasfemei) :))) 
  No domingo passado celebrámos o Domingo da Misericórdia. Em boa hora João Paulo II, instituiu este dia a celebrar em pleno tempo pascal. A ressureição é a promessa da misericórdia. que mais queremos ou tememos?
  Aqui, estamos todos "deste" lado. :) e tá-se bem. ;) 
              
                         
                        
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                              CBS,
  Concordo absolutamente contigo quando afirmas que amor só existe com livre-arbítrio, que subentende uma relação voluntária mútua. Mas peço-te um esforço para entenderes a perspectiva Reformada ou - permitam-me a ousadia - bíblica.
  Primeiro temos que ser claros no que dizemos ser 'livre-arbítrio'. O homem tem, sim, vontade. Contudo, a Escritura diz que esta vontade deixou de ser livre desde a Queda e que o homem passou a ser 'escravo do pecado' e que se acha 'morto nas suas faltas'. A Palavra também afirma que o homem natural e irregenerado (não nascido de Deus) não inclina de boa-vontade para o Senhor, nem o busca, nem lhe pode agradar de todo(Romanos 3:10-12; 8:5-8). Daí o facto de que a regeneração é unilateral, pois só poderia ser quando o homem não quer vir a Deus por si mesmo:
  Jo 6:44: 'Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia.' 
  Temos assim um servo-arbítrio que é libertado por Deus, sendo só assim livre-arbítrio. Repara que o amor do homem não deixa de ser voluntário, contudo é amor do homem nascido do Espírito, regenerado por Deus no momento da conversão. E o homem da carne? Esse morreu no mesmo dia.
  Mas no caso de Adão, o caso é outro. Lidamos com o homem prelapsariano. Perfeito e santo, e bom na íntegra. Na sua liberdade, ele escolheu desobedecer. Agora a questão é definires o que entendes pela liberdade do seu arbítrio. Ou não foi Eva coagida pelo desejo de comer o fruto instigado pela Serpente, e Adão por ela? Deus sabia que ia fazê-lo e é insultuoso supor que o Deus omnipotente, omnipresente, omnisciente se escandalizou ao antever o que aconteceria. Ele sabia o que sucederia e assim fez porque era de seu propósito que assim fosse, para que o pecado entrasse no mundo e Jesus Cristo viesse a nós, para sofrer a pena do seu povo na cruz, regenerando a sua igreja, para sua glória como salvador piedoso por uns e como condenador justo por outros.
  A liberdade do homem prelapsariano não se sobrepunha à omnipotência de Deus. Ele é exactamente isso: todo-poderoso - tem TODO o poder. Doutra forma, terias dualismo platónico.
  Cbs, tenta também ver que, mesmo que não entendas o mistério da predestinação (como nenhum de nós ainda), vê que posturas alternativas são ainda mais graves: um deus que não tem mão na causação do universo por causa dos miríades de livres-arbítrios que tem de manter nunca te poderia dizer isto:
  Rom 8:28 - 'E sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.'
  Isto sim, é amor.
  §
  SOLI DEO GLORIA 
              
                         
                        
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O velho argumento do deus ex-machina.
Deus decretou a Queda. Deu livre-arbítrio a Adão exactamente porque sabia que ele iria desobedecer. Jesus Cristo é o princípio, meio e fim do propósito da Trindade desde a eternidade. O Pai pretendeu desde o vazio magnificar o Filho em comunhão no Espírito Santo, para a glória do Deus triuno. É esta a prioridade do universo, sob a qual todas as coisas se sujeitam.
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SOLUS CHRISTUS