quarta-feira, março 19, 2008 |
Insultos de comunóide ofendido sempre são melhores que fogueiras absolutistas |
Até compreendo que os católicos deste blogue, por falta de sensatez, julguem que a igreja evangélica seja apenas a versão não-romana do Vaticano, em que o protestante mais influente (tipo: presidente americano) nos é uma espécie de Papa, a quem obedecemos uniformemente, e que devemos por ele responder cada vez que ele nos visita o altar, mas aqui constato que os níveis de provincianismo neo-inquisidor quebra já o termómetro trentista.
E como este é mais um caso de 'Antes de moveres o cisco do olho do teu irmão, tira o tronco do teu', peço aos meu manos catós que não me obriguem a repostar fotos do sr Adolfo e bispos romanos de mãos dadas, ou frescos das cruzadas; ambos não evolvendo armas de destruição maciça.
Mas pergunto sinceramente: porque haverão os cristãos evangélicos portugueses de se responsabilizar por um outro, americano, numa decisão de política externa, que nem concerne a fé, que é o único ponto comum com ele?
E se sim, como explicam Giuliani?
Nuno Fonseca |
posted by @ 11:46 da manhã |
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9 Comments: |
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Caro Nuno, devolvo-te a pergunta: porque haverão os cristãos evangélicos portugueses de se responsabilizar por um outro, americano, numa decisão de política externa, que nem concerne a fé, que é o único ponto comum com ele? Não sei. Não compreendo. Tens de perguntar a quem se abespinha cada vez que se critica o Bush.
Estou-me nas tintas para o que pensa o Giuliani.
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E eu estou-me nas tintas para o que se pensa do George W.
Mas o tom do teu post foi 'como diriam os nossos amigos protestantes', o que penso ser um eufemismo para 'Tiago Cavaco', que, como qualquer outro indivíduo, responde por ele mesmo, mas à luz de quem toda uma fé não deve ser estereotipada.
E a minha irritação é só essa: raiva contra o preconceito muito português de estrangeirar e demonizar o cristão que não é católico-romano.
Paz.
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Ó que caralho!, o «como diriam os nossos amigos protestantes» vem na sequência do «still counting», que é uma brincadeira que faço com o irritante gosto de muitos trentistas de postar em inglês. Não tem nada a ver com o Tiago.
A referência ao Tiago prende-se a posição dele (e não dos evangélicos em geral) face à guerra ao Iraque e, em especial, com um poste recente dele no Voz do Deserto, em que ele escreve o seguinte: «Se em política as mentiras graves não forem assuntos de pi__otas e c__inhas serão assuntos do quê?». E perguntei-lhe (a ele, Tiago Cavaco, e não a todos os evangélicos do mundo) «Sim, serão assunto do quê, Tiago? Em que outro assunto podem as mentiras dos líderes políticos serem graves? Não estou a ver. Talvez sobre a g_erra?»
Nunca disse nem insinuei que todos os evangélicos defendem o modo como foi preparada esta guerra. Ou que esta foi uma guerra de evangélicos. E, sim, há católicos que apoiaram a guerra, e alguns ainda a defendem hoje, já depois de se conhecer o embuste e as mentiras em que ela se sustentou. E então? Como católico, interessa-me a posição da Santa Sé e não a do católico Zé dos Anzóis ou do colunista da revista da moda.
E continuo sem perceber por que razão uma crítica ao Bush e à sua administração (e não ao mundo evangélico) causa tais mecanismos de defesa.
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CC,
Por mecanismos de defesa podes também dizer 'apologética', e não há mal nela, quando feita racionalmente, não desculpabilizando onde há culpa, mas evindencianda a ausência dela quando atribuída injustamente.
Podes não ter intentado generalizar a posição dos evangélicos no George Bush, mas a tua linguagem deu azo a essa interpretação, que é, sim, um nervo muito sensível entre os protestantes portugueses, pelo histórico preconceito que nos pinta como hereges e estrangeirados.
Paz.
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O que é que tem o Giuliani? até foi execelente mayor.
Só há uma grande pancada nestas tretas- é que já me fartei de ler por aqui que se andou a apoiar a administração Bush e a guerra do Iraque e agora não se pode fazer um post a falar dos mortos que daí vieram.
Porque, completamente idiota é algum português pensar que pelo facto de mandar uns artigos para a Atlãntico ou para um blogue, o Bush sabe e fica muito contente com o apoio.
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E depois, o "comunóide" do CC está tão out das catalogações de hoje em dia que só por burrice se poderia ver no que escreve qualquer semelhança com o BE.
Até eu, que tenho pó a tudo o que é de esquerda, sou obrigada a linkar posts dele...
Um conservador é um conservador é um conservador.
E isso, nos dias que correm separa as águas. Até o Tim ao pé dele passa por jacobino
":O)))
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O Giuliani foi um exemplo dum católico que apoiou a guerra.
Mas ó Zazie, eu não disse que o CC era cumonóide, mas apenas a estética do discurso dele.
Se calhar até sou mais eu que ele.
Paz.
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Apoiou, como? aquilo é tudo patriotismo, mas o gajo não tinha poder para apoiar nada. Eu ainda gosto do Giuliani. Dava um bom presidente da Câmara de Lisboa
":OP
A boca do comunóide BE não era para ti, era para outro post mais atrás mas isto encravou.
Claro que o CC é um comuna desgraçado. Mas é daqueles que já não se fazem. Por isso nem é de esquerda
":OP
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beijocas para ti e boa Páscoa.
Eu vim só para defender o malandro do CC porque ele tem muito sentido de humor e eu vendo-me sempre por uma boa piada.
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Caro Nuno,
devolvo-te a pergunta: porque haverão os cristãos evangélicos portugueses de se responsabilizar por um outro, americano, numa decisão de política externa, que nem concerne a fé, que é o único ponto comum com ele?
Não sei. Não compreendo. Tens de perguntar a quem se abespinha cada vez que se critica o Bush.
Estou-me nas tintas para o que pensa o Giuliani.