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            | sexta-feira, março 07, 2008 |  
            | Desafio às Igrejas |  
            |  Ontem, em conversa com o Timóteo Cavaco, veio-me à memória uma conferência onde o pastor-professor protestante Dimas de Almeida, falou sobre ecumenismo.  Sem tirar uma vírgula da minha fidelidade à Una e Sancta - em nome do uno, não se renega o múltiplo, lol – aqui vai um pequeno texto, crítico até, mas que acaricia as nossas amizades ecuménicas… 
 “Procura-se falar aqui, pois, de ecumenismo. Palavra que se formou a partir da forma verbal grega oikoumenê (verbo oikeo, habitar), que significa toda a terra habitada.
 E isto é já sinal de uma universalidade a ter em  conta. Isto é, há um horizonte que transcende o horizonte habitual das igrejas e nelas não se esgota: o ecumenismo, visto assim, implica um dialogo criador entre as Igrejas, por um lado, e o mundo dos homens e das mulheres, por outro. Quer isto dizer que a questão das Igrejas é inseparável da questão do mundo. Apague-se o mundo do horizonte das Igrejas, e estas ficarão reduzidas a uma insignificância total. Não passarão de significantes sem significado.
 Foi sem dúvida, uma boa coisa que, particularmente no século XX, se tenha falado de ecumenismo. O assim chamado movimento ecuménico – de origem protestante, há cem anos, e de que o móbil forte era o de restituir a Igreja à sua missão – contribuiu notoriamente para criar um novo clima entre as várias confissões cristãs.
 Que pessoas – que durante séculos se insultaram, se desprezaram e até se perseguiram e mataram em nome de Jesus Cristo – se tenham posto a dialogar com o objectivo de se aproximarem, eis uma coisa importante. Essencial mesmo.
 Essa passagem do anátema ao diálogo revestiu-se, sem duvida alguma, de um valor enorme. Foi de facto, importante passar a a designar o seu vizinho como um irmão – ainda que, mesmo como um irmão separado, expressão sempre carregada de uma grande ambiguidade, por não se saber muito bem onde era posta a tónica, se no irmão, se no separado – e deixar de o ter como um herético ou um cismático.
 Mas é também significativo – que o chamado movimento ecuménico tenha há já muitos anos começado a dar a impressão de um esgotamento. O que se tem registrado ao nível do chamado ecumenismo oficial. Este parece ter caído num impasse, na medida em que tem ficado, contínua e permanentemente, dominado por um instinto de auto-salvação, segundo o qual, mais importante do que o Evangelho, é a preservação de muita coisa que pouco ou nada tem a ver com ele."
 
 Dimas de Almeida, O diálogo das Igrejas 2005
 cbs
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            | posted by  @ 12:37 da tarde  |  
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                    | 2 Comments: |  
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                              cbs
 É significativo que este texto seja escrito por Dimas de Almeida, porque sabe um bocado a fim de festa.  Uma espécie de contabilidade de pequenos lucros num negócio que não correu bem, pelo menos para os protestantes históricos portugueses. Apostaram tudo no ecumenismo e agora...
                            
                            
                              PedroNão sejas péssimista homem!
 primeiro não me parece um negócio, mas uma questão de comunhão.
 e conheço bué católicos que já não passam sem a comunhão com os protestantes :)
 
 abraço
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cbs
É significativo que este texto seja escrito por Dimas de Almeida, porque sabe um bocado a fim de festa. Uma espécie de contabilidade de pequenos lucros num negócio que não correu bem, pelo menos para os protestantes históricos portugueses. Apostaram tudo no ecumenismo e agora...