Joachim Barrum
"Não é por má vontade que eles reagem a todas as questões por meio de instruções e medidas administrativas; é antes a falta de vontade própria e de pensamento pessoal, que os leva a comportarem-se com os outros, como se comportam consigo mesmos, ou seja, "segundo a regra".
O seu próprio ego "entregaram-no a Cristo", tendo perdido a capacidade estrutural de notar que, aquele que em nome de Deus se recusa a viver a sua própria vida, faz da mensagem de Jesus (que era a mensagem da Liberdade humana) o programa tirânico de uma constante censura do pensamento e da consciência.
É assim, que entre os obedientes de hoje, se recrutam os chefes eclesiásticos de amanhã."
Eugen Drewermann, Fonctionnaires de Dieu, Albin Michel, Paris, 1993.
Tenho sempre variados problemas de consciencia. Um deles, aqui, é supostamente alinhar numa equipa (católicos) e meter golos na própria baliza. Mas, aos católicos justifico-me com a exigencia de ser mais rigoroso com a minha Fé do que com a dos outros; aos protestantes aviso, nada destas bicadas na Santa Madre me fez ou fará renegá-la... se há coisa que prezo é minha linha filial, serei filho da Madre até morrer, mesmo que seja Ela a excluir-me, coisa que até hoje recusou sempre - também é verdade que não tenho a importancia de Eugen Drewermann - com muita bonomia dos meus irmãos e seus ministros. cbs
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Boa! Ainda chego a chefe eclesiástico (como o próprio Drewermann, aliás).
O problema é que não é fácil ser tirano: é necessário que do outro lado (os gajos a censurar) haja um "pensamento e consciência".
A propósito, o livro do Drewermann está traduzido e publicado em Portugal pela Editorial Inquérito.