sábado, junho 23, 2007
Mas, ó Tiago...
A nossa realidade cultural torna evidente que os fundamentos da Moral (no sentido de costumes) estão em mutação.
Se se alteram as ideias fundamentais (de Bem e de Mal) sobre as quais se construiu o edifício, então este não se poderá manter por muito tempo e consequentemente a axiologia de matriz cristã tende a perder sentido.
A Laicização, (embora o termo Laico tenha já no seu sentido etimológico explicita oposição o religioso), “fundamentaliza-se” e atinge não só o Catolicismo, como todo o Cristianismo, como todas as religiões.
O Positivismo, com o fim anunciado da Filosofia, queria arrastar a Religião e talvez aí esteja uma razão do ressurgimento dos fanatismos religiosos.

Mas é neste ponto que, contra o Racionalismo de Kant, me socorro do Intuicionismo de Bergson, e digo que é a redenção da Filosofia que está na Religião (e não o contrário), e que aquela desagua na natureza específica desta.
E parece-me que:
a) A génese da Laicidade, desmistificadora e moderna, estava já inscrita de início na própria natureza, aberta e sincera do Cristianismo
b) A experiência mística e intuitiva, é a solução para humanamente se ultrapassar a dimensão niilista dessa Laicidade.
c) A tolerância da Fé católica (contemporânea ou não), não se permite desprezar, porque nos coloca a todos, Cristãos (e não-cristãos) sob um princípio de igualdade, perante Deus Pai; nem todos dirão assim, mas a Igreja Católica diz.

Guisa isto como quiseres, mas daqui não recebes, nem ignorância (e como pode ser cobardia?) nem hipocrisia (que no fundo é o que queres dizer com desonestidade encenada); daqui só levas o justo meio dos que divergindo, mutuamente se toleram.
cbs
posted by @ 3:47 da manhã  
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