sexta-feira, março 23, 2007 |
Génesis |
No princípio Deus criou os céus e a terra. E a terra era sem forma e vazia; E havia trevas sobre a face do abismo; E o Espírito de Deus movia-se sobre a face das águas. E disse Deus: Haja luz. E houve luz. (Primeiro livro de Moisés, séc. VII a.c.?)
1687 O espaço absoluto sem relação com as coisas externas, permanece por sua natureza sempre idêntico e imóvel. O tempo absoluto, considerado em si, na sua natureza própria e sem relação com as coisas externas, decorre uniformemente e chama-se também duração. (Isaac Newton, Principia)
1948 O Universo não teve início nem terá fim e a sua densidade permanecerá constante porque a matéria é criada constantemente nos espaços vazios entre as estrelas; o movimento de afastamento, especialmente das galáxias distantes, mais fortemente submetidas à Constante de Hubble, são resultado da criação de novos átomos de hidrogênio, por efeito da gravidade do próprio Universo. (Fred Hoyle, Teoria do estado estacionário ou Criação Contínua)
2007 No princípio era o Nada. Um nada tão profundo que desafia a compreensão humana. A nossa história começa quando não havia espaço nem tempo. Do nada surgiu uma pequena centelha de luz brilhante. Era quase infinitamente quente. Dentro desta bola de fogo estava todo o espaço. Com a criação do espaço teve lugar o nascimento do tempo. O grande relógio cósmico começou a funcionar há cerca de 13 mil milhões de anos. (Heather Couper e Nigel Henbest, Big Bang, Dorling Kindersley, London 1997)
Então afinal... fez-se luz. cbs
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posted by @ 10:07 da tarde |
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16 Comments: |
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E já que ninguém diz nada, digo eu: este post é Criacionista. :)
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Ia a acender a televisão e BUM! saiu faísca e fez fumo.
Foi génesis, ou tenho de comprar outra?
":O?
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sorte a tua
tens uma televisão com inteligência artificial
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Permanece a questão: como é que da abiogenese pode provir a genese ?
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ehehe
só pode
Só que não dá para perceber se é fruto de evolucionismo ou precisou de plano superior
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"Quando lá no alto ainda o céu não tinha nome, Nem a terra firme cá em baixo nome tinha ... Nenhuma cabana de colmo havia ainda sido entrançada, nem pântano aparecido, Quando deus nenhum havia ainda sido criado, Nem chamado pelo nome, nem o seu destino determinado -- Foi então que os deuses foram formados ..."
Enuma Elish, o mito babilónico da criação (finais do 3º milénio a.C.)
Tal como na crença religiosa existiram evoluções de concepção da origem do Universo, também na ciência existiram. Ao contrário da religião que se baseia apenas na fé, a ciência teve de fazer essas progressões para acomodar as novas descobertas. No entanto a lei da gravidade de Newton continua válida mesmo com a lei da relativaidade de Einstein. E certamente existirão novas alterações e melhorias à medida que a ciência avançar.
Peço desculpa por este comentário. Não gosto de me intrometer nas áreas a que não pertenço, mas sinceramente a intromissão das religiões no campo da ciência já me começa a irritar. A ciência serve para explicar o como. A religião deveria servir para explicar o porquê. Ponto final.
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mim também me começa a irritar o uso e abusodo nome da Ciência pelos ateuzinhos militantes.
Porque é que não voltam a adorar o demo? Sempre resolviam esse maldito problema de orfandade.
Sempre podiam criar blogues mais de acordo com o nível dos pares. O blogue do bode, por exemplo, escusavam de dar tão mau aspecto ao trabalhinho sério e reservado de quem é mesmo cientista e não vedeta em cruzada ateia.
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O comentário de Zazie, aliás na linha do que costuma, revela apenas falta de argumentação, desrespeito, intolerância e incapacidade para admitir que outros pensem diferente.
A evolução e o Big Bang são teorias desenvolvidas por cientistas com C grande, credíveis e com base em experimentação e suporte matemático. (Não são no entanto nenhum dogma). E já agora fique a sbaer que um dos cientistas pioneiros do Big bang era um religioso (Lemaître, abade belga). Difícil de ser um ateuzinho militante.
Não sou órfão e não posso adorar o demo porque não acredito nele, tal como não acredito em Deus. Se o facto de não acreditar em Deus faz de mim um ateu então sou ateu, mas individualmente, não alinho com qualquer corrente ou seguidismo.
Por outro lado, respondo-lhe como Laplace fez com Napoleão quando este o questionou sobre o papel de Deus na sua teoria: não necessitei de Deus para ela. Também eu não necessito de Deus para a minha vida. E não sou moralmente melhor ou pior que você por isso.
E se reparar a profusão de crentes a inundar sites onde se fala de evolucionismo, cosmologia é enorme. Já o oposto não existe. São raros os comentários de não religiosos em sítios onde se defende o criacionismo.
Alguns exemplos que deve conhecer: David Cameira, Bruce Losé, António Parente (o único que se destaca pela correcção e verticalidade), e por vezes Zazie entre muitos outros.
Assim se desejam ir para os quintais dos outros façam-no de forma séria, argumentativa e correcta, e não como é costume insultante, sem conteúdo e evangelista.
Foi através dos links destes comentadores que tive a curiosidade de parar por estes lados, mas não vou continuar.
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ó homem, fique à vontade. Não me atire culpas de afugentar a clientela.
Eu nem pertenço ao Trento e nem sou Evangélica. E católica, só o sou com muita tolerância dos próprios.
Estamos aqui na cave em pé de igualdade. Cada um manda a bujdarda que quer. Se veio ter ao blogue por um link não precisava de descer às catacumbas ou do desagrado do cheiro para se queixar do que não é da responsabilidade dos autores.
Quanto ao resto, hoje estou ocupada.
Fica para outra vez. Se quiser, pode passar pelo Cocanha e dizer o que bem lhe entender.
Eu depois respondo.
Além do mais, não sei se reparou que o debate nem incidiu no post. Porque o post nem é teoria criacionista nem evolucionismo, é uma grande confusão na cabeça.
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Caro Joaquim Coelho
só agora reparei no seu comentário, peço desculpa. Sou cristão católico e esclareço-lhe que aceito a teoria da selecção natural e a do Big Bang.
Não acredito no Criacionismo clássico, mas não vejo contradição entre a existencia de um Deus Criador e o Evolucionismo. Aliás é essa a posição católica como deve saber.
Foquei a variação das cosmogonias científicas e em especial a actualmente em voga, que admite um Princípio, não para desacreditar a Ciência, mas para mostrar a necessidade de sermos humildes. Diz que a Ciencia não é um dogma, e eu concordo, mas peço-lhe; recorde-se dos tratos de polé que a arrogancia do Positivismo deu à Religião nos dois séculos anteriores. O contrário também me comove, quero dizer custa-me tanto ver a arrogancia científica, como o fanatismo religioso.
E saiba que nunca me passou pela cabeça menorizá-lo moralmente ou de qualquer outra forma, porque o respeito mútuo é uma questão cívica antes de ser posição religiosa.
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E já que ninguém diz nada, digo eu: este post é Criacionista.
:)