quarta-feira, fevereiro 07, 2007
Cristianismo vs. Humanismo
“Não podeis servir a dois senhores” Mateus 6:24
A questão do aborto tem, para os cristãos, a virtude de ser clarificadora. Obriga-nos a optar: ou Fé cristã ou Humanismo.

Pedro Leal
posted by @ 5:09 da tarde  
23 Comments:
  • At 7 de fevereiro de 2007 às 18:30, Blogger cbs said…

    Creio que foi Paulo VI que disse que a Igreja era perita em humanismo.

    Eu diria que Jesus Cristo era O perito em humanismo.
    E na origem do humano, e no suporte do humanismo, está o Pai.

     
  • At 7 de fevereiro de 2007 às 18:30, Blogger David Cameira said…

    E JESUS CRISTO diz: "# todo aqwuele que me confessar diante dos homens EU o conmfessarei diante de MEU PAI (---) "

     
  • At 7 de fevereiro de 2007 às 19:15, Blogger Hadassah said…

    A mim parecia-me mais correcto dizer-se: fé cristã versus mundanismo ...

     
  • At 7 de fevereiro de 2007 às 19:16, Anonymous Anónimo said…

    Estás enganado, cbs (mais uma vez, aliás). O JC não era humanista (credo!, que horror) e deu origem foi ao Cristianismo, que derivou do Judaísmo. Há quem diga que Ele era adepto do Anarco-Sindicalismo, mas não há provas.
    Quanto ao humanismo, ora bolas!, já passou de moda há 40 anos. Definhou a partir da II Guerra Mundial e está a estrebuchar, graças a Deus.

    Na origem do humanismo podia estar o Pai (no humanismo cristão), mas Este está muito para além disso. Muito à frente, dir-se-ia numa linguagem modernaça.

    O humanismo transformou-se num narcisismo. Foi um ar que lhe deu.

     
  • At 7 de fevereiro de 2007 às 22:32, Blogger cbs said…

    eu engano-me CC e muito
    mas discordo, e concordo com o Paulo VI.
    como tu, tento percorrer o caminho o melhor que sei

    sem ironia, um abraço

     
  • At 7 de fevereiro de 2007 às 22:40, Blogger Tiago Franco said…

    Por acaso não acho que sejam essas as opções. Acho que a despenalização do aborto é mais uma declaração de falência do humanismo.
    Mas também acho que é clarificador.

     
  • At 8 de fevereiro de 2007 às 00:32, Blogger zazie said…

    O humanismo transformou-se num narcisismo. Foi um ar que lhe deu.

    Quem havia de dizer que havia um bacano a dizer estas coisas na blogosfera e eu nunca tinha dado por ele...

    ehehehe

    Em cheio!

     
  • At 8 de fevereiro de 2007 às 15:16, Blogger Miguel Marujo said…

    «A questão do aborto tem, para os cristãos, a virtude de ser clarificadora. Obriga-nos a optar: ou Fé cristã ou Humanismo». Eu optei desde o início pela Fé cristã e por isso voto SIM.

     
  • At 8 de fevereiro de 2007 às 15:16, Blogger Miguel Marujo said…

    Acrescente-se: por um imperativo ético de consciência, na fidelidade dessa mesma Fé cristã.

     
  • At 8 de fevereiro de 2007 às 17:14, Blogger cbs said…

    Pois é, Miguel
    ainda não tinha aqui dito isso,
    mas é também por um imperativo cristão - o amor ao próximo - que voto sim, apesar de ter desacordo de princípio.

    E outra questão, é a discussão dos fundamentos da moral cristã; devo dizer que alinho mais com os teólogos alemaes protestantes do qe com Roma.
    O meu apego a Roma é puramente sentimental :)

     
  • At 8 de fevereiro de 2007 às 18:32, Anonymous Anónimo said…

    Pois é. Ainda ontem, por um imperativo ético de consciência, e na fidelidade à nossa fé cristã, eu dei uma foda à minha mulher a dias (ela estrebuchou um bocado) e ameacei-a de a denunciar ao SEF se ela fosse contar ao marido.
    E foi por amor ao próximo (à próxima, no caso).

     
  • At 8 de fevereiro de 2007 às 18:46, Blogger zazie said…

    ahahahahahahaha


    ":O)))))

    este CC é um grande ponto

    loooooooooooooooolll

     
  • At 8 de fevereiro de 2007 às 18:47, Blogger zazie said…

    "ela estrebuchou um bocado"

    AHAHHAHAHAHAHAHAHAHA

     
  • At 8 de fevereiro de 2007 às 18:49, Blogger zazie said…

    AHAHAHAHAHA

    Ainda não parei de rir com o imperativo ético da foda à mulher a dias

    ":O)))))

     
  • At 8 de fevereiro de 2007 às 23:49, Blogger Miguel Marujo said…

    CC, assim a discussão não é séria. Afinal, o que pensas da Moral Sexual? Só lá vais sem preservativo, nem ela com pílula, e esperas pelo ciclo certo?!

    Dá as fodas que quiseres, mas cuidado não tenha de ir a gaja a um vão de escada.

     
  • At 8 de fevereiro de 2007 às 23:50, Blogger Miguel Marujo said…

    e contentar risos alarves sabe eticamente a pouco, mas é fácil como se vê...

     
  • At 9 de fevereiro de 2007 às 00:53, Blogger CC said…

    Este comentário foi removido pelo autor.

     
  • At 9 de fevereiro de 2007 às 00:55, Blogger CC said…

    Assim a discussão não é séria, Miguel?
    Desculpa, mas não me parecia nem que houvesse "discussão", muito menos que, a haver, ela fosse séria. Tu, meu caro amigo, é que sempre disseste que esta questão nada tinha de religioso. Depois vens aqui dizer que optaste «desde o início pela Fé cristã e por isso voto SIM» e que é «por um imperativo ético de consciência, na fidelidade dessa mesma Fé cristã» que o fazes! Sinceramente, não me parecia que estivesses a falar a sério. Pelos vistos, percebi mal.

    E o que é que a moral sexual tem a ver com o aborto, Miguel? Metes tudo no mesmo saco? Então o aborto, afinal, sempre se reduz a mais um método contraceptivo?
    Não se pode discordar da posição do Paulo VI sobre a contracepção ou do que diz o Catecismo sobre o sexo pré-matrimonial e (sendo católico ou não) ser contra o aborto? Onde é que está a incoerência? Não serão coisas distintas?

    (E, já agora, perdoa-me que to diga, mas insultar os outros também não me parece muito difícil nem ter um sabor ético muito apurado e tu permites-te fazê-lo em comentários e posts)

    Um abraço.

     
  • At 9 de fevereiro de 2007 às 01:18, Blogger cbs said…

    CC, Miguel
    para haver discussão é preciso haver um minimo de respeito pelo outro.
    Respeito implica tolerancia, porque ninguem domina tudo o que diz e muitas vezes somos mal entendidos, por isso é preciso acreditar na boa fé do outro.

    Sem isso não vale a pena, porque mesmo que continuemos a falar, gera-se uma conversa de surdos, o que é equivalente ao silencio, e então mais vale mesmo calar.

    Eu gostava muito que conseguissemos manter isto acima da linha de água e isso implica não haver insultos, no minimo.

    E desculpa lá Carlos, mas também não percebi aquela das fodas.
    Se fodesse com alguem é porque gostava dela, e seria de certeza mutuo. Nunca me passaria pela cabeça chantagear ou fazer-lhe qualquer mal.
    Qual foi o fim dessa saída?

    um abraço

     
  • At 9 de fevereiro de 2007 às 01:46, Blogger CC said…

    cbs:
    1) eu respeito muito o Miguel, já há muitos anos, ainda antes de ter o prazer de o conhecer pessoalmente. E ele sabe disso.
    É por isso que me permito a liberdade de discordar publicamente do que entendo serem os seus extremismos de retórica (que considero demagógica) e de linguagem (que, por vezes, me parece ofensiva, quando é, como por exemplo foi contra a zazie, ad hominem - no Quase em Português, do Lutz).

    2) a cena da foda (peço desculpa aos amigos evangélicos pela linguagem), foi para tentar brincar com o argumento de que se vai votar no referendo «por um imperativo ético de consciência, na fidelidade dessa mesma Fé cristã», como escreveu o Miguel, ou por «amor ao próximo», como disseste tu.
    Invocar estas belas e nobres razões para fundamentar qualquer decisão política (no sentido de vida pública, da pólis) parece-me demagógico e até perigoso. Dá para qualquer coisa. Inclusivamente para guerras. É o que actualmente fazem alguns dos nossos irmãos muçulmanos antes de se explodirem nos autocarros com civis, adultos e crianças. É em nome da fé deles, dizem. Por amor a Deus. E acredito que seja.
    A comparação é excessiva, eu sei, mas levo o argumento ao limite para se perceber o seu absurdo.

    Então usei a imagem do que me parecia ser uma má acção para ilustrar o que se pode fazer "em nome" desses princípios. Peço desculpa pelo retorcido sentido de humor. Eu achei graça.

     
  • At 9 de fevereiro de 2007 às 11:49, Blogger Miguel Marujo said…

    Amigo CC,
    apenas estes reparos:
    1) só te perguntei pela Moral Sexual por intuir que discordas da posição oficial da Igreja neste ponto; e por meteres aquele exemplo extremado, caricatural, o que quiseres: afinal, é de Moral Sexual que se trata, uma questão com a qual lidamos a partir das nossas consciências;
    2) os meus extremismos de retórica (que consideras demagógica) podem ter uma outra face da moeda: os teus, que também os encontro em posts e comentários; mas o ponto fulcral, para mim: eu iniciei esta discussão com um texto sério, de reflexão aprofundada, no campo da ética e da moral, sobre o que entendo (com amigos) estar em jogo; a esse texto, recebi alguns comentários, aqui: muitos demagógicos, extremistas de retórica, alguns teus.
    3) o aborto para mim não é uma questão religiosa; mas a minha vida norteia-se por uma profunda convicção de que a vivo enraízada também na Fé que vivo e experimento e que procuro traduzir os meus actos e ideias e palavras um forte «imperativo ético de consciência, na fidelidade dessa mesma Fé cristã». Quiseste caricaturar estas minhas ideias. À vontade, mas não me peças que goste.
    4) eu sei que dizer isto é pouco, ou nada, e pode servir para as desculpas todas que dás; mas, como sou eu que o escrevo, e não o Bush, julguei que me conhecesses o suficiente para perceber então por que luto pela despenalização (como compreendo que lutes pelo não).
    5) a invocação deste ponto - «um imperativo ético de consciência, na fidelidade dessa mesma Fé cristã» - tem que ver com a intervenção do cardeal-patriarca que parece reduzir a intervenção de católicos que não se revêem no discurso do não a meros caprichos "humanistas" (para usar outra caricatura tua).
    6) era para deixar de lado a acusação que me fazes: «de linguagem (que, por vezes, me parece ofensiva, quando é, como por exemplo foi contra a zazie, ad hominem - no Quase em Português, do Lutz).» À zazie acusei-a de falta de sensibilidade e respeito nas acusações torpes que fez à MC, no QeP, e disse que quem não fosse por ela, era contra ela, numa doutrina muito bushiana. A zazie atacou-me, insultando-me, mandando-me levar na peida e por aí fora, como antes tinha feito à MC. Mas eu é que ataque ad hominem a zazie e é que uso uma linguagem extremista... Fico esclarecido. Com pena, mas fico.

     
  • At 9 de fevereiro de 2007 às 15:21, Blogger zazie said…

    Este comentário foi removido pelo autor.

     
  • At 9 de fevereiro de 2007 às 15:23, Blogger zazie said…

    (tinha-lhe trocado o apelido)

    Só para centrar as questões e falarmos verdade.

    A Maria da Conceição chegou ao Quase em Português, sem entrar em qualquer debate de ideias e vá de dizer que eu era cobarde e hipócrita por preferir as minhas ideologias a ter coragem de votar.

    Isto é um ataque ad hominem, não foi qualquer acréscimo de ideias, foi apenas um ataque partindo de um pressuposto de má-fé.

    O que é que eu fiz? gozei e chamei-a de Dona Ximenez, à Monty Python, porque só alguém com espírito inquisitorial é que pode andar em debates a perscrutar as intenções das pessoas e o que elas podem fazer na vida real.
    ..............

    O Miguel Marujo não tinha estado lá, não participou no restante debate bem pertinente que se foi travando com o MP-S e o Timshel e, de repente, entra nas caixinhas de comentários, interrompe uma conversa com o MP-S para me fazer outro ataque estritamente pessoal.

    O que é que ele disse? pôs-se para ali a gritar em bold para toda a gente ver a pesporrência da senhora cocanha que tem a mania que sabe e que não aceita críticas e que é apenas uma esta e uma aquela e por aí fora. Fez show sozinho contra a minha pessoa. Sem eu estar a ser alvo de debate nem ele estar a debater nada.

    Como é que eu reagi antes de lhe responder à letra. Perguntei-lhe se, para além desses piropos, tinha alguma coisa a dizer-me ou queria avançar com alguma ideia

    E ele nada avançou. Então aí, é claro que lhe disse que, sendo assim, se só lá tinha ido para me me insultar eu lamentava muito mas era obrigada a mandá-lo para o caralho. Depois ele fez Amén e ainda acrescentei que até o achava um bacano, e era pena andar excitado por causa do aborto mas a comportar-se assim.

    E aqui fica o esclarecimento. De facto, se as pessoas andam a pedir para serem insultadas porque é que depois se queixam?

    Queria que eu dissesse o quê?

    Mas não foi isso que se passou aqui no Trento. Aqui deixei argumentos e volto a insistir: o Miguel Marujo e o CBS usaram o Figueiredo Dias de forma desonesta porque lhe omitiram a passagem em que ele afirma que a lei não pode deixar as mulheres que querem abortar entregues a si mesmas.

    Deve usar de todos os meios para, apoiando-as, lhes oferecer condições para as desincentivar do aborto!

    E o texto do padre é um texto pelo não. Não é um texto pelo Sim.

    Também expliquei isso no debate que já linkei e que está ali em baixo e o Miguel é que não consegue responder-lhe.

    (é sempre mais fácil dizer-se pesporrência e riso alarve)

     
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