quinta-feira, maio 03, 2007 |
Símbolos |
Os significados só podem ser “armazenados” através de símbolos: uma cruz, um crescente, uma serpente de plumas... Tais símbolos religiosos, dramatizados em rituais e relatados em mitos, parecem resumir de alguma maneira, pelo menos para aqueles que vibram com eles, tudo o que se conhece sobre a forma como é o Mundo, a qualidade de vida emocional que ele suporta e a maneira como deve comportar-se quem nele está.
Dessa forma, os símbolos sagrados relacionam uma Ontologia e uma Cosmologia com uma Estética e uma Moral; o seu poder peculiar provém da capacidade de identificar o facto com o valor, naquilo que é mais essencial, e de dar um sentido normativo abrangente, àquilo que de outra forma, seria apenas mera realidade.
Clifford Geertz, A interpretação das culturas – Zahar, Rio de Janeiro 1978 (um pouco alterado, que a tradução brasileira é fraca) cbs |
posted by @ 8:07 da tarde |
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3 Comments: |
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Essa é uma visão muito estreita dos símbolos. Os símbolos religiosos nunca foram unívocos. Antes pelo contrário. Sempre foram hipertexto.
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é verdade que o simbolismo, todo o simbolismo, é necessariamente portador de ambiguidade
e é essa ambiguidade que o torna uma fonte particulamrente rica de informação (comunicação)
trata-se de informação particularmente "teleologizada"
disse bem, "teleologizada" e não "teologizada", embora para grande pesar dos amigos ateus, tais termos "teleologia" e "teologia" signifiquem essencialmente a mesma coisa :lol:
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aahahaha
a boca demorou mas chegou. Estava a ver que só eu me tinha apercebido dessa confusão "com fim à vista"
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Essa é uma visão muito estreita dos símbolos. Os símbolos religiosos nunca foram unívocos. Antes pelo contrário. Sempre foram hipertexto.