domingo, maio 13, 2007
Intercessora?
Maria era porreira mas não há razão para tanto, caro cbs. E, que me recorde, em mim nunca pariu coisa alguma.

Tiago Cavaco
posted by @ 8:28 da tarde  
17 Comments:
  • At 13 de maio de 2007 às 21:28, Blogger samuel said…

    Vai com calma Tiago.
    Eu sei que o culto de Maria faz comichões aos que não são católicos, mas vai-se fazer o quê?
    Por mim que estou fora, respeito o sentimento alheio, com enormes dificuldades no "fenómeno Fátima" e desde que tenham cuidado com a entoação com que dizem "Culto Mariano".
    É que aí, normalmente começo a lembrar-me dos nomes dos circos todos que conheço e a coisa descontrola-se um pouco...
    Mas é só por momentos e eles têm certamente muitas coisas que os fazem sorrir, nos evangélicos e cultos correlativos, a montante e a jusante.

     
  • At 13 de maio de 2007 às 21:35, Blogger zazie said…

    Este comentário foi removido pelo autor.

     
  • At 13 de maio de 2007 às 21:46, Blogger Luís Sá said…

    Basta dizer isto Tiago:

    Sem o Magnificat de Maria, Deus não teria encarnado.

    Porreiro é um S. Francisco de Assis.

     
  • At 13 de maio de 2007 às 23:13, Blogger cbs said…

    Obrigado por me dares esta oportunidade Tiago.

    "Eis o teu filho, eis a tua mãe" (Jo 19, 26-27)

    Há palavras que não acabam em si, encerram um sentido transcendente.
    Jesus na Sua Hora entregou a Mãe à Humanidade através de João (como este percebeu ao relatá-lo).

    Sendo Cristão, não só estás a falar da mãe do teu irmão Jesus, mas da nossa própria mãe (minha e tua) e até da carne de Deus (no sentido genético do termo), como referiu o Antonius.

    Vais-me perdoar, mas nesta questão em particular, fico perplexo perante o vosso cristianismo...

     
  • At 14 de maio de 2007 às 00:05, Anonymous Anónimo said…

    antonius

    "Sem o Magnificat de Maria, Deus não teria encarnado".
    Queres dizer que Maria podia ter-se negado? E se se tivesse negado o Espírito Santo não desceria sobre ela? A tua interpretação é que o que está em Lucas 1 é um pedido de autorização? E se Maria não tivesse dado autorização Deus tinha ido procurar outra mulher (no limite estaríamos ainda hoje à espera que alguém dissesse sim...)?

    cbs

    Desculpa, mas aqui o povo tem toda a razão: Mãe há só uma.
    Maria foi uma irmã muito querida, um grande exemplo de vivência da fé e de disponibilidade para Deus, mas fica-se por aí (o que não é nada pouco).
    Mãe só mesmo a minha mãezinha...

    Pedro Leal

     
  • At 14 de maio de 2007 às 00:15, Blogger cbs said…

    "Queres dizer que Maria podia ter-se negado?"
    quantos não negaram Deus, Pedro?

    "Mãe só mesmo a minha mãezinha..."
    Isso é algo que Lhe terás de dizer a Ele meu amigo.
    Não estás a ver João a dizer-Lhe isso no Calvário, pois não, Pedro?

     
  • At 14 de maio de 2007 às 00:20, Blogger Luís Sá said…

    Pedro,

    Deixas-me devolver-te a pergunta? O que achas que é a aparição do anjo, o relato de um acto consumado? O que achas que é então a encarnação, uma violação?

    É precisamente isso que eu acho Pedro (e que a Igreja acha). Claro que era possível a Deus encarnar sem precisar de pedir autorização. E claro que Ele não se endereçou a Maria perguntando "Deixas que o faça?". Mas Deus ama-nos demasiado e amava demasiado aquela mulher para que "encarne" em nós sem nós anuirmos. Deus é Amor e o Amor é respeito pelo livre arbítrio do outro. Deus respeita-nos de tal forma que nos deixa ir para o Inferno por o rejeitarmos (embora isso provavelmente Lhe custe horrorosamente). Ele quer que O amemos, mas nunca força. Se nunca força aí, como poderia forçar quando se tratava de Ele mesmo encarnar, de Ele mesmo entrar fisicamente dentro do corpo de uma mulher e ser gerado por ela? Como poderia ser isso feito sem declarada vontade de Maria?

    Quanto à espera, devolvo-te a pergunta, não terá Deus estado à espera de uma mulher que dissesse aquele "Sim" para encarnar?

    Muito mais poderia ser dito sobre Maria. Como dizia São Bernardo (piscadela de olho à zazie):

    De Maria nunquam satis.

     
  • At 14 de maio de 2007 às 00:28, Anonymous Anónimo said…

    cbs

    Quantos escolhidos pelo Senhor se negaram? Moisés ainda argumentou com a gaguez, Jonas fugiu de barco, andou de baleia, mas acabaram por cumprir a sua missão.
    Interpretas o episódio de João e Maria ao pé da cruz como a figuração de um mandamento universal: "todos devemos receber Mariz como mãe em nossas casas". Acho bastante forçado. E no restante do Novo Testamento nada aponta para isso.

    Pedro Leal

     
  • At 14 de maio de 2007 às 00:52, Anonymous Anónimo said…

    antonius

    Não concebo Deus como estando dependente da vontade humana para realizar a Sua obra. No local e no momento por Ele determinado as coisas acontecem. Deus é soberano.
    Isto não quer dizer que não deseje a participação dos humanos. Por um motivo que me transcende, Deus quer que estas pobres criaturas do planeta Terra participem com Ele. De forma voluntária. Temos então dois conceitos antagónicos (soberania divina e liberdade humana) que se misturam no que em Teologia se chamou predestinação. Uma impossibilidade lógica para nós, mas, pela leitura do Novo Testamento, uma realidade. Um mistério como o trindade ou a natureza 100% humana e 100% divina de Cristo.

    Pedro Leal

     
  • At 14 de maio de 2007 às 01:01, Blogger Luís Sá said…

    Pedro,

    "Não concebo Deus como estando dependente da vontade humana para realizar a Sua obra. No local e no momento por Ele determinado as coisas acontecem. Deus é soberano."

    É isso que nos separa. Profundamente. Acho que resumimos aqui tudo aquilo que está no cerne do que separa um protestante do católico. Eu pelo menos, não encontraria melhor definição.

    Um abraço, em Cristo

     
  • At 14 de maio de 2007 às 01:16, Blogger zazie said…

    Qui pourra raconter la génération du Christ et l'Assomption de Marie ? Elle se trouve dans les cieux comblée d'une gloire d'autant plus singulière que, sur la terre, elle a obtenu une grâce plus insigne que toutes les autres femmes. Si l'œil n'a point vu, si l'oreille n'a point entendu, si le cœur de l'homme n'a point connu dans ses aspirations ce que le Seigneur a préparé à ceux qui l'aiment , qui pourrait dire ce qu'il a préparé à celle qui l'a enfanté, et, ce qui ne peut être douteux pour personne, qui l'aime plus que tous les hommes ? Heureuse est Marie, mille fois heureuse est-elle, soit quand elle reçoit le Sauveur, soit quand elle est elle-même reçue par lui; dans l'un et dans l'antre cas, la dignité de la Vierge Marie est admirable, et la faveur dont la majesté divine l'honore, digne de nos louanges. « Jésus entra dans une bourgade , nous dit l'Évangéliste, et une femme l'y reçut dans sa maison (Luc. X , 38).

    http://www.abbaye-saint-benoit.ch/saints/bernard/tome03/homsaints/saints017.htm

     
  • At 14 de maio de 2007 às 01:18, Blogger zazie said…

    2. Mais sa mère ne l'a point enfanté au sein de la splendeur, elle l'a enfanté à l'ombre, mais à l'ombre dont la couvrit le Très-Haut. C'est donc avec raison que l'Église, non point l'Église des saints qui est maintenant dans les cieux, et dans la splendeur, mais celle qui se trouve actuellement en exil sur la terre, s'écrie « Je me suis assise à l'ombre de celui qui était l'objet de tous mes désirs, et son fruit était doux à mon palais (Cant. II, 3). » Elle s'était, en effet, avancée vers la lumière du midi où l'Epoux fait paître son troupeau, mais elle s'est vue refoulée, et elle n'a plus trouvé que l'ombre au lieu de la lumière, et un simple goût, à la place de la satiété. Elle ne dit pas à l'ombre de celui qui était l'objet de tous nos désirs, mais «Je me suis assise à l'ombre de celui qui faisait l'objet de tous mes désirs. » Elle n'avait point recherché son ombre, mais l'éclat du midi, la pleine lumière de la pleine lumière.

     
  • At 14 de maio de 2007 às 09:01, Blogger David Cameira said…

    " Mãe há só uma.
    Maria foi uma irmã muito querida, um grande exemplo de vivência da fé e de disponibilidade para Deus, mas fica-se por aí (o que não é nada pouco).
    Mãe só mesmo a minha mãezinha... "

    LIVRA, XIÇA, finalmente uma coisa com a qual posso - descançadamente - concordar a 150%

     
  • At 14 de maio de 2007 às 09:53, Blogger CC said…

    Eu até digo mais, caros Antonius e Pedro Leal. Deus precisa do Homem para se completar, para se realizar plenamente na Sua condição soberana, no Seu Amor de Pai, e só através da entrada na temporalidade o pode fazer. E, para isso, precisa do Homem.

     
  • At 14 de maio de 2007 às 11:50, Blogger samuel said…

    Caros amigos não-católicos
    Também não é preciso fazerem tanto finca-pé com esse conceito tão terreno do "mãe há só uma".
    Sem querer "defender" os católicos (que não precisam), se for assim o "Pai nosso que estás no Céu..." fica um pouco encalacrado, não?
    É que a pôr a questão de uma morma tão "material", então, pelo menos cá em casa, pai também há só um... ou não?
    Agradeço exclarecimentos.

     
  • At 14 de maio de 2007 às 17:58, Blogger cbs said…

    É isso mesmo Samuel.
    Só não estabeleci essa comparação, mas parece evidente que por vezes a palavra pai ou mãe têm um sentido transcendente universal em Cristo.

    É essa a interpretação mais que provável das suas ultimas palavras a João, na Hora em que todas as palavras tem outro peso.
    E há ainda o "pormenor" da mãe "de sangue" de João, Maria Salomé estar lá também, no Calvário.
    João tornou a nascer nessa hora, e nasceu por força das palavras de Jesus moribundo.

     
  • At 14 de maio de 2007 às 23:14, Anonymous Anónimo said…

    samuel

    Parece-me que são situações diferentes. Deus é pai, literalmente. É Ele que dá a vida. O nosso pai humano dá-nos (parte) dos genes. Mas a vida vem, antes de mais, de Deus. Depois, Deus sendo uno abarca em Si as funções paternais e maternais. A Bíblia chama-Lhe pai, Jesus chama-Lhe pai, e sendo assim é essa a palavra que fica, mas julgo que todos concordamos que Nele estão completas a funções que num casal humano estão divididas por dois: pai e mãe.
    Mas é interessante reparar que quando se começa é difícil parar. Os católicos têm para além de Maria outra mãe: a "santa madre igreja". E para além de Deus outro pai: ...o padre.

    Pedro Leal

     
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