quinta-feira, maio 08, 2008 |
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A maior realização de um ser humano é deixar Deus ajudá-lo Soren Kierkegaard by cbs
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posted by @ 10:07 da manhã |
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5 Comments: |
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"Mas a liberdade é esta lâmpada maravilhosa; quando o homem, animado da paixão ética, a esfrega: Deus existe para ele. E vejam, o espírito da lâmpada é um servidor (desejai-a vós então, ó vós cujo espírito é desejo), mas aquele que esfrega a lâmpada maravilhosa da liberdade, é ele próprio que se torna um servidor - o Espírito é o mestre. Isto é o começo."
Johannes Climacus, alias Kierkegaard ;)
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parece que temos aqui o homem em aparente contradição. isso espanta aludindo ao "tema" Deus?
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Se pensares Deus como um ente exterior ao sujeito, talvez, mana. Mas "Deus é uma representação suprema que não pode explicar-se por nada de outro, mas apenas pelo facto que o sujeito se aprofunda a si-próprio dentro da representação."
Convém também talvez esclarecer que a liberdade em jogo não é fazer o que me dá na bolha espontânea (precisamente e pelo contrário, isto corresponde para o moço à prisão suprema) mas à superação de tudo o que me cerceia e desvia da apropriação de mim próprio; e através de tal acção, chegar à revelação da verdade que me corresponde, e aí manter-me e desenvolver-me. A liberdade dá-se neste movimento de devolução a si-próprio, e que se constitui num esforço contínuo, num exercício vital, numa ascese.
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"fazer o que dá na bolha", estamos condenados a só fazer o bem? E o tal do livre arbítrio? Há ou não?
E como decidir a cada passo o que é o bem, o justo etc?
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"o que dá na bolha espontânea" não corresponde ao livre-arbítrio, visto que o espontâneo não tem arbítrio.
a questão é: qual o árbitro de mim?
e a isto investiga-se asceticamente, na prática interior, é disso que o moço aqui trata. não se tratam de tribunais, pessoais ou colectivos.
lentamente.
não para fazer brilharetes discursivos nem responder a perguntas ociosas. mas na ferida da verdade, na que somos. saberás tu quem e o que és?
no temor e no tremor. porque é terrífica a suspeita de que não me pertenço ;)
e se o esforço é contínuo, é porque não se está condenado a só fazer seja o que fôr. estamos sempre perante uma alternativa.
(diz o moço)
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"Mas a liberdade é esta lâmpada maravilhosa; quando o homem, animado da paixão ética, a esfrega: Deus existe para ele. E vejam, o espírito da lâmpada é um servidor (desejai-a vós então, ó vós cujo espírito é desejo), mas aquele que esfrega a lâmpada maravilhosa da liberdade, é ele próprio que se torna um servidor - o Espírito é o mestre. Isto é o começo."
Johannes Climacus, alias Kierkegaard ;)