quarta-feira, maio 13, 2009 |
Ir à raiz |
"Os Puritanos tinham mais confiança na responsabilidade social individual do que nas agências governamentais e sociais. Para eles, a acção social eficaz começava com o indivíduo. Richard Greenham escreveu:
“Certamente que se os homens fossem cuidadosos em reformar-se a si mesmos primeiro, e depois às suas famílias, veriam as múltiplas bênçãos na nossa terra, sobre a igreja e a comunidade. Pois de pessoas particulares vêm famílias; de famílias, cidades; de cidades, províncias; e de províncias, regiões inteiras.”
Tal declaração é uma rejeição implícita da posição liberal moderna de que o modo de combater os males sociais é multiplicar agências sociais. Que as pessoas como indivíduos são decaídas os Puritanos sabiam tão bem como nós. Mas eles também sabiam que as instituições não escapavam aos efeitos da Queda e são, de facto, o produto de pessoas decaídas. M. M. Knappen resume a teoria Puritana quando escreve:
“Quando o Puritanismo é comparado aos modernos sistemas colectivistas, aparece o seu individualismo. Os pensadores do século dezasseis não depositavam fé no Estado como tal. A integridade de um sistema não salvaria ninguém. Integridade deve haver, mas também deve haver cooperação pessoal e responsabilidade individual.”
Os Puritanos eram igualmente individualistas na sua abordagem à ajuda financeira. Eles opunham-se à caridade indiscriminada e insistiam que ajuda fosse dada apenas àqueles em genuína necessidade. William Perkins pode ser considerado como típico quanto ao pensamento Puritano a respeito de mendigos e vagabundos. Perkins disse que eles “são (na maior parte) uma geração maldita”, “pragas e chatos” tanto para a igreja como para o Estado. “É a boa lei da nossa terra”, acrescentou ele, “agradável à lei de Deus, que ninguém deveria pedir, se é capaz de trabalhar”. A injunção de Paulo de que “se alguém não quiser trabalhar, não coma” (II Tessalonicenses 3:10) foi um dos textos mais frequentemente citados entre os Puritanos."
"Santos no Mundo – os Puritanos como realmente eram", Leland Ryken (Editora Fiel, pag. 190 e 191)
Pedro Leal |
posted by @ 12:09 da manhã |
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13 Comments: |
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Amo os puritanos. Já o disse?
O pior é que aqueles que brandem a bandeira da democracia em tonalidades tricolores e com fanfarra francesa e secular, esquecem-se que a primeira revolução democrática foi a inglesa, quando o rei Carlos I foi deposto pelo parlamento reformado.
Depois é toda a história do povo que fundou uma nação abordo dum barquinho.
Afinal de contas, o que parece mais óbvio: que a Europa, a meio do absolutismo, de repente lê sobre a democracia grega, que o próprio Platão considerava inferior e decadente; ou, quem sabe, advirá essa democracia da Reforma radical dos puritanos, que passaram a governar as suas igrejas, tribunais, parlamentos segundo o modelo representativo, sufragista, federal da comunidade cristã do NT?
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SOLI DEO GLORIA
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Eu não sei se este post foi inspirado nos problemas do bairro da Bela Vista, se em estudos históricos da Reforma.
Porque, estudando a Reforma o resultado até tem números- foram aos milhares que morreram quando desapareceu a boa da caridade católica e veio o burguês protestante para o qual uma vida só conta se der lucro económico à sociedade.
Se foi projecção televisiva da Bela Vista-
Então está á espelhadinha a segunda consequência do capitalismo do laisser faire neoliberal-protestante com a boa da globalização a pôr o mundo de pantanas e a importar estas maravilhas sociais à custa do bom do lucro que a mão-de-obra escrava também dá.
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O resto é conversa de ignorante porque nem a democracia é chamada para o caso.
Melhor- faz também parte da utopia neo-liberal à americana convencida que se exporta e terraplana o mundo à sua imagem- para depois ter bons entrepostos para controlar as disputadíssimas e escassas reservas energéticas.
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De resto- o burgesso moderno é, realmente, fruto do capitalismo protestante.
Isso é reconhecido por qualquer estudioso.
Mas o burgesso criou o seu contrário- o proletário e foi entre estes dois extremos de homoeconomicus que se desenvolveram as duas grandes utopias modernas.
Uma caiu- a outra está em caos e os capitalismos mafiosos e descontrolados, proliferam tanto quanto as seitas evangélicas.
Não há neles nada de uniformização do bom do modelo da democracia ocidental com que a utopia foi lubrificada.
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V.s querem brincadeira e eu faço aquilo que nunca fiz.
Pego nesta merda toda e pespego-a na primeira página do meu blogue e ainda vou chamar meio mundo para a ler.
Se querem brincar, então brincamos.
O animal que coloque online, imediatamente, o que eu escrevi!
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Querem ver como v.s vão passar vexame público por deixarem que esse tresloucado ainda se dê ao luxo de ser administrador do blogue e fazer censura apenas às citações do que ele próprio disse?
Querem?
Querem guerrinha comigo a sério?
É isso- nunca ninguém que se meteu em guerras comigo se ficou a rir.
(nem o Marujo e ele sabe bem porquê- poupei-o- E sei que nunca mais em toda vidinha se vai atrever a ser pulha comigo enviando em fwds para toda a gente, o que eram e.mails prviados.
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Zazie, censurei e voltarei a censurar quem quer que não souber debater civilizadamente, sem recorrer ao insulto e à blasfémia como fazes, ou comentar off-topic.
É um direito. Se vês isso como casus belli, só demonstras a tua falta de 'caridade'.
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Podes censurar à vontade.
Tenho tudo copiado e já fiz post.
Agora vai lá tentar censurá-lo à cabeçada.
Força que a brincadeira ainda só agora começou.
Vá- tu é que o pediste e ainda fizeste pior- gozaste com a minha sincera preocupação contigo.
AQUI Tu és mongo. Aqui, entre o bando, já toda a gente leu.
E, se temias que de fora mais alguém soubesse, conseguiste dar o pretexto para eu o fazer conhecer.
Agora quero ver o que vais apagar na casa dos outros.
É que eu ainda apanho com enxovalhos por aí fora à custa de mentiras e calúnias que foram aqui lançadas.
Mas isso já se veio a saber que tinha sido fabricado nas costas e nada tinha a ver com o Trento.
Agora inventares mais esta censura mentindo com todos os dentes e dizendo que era por ter insulto- não!
Insulto é todo teu e não é a mim- é a Deus!
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OK, Pedro. Mas eu nestas coisas do trabalho, gosto é do Jacques Ellul LOL um abraço PS: tenho mesmo de dedicar-me um pouco às coisas da História um dia destes ;)
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Esta citação surge no contexto da denominada "crise". Liberdade e responsabilidade parecem-me boas propostas.
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A malta percebeu, Pedro; o meu comentário também ;)
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