terça-feira, março 10, 2009 |
Da Queda |
Gregório também propõe que as cerimónias e os sacrifícios de animais sejam agora transformados em festas em honra dos santos e dos mártires, e que o animal sacrificado seja então comido. Aqui surge o que chamamos continuidade do culto. O lugar sagrado mantém-se sagrado, e as intenções de veneração do divino, anteriores, são retomadas e transformadas para assumir um novo significado. Em Roma isto está patente em vários sítios. Um nome como Santa Maria sopra Minerva dá para reconhecer tanto a mudança como a continuidade. Os deuses já não são nenhuns deuses. Como tais eles foram derrubados. A própria pergunta pela verdade retirou-lhes a divindade e fê-los cair. Mas, ao mesmo tempo, revelou-se a sua verdade: eram reflexos do divino, pressentimento das figuras em que o seu sentido oculto se realizaria numa forma purificada. Desta maneira há de facto uma certa capacidade de tradução dos deuses que, como pressentimento, como degrau na procura do verdadeiro Deus e do seu reflexo na criação, podem ser mensageiros do Deus único. (RATZ, Joseph – Fé, Verdade, Tolerância; UCEditora 2006, p. 203 - sob os auspícios do Vítor Mácula) cbs
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posted by @ 5:57 da tarde |
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2 Comments: |
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obrigado. é ao Vitor que devo esta excelente leitura do Ratz
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Um blogue de protestantes e católicos. |
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muito bom.