sexta-feira, maio 04, 2007 |
Pregando aos convertidos que precisam de se reconverter |
No dia em que comecei a ler Bultmann vale a pena citá-lo (para os ignorantes passem pela Wikipédia só para entender que o liberalismo teológico que hoje tanto agrada a católicos nasceu naturalmente protestante):
"A mesma fé exige que se a liberte de qualquer visão do mundo concebida pelo espírito humano, seja mitológica ou científica. Porque todas as concepções humanas do mundo objectivam o mundo e ignoram ou eliminam a significação dos encontros que acontecem em nossa existência pessoal."
Quando frequentei o Seminário Teológico Baptista fui ensinado a ter medo de Bultmann. Melhorei um bocadinho e resolvi dar-lhe uma chance (o livro estava barato na Livraria Baptista ali ao Conde Redondo). Não me vai iluminar esta alma conservadora (o Barth já tem o meu coração no que ao século XX diz respeito) mas um alemão, por chato que seja, dá sempre jeito a problematizar um bocadinho. Depois, quando a vida prossegue e uma pessoa tem de fazer o que tem de fazer, nada como o pragmatismo evangélico dos americanos. Vão e não pequem mais por falta de informação.
Tiago Cavaco |
posted by @ 11:58 da tarde |
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11 Comments: |
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Let the light shine on you brother!
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Não foste tu Tiago, que disseste algo parecido com isto, que a teologia católica devia muito aos teólogos alemães protestantes?
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Kunbaya SENHOR !!!
O SENHOR marchando está....
Convite á liberdade
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cbs é verdade, especialmente grande parte da teologia do Vaticano II.
O problema está de que protestantes estamos a falar... O Barth foi fundamental na teologia do século XX, mas o Barth vem de uma confissão com uma tradição exegética altamente desenvolvida e com uma eclesiologia estabelecida ao longo dos séculos por toda a Europa do Norte. Não crê em coisas como a inerrância bíblica, e dialogou profusamente com teológos católicos como o Urs von Balthasar. É aliás curioso notar que o Urs von Balthasar, o Karl Rahner e o Barth vêm todos da mesma zona geográfica da Europa.
Tentar colar o Barth a uma identidade protestante geral e por conseguinte evangélica em oposição à católica é no mínimo tremendamente far fetched...
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Os teólogos alemães são Paulo: inovação, transformação, novidade. A telogia conservadora é Pedro: resistente, cautelosa, reformula, reforma, mas não revoluciona.
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Obrigado Antonius e Mulheres (de Deus) :) a minha ignorancia nesse campo também é vasta, apesar de já ter lido um ou dois livros. e por acaso gostgei do que li no crítico (suponho herético) Eugen Drewermann (Fonctionnaires de Dieu).
David, deixa-me fazer-te uma pergunta que sempre me afligiu. Ké Ké isso de "kumbaya"? é roquenrole angolano? brasileiro? :)
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Cbs,
" Kumbaya " é " espirituais negros " , assim aquil dos estrvos das plantações d sul profundo dos EUA , área de influenca dos baptistas e demais fundamentalstas
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obrigada Dave gostei dessa "e demais fundamentalstas" lol
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O seminário a desevoluir. Cá eu ganhei a noção do que era um Rudolph Bultmann precisamente numa revista do Seminário Teológico Baptista. De Leiria (era de mil novecentos e sessenta/cinquenta e qualquer coisa). Nesse artigo, explicava-se um pouco do pensamento do Bultmann e reconhecia-se-lhe o valor.
Vão para Sul, amolecem logo.
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Pró Sul, há calor e mar... é bom
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