|  segunda-feira, julho 27, 2009  | 
           
          
            |   Palma Inácio   | 
           
          
            Existem coisas curiosas na vida, na política e na blogosfera.
  Vem isto a propósito da morte de Palma Inácio. Os jornais enchem-se de artigos sobre ele. Uma polémica incendeia a blogosfera sobre ele. Muitos posts se escrevem sobre ele (ver, por exemplo, aqui e aqui - são simples exemplos pois não há cão nem gato blogosférico que não solte o seu tímido latido ou o seu rugido feroz sobre este homem).
  Curiosamente (sempre curiosamente), nestes últimos meses antes da sua morte, em que ele oscilava entre internamentos hospitalares e estadias em lares, imerso na mais completa solidão, ninguém falava dele.
  Ou pelo menos (ou pelo mais) sei que quase ninguém falava com ele.
  timshel | 
           
          
            posted by  @ 7:50 da tarde      | 
           
          
            
                 
                
                  
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                              Sempre achei este homem muito melhor que a história. O último herói romântico, segundo Alegre, foi um corajoso aventureiro que ainda por cima teve a qualidade de ser independente do PCP. Simpatizei com ele, em especial após Abril, mas não me parece que tenha sido pelas suas qualidades humanas que a esquerda o escolheu para cromo, foi essencialmente pela oposição activa e espectacular que ele fez à ditadura. E aí – agora fala a minha costela de direita – não vejo diferença em assaltar bancos e desviar aviões ou o assalto à Guiné Conakri (outra ditadura) em 1970, protagonizada pelo herói da ditadura, igualmente audaz e corajoso… só que do lado errado. São maniqueísmos desses que me afastam da esquerda…
  “Curiosamente (sempre curiosamente), nestes últimos meses antes da sua morte, em que ele oscilava entre internamentos hospitalares e estadias em lares, imerso na mais completa solidão, ninguém falava dele.” Estão-se nas tintas para o homem Tim! Excepção para os amigos, claro. Os outros só querem dele o que lhes serve, para elevar ou denegrir, tanto à esquerda como à direita… é um mundo cão. Mas não é especial para o Palma Inácio, é assim com toda a gente… 
              
                         
                        
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Sempre achei este homem muito melhor que a história. O último herói romântico, segundo Alegre, foi um corajoso aventureiro que ainda por cima teve a qualidade de ser independente do PCP. Simpatizei com ele, em especial após Abril, mas não me parece que tenha sido pelas suas qualidades humanas que a esquerda o escolheu para cromo, foi essencialmente pela oposição activa e espectacular que ele fez à ditadura.
E aí – agora fala a minha costela de direita – não vejo diferença em assaltar bancos e desviar aviões ou o assalto à Guiné Conakri (outra ditadura) em 1970, protagonizada pelo herói da ditadura, igualmente audaz e corajoso… só que do lado errado.
São maniqueísmos desses que me afastam da esquerda…
“Curiosamente (sempre curiosamente), nestes últimos meses antes da sua morte, em que ele oscilava entre internamentos hospitalares e estadias em lares, imerso na mais completa solidão, ninguém falava dele.” Estão-se nas tintas para o homem Tim! Excepção para os amigos, claro. Os outros só querem dele o que lhes serve, para elevar ou denegrir, tanto à esquerda como à direita… é um mundo cão. Mas não é especial para o Palma Inácio, é assim com toda a gente…