quarta-feira, fevereiro 07, 2007 |
Cristianismo vs. Humanismo |
“Não podeis servir a dois senhores” Mateus 6:24 A questão do aborto tem, para os cristãos, a virtude de ser clarificadora. Obriga-nos a optar: ou Fé cristã ou Humanismo.
Pedro Leal |
posted by @ 5:09 da tarde |
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23 Comments: |
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Creio que foi Paulo VI que disse que a Igreja era perita em humanismo.
Eu diria que Jesus Cristo era O perito em humanismo. E na origem do humano, e no suporte do humanismo, está o Pai.
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E JESUS CRISTO diz: "# todo aqwuele que me confessar diante dos homens EU o conmfessarei diante de MEU PAI (---) "
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A mim parecia-me mais correcto dizer-se: fé cristã versus mundanismo ...
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Estás enganado, cbs (mais uma vez, aliás). O JC não era humanista (credo!, que horror) e deu origem foi ao Cristianismo, que derivou do Judaísmo. Há quem diga que Ele era adepto do Anarco-Sindicalismo, mas não há provas. Quanto ao humanismo, ora bolas!, já passou de moda há 40 anos. Definhou a partir da II Guerra Mundial e está a estrebuchar, graças a Deus.
Na origem do humanismo podia estar o Pai (no humanismo cristão), mas Este está muito para além disso. Muito à frente, dir-se-ia numa linguagem modernaça.
O humanismo transformou-se num narcisismo. Foi um ar que lhe deu.
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eu engano-me CC e muito mas discordo, e concordo com o Paulo VI. como tu, tento percorrer o caminho o melhor que sei
sem ironia, um abraço
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Por acaso não acho que sejam essas as opções. Acho que a despenalização do aborto é mais uma declaração de falência do humanismo. Mas também acho que é clarificador.
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O humanismo transformou-se num narcisismo. Foi um ar que lhe deu.
Quem havia de dizer que havia um bacano a dizer estas coisas na blogosfera e eu nunca tinha dado por ele...
ehehehe
Em cheio!
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«A questão do aborto tem, para os cristãos, a virtude de ser clarificadora. Obriga-nos a optar: ou Fé cristã ou Humanismo». Eu optei desde o início pela Fé cristã e por isso voto SIM.
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Acrescente-se: por um imperativo ético de consciência, na fidelidade dessa mesma Fé cristã.
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Pois é, Miguel ainda não tinha aqui dito isso, mas é também por um imperativo cristão - o amor ao próximo - que voto sim, apesar de ter desacordo de princípio.
E outra questão, é a discussão dos fundamentos da moral cristã; devo dizer que alinho mais com os teólogos alemaes protestantes do qe com Roma. O meu apego a Roma é puramente sentimental :)
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Pois é. Ainda ontem, por um imperativo ético de consciência, e na fidelidade à nossa fé cristã, eu dei uma foda à minha mulher a dias (ela estrebuchou um bocado) e ameacei-a de a denunciar ao SEF se ela fosse contar ao marido. E foi por amor ao próximo (à próxima, no caso).
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ahahahahahahaha
":O)))))
este CC é um grande ponto
loooooooooooooooolll
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"ela estrebuchou um bocado"
AHAHHAHAHAHAHAHAHAHA
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AHAHAHAHAHA
Ainda não parei de rir com o imperativo ético da foda à mulher a dias
":O)))))
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CC, assim a discussão não é séria. Afinal, o que pensas da Moral Sexual? Só lá vais sem preservativo, nem ela com pílula, e esperas pelo ciclo certo?!
Dá as fodas que quiseres, mas cuidado não tenha de ir a gaja a um vão de escada.
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e contentar risos alarves sabe eticamente a pouco, mas é fácil como se vê...
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Assim a discussão não é séria, Miguel? Desculpa, mas não me parecia nem que houvesse "discussão", muito menos que, a haver, ela fosse séria. Tu, meu caro amigo, é que sempre disseste que esta questão nada tinha de religioso. Depois vens aqui dizer que optaste «desde o início pela Fé cristã e por isso voto SIM» e que é «por um imperativo ético de consciência, na fidelidade dessa mesma Fé cristã» que o fazes! Sinceramente, não me parecia que estivesses a falar a sério. Pelos vistos, percebi mal.
E o que é que a moral sexual tem a ver com o aborto, Miguel? Metes tudo no mesmo saco? Então o aborto, afinal, sempre se reduz a mais um método contraceptivo? Não se pode discordar da posição do Paulo VI sobre a contracepção ou do que diz o Catecismo sobre o sexo pré-matrimonial e (sendo católico ou não) ser contra o aborto? Onde é que está a incoerência? Não serão coisas distintas?
(E, já agora, perdoa-me que to diga, mas insultar os outros também não me parece muito difícil nem ter um sabor ético muito apurado e tu permites-te fazê-lo em comentários e posts)
Um abraço.
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CC, Miguel para haver discussão é preciso haver um minimo de respeito pelo outro. Respeito implica tolerancia, porque ninguem domina tudo o que diz e muitas vezes somos mal entendidos, por isso é preciso acreditar na boa fé do outro.
Sem isso não vale a pena, porque mesmo que continuemos a falar, gera-se uma conversa de surdos, o que é equivalente ao silencio, e então mais vale mesmo calar.
Eu gostava muito que conseguissemos manter isto acima da linha de água e isso implica não haver insultos, no minimo.
E desculpa lá Carlos, mas também não percebi aquela das fodas. Se fodesse com alguem é porque gostava dela, e seria de certeza mutuo. Nunca me passaria pela cabeça chantagear ou fazer-lhe qualquer mal. Qual foi o fim dessa saída?
um abraço
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cbs: 1) eu respeito muito o Miguel, já há muitos anos, ainda antes de ter o prazer de o conhecer pessoalmente. E ele sabe disso. É por isso que me permito a liberdade de discordar publicamente do que entendo serem os seus extremismos de retórica (que considero demagógica) e de linguagem (que, por vezes, me parece ofensiva, quando é, como por exemplo foi contra a zazie, ad hominem - no Quase em Português, do Lutz).
2) a cena da foda (peço desculpa aos amigos evangélicos pela linguagem), foi para tentar brincar com o argumento de que se vai votar no referendo «por um imperativo ético de consciência, na fidelidade dessa mesma Fé cristã», como escreveu o Miguel, ou por «amor ao próximo», como disseste tu. Invocar estas belas e nobres razões para fundamentar qualquer decisão política (no sentido de vida pública, da pólis) parece-me demagógico e até perigoso. Dá para qualquer coisa. Inclusivamente para guerras. É o que actualmente fazem alguns dos nossos irmãos muçulmanos antes de se explodirem nos autocarros com civis, adultos e crianças. É em nome da fé deles, dizem. Por amor a Deus. E acredito que seja. A comparação é excessiva, eu sei, mas levo o argumento ao limite para se perceber o seu absurdo.
Então usei a imagem do que me parecia ser uma má acção para ilustrar o que se pode fazer "em nome" desses princípios. Peço desculpa pelo retorcido sentido de humor. Eu achei graça.
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Amigo CC, apenas estes reparos: 1) só te perguntei pela Moral Sexual por intuir que discordas da posição oficial da Igreja neste ponto; e por meteres aquele exemplo extremado, caricatural, o que quiseres: afinal, é de Moral Sexual que se trata, uma questão com a qual lidamos a partir das nossas consciências; 2) os meus extremismos de retórica (que consideras demagógica) podem ter uma outra face da moeda: os teus, que também os encontro em posts e comentários; mas o ponto fulcral, para mim: eu iniciei esta discussão com um texto sério, de reflexão aprofundada, no campo da ética e da moral, sobre o que entendo (com amigos) estar em jogo; a esse texto, recebi alguns comentários, aqui: muitos demagógicos, extremistas de retórica, alguns teus. 3) o aborto para mim não é uma questão religiosa; mas a minha vida norteia-se por uma profunda convicção de que a vivo enraízada também na Fé que vivo e experimento e que procuro traduzir os meus actos e ideias e palavras um forte «imperativo ético de consciência, na fidelidade dessa mesma Fé cristã». Quiseste caricaturar estas minhas ideias. À vontade, mas não me peças que goste. 4) eu sei que dizer isto é pouco, ou nada, e pode servir para as desculpas todas que dás; mas, como sou eu que o escrevo, e não o Bush, julguei que me conhecesses o suficiente para perceber então por que luto pela despenalização (como compreendo que lutes pelo não). 5) a invocação deste ponto - «um imperativo ético de consciência, na fidelidade dessa mesma Fé cristã» - tem que ver com a intervenção do cardeal-patriarca que parece reduzir a intervenção de católicos que não se revêem no discurso do não a meros caprichos "humanistas" (para usar outra caricatura tua). 6) era para deixar de lado a acusação que me fazes: «de linguagem (que, por vezes, me parece ofensiva, quando é, como por exemplo foi contra a zazie, ad hominem - no Quase em Português, do Lutz).» À zazie acusei-a de falta de sensibilidade e respeito nas acusações torpes que fez à MC, no QeP, e disse que quem não fosse por ela, era contra ela, numa doutrina muito bushiana. A zazie atacou-me, insultando-me, mandando-me levar na peida e por aí fora, como antes tinha feito à MC. Mas eu é que ataque ad hominem a zazie e é que uso uma linguagem extremista... Fico esclarecido. Com pena, mas fico.
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(tinha-lhe trocado o apelido)
Só para centrar as questões e falarmos verdade.
A Maria da Conceição chegou ao Quase em Português, sem entrar em qualquer debate de ideias e vá de dizer que eu era cobarde e hipócrita por preferir as minhas ideologias a ter coragem de votar.
Isto é um ataque ad hominem, não foi qualquer acréscimo de ideias, foi apenas um ataque partindo de um pressuposto de má-fé.
O que é que eu fiz? gozei e chamei-a de Dona Ximenez, à Monty Python, porque só alguém com espírito inquisitorial é que pode andar em debates a perscrutar as intenções das pessoas e o que elas podem fazer na vida real. ..............
O Miguel Marujo não tinha estado lá, não participou no restante debate bem pertinente que se foi travando com o MP-S e o Timshel e, de repente, entra nas caixinhas de comentários, interrompe uma conversa com o MP-S para me fazer outro ataque estritamente pessoal.
O que é que ele disse? pôs-se para ali a gritar em bold para toda a gente ver a pesporrência da senhora cocanha que tem a mania que sabe e que não aceita críticas e que é apenas uma esta e uma aquela e por aí fora. Fez show sozinho contra a minha pessoa. Sem eu estar a ser alvo de debate nem ele estar a debater nada.
Como é que eu reagi antes de lhe responder à letra. Perguntei-lhe se, para além desses piropos, tinha alguma coisa a dizer-me ou queria avançar com alguma ideia
E ele nada avançou. Então aí, é claro que lhe disse que, sendo assim, se só lá tinha ido para me me insultar eu lamentava muito mas era obrigada a mandá-lo para o caralho. Depois ele fez Amén e ainda acrescentei que até o achava um bacano, e era pena andar excitado por causa do aborto mas a comportar-se assim.
E aqui fica o esclarecimento. De facto, se as pessoas andam a pedir para serem insultadas porque é que depois se queixam?
Queria que eu dissesse o quê?
Mas não foi isso que se passou aqui no Trento. Aqui deixei argumentos e volto a insistir: o Miguel Marujo e o CBS usaram o Figueiredo Dias de forma desonesta porque lhe omitiram a passagem em que ele afirma que a lei não pode deixar as mulheres que querem abortar entregues a si mesmas.
Deve usar de todos os meios para, apoiando-as, lhes oferecer condições para as desincentivar do aborto!
E o texto do padre é um texto pelo não. Não é um texto pelo Sim.
Também expliquei isso no debate que já linkei e que está ali em baixo e o Miguel é que não consegue responder-lhe.
(é sempre mais fácil dizer-se pesporrência e riso alarve)
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