sábado, fevereiro 02, 2008
Entretanto, no Oriente faltam evangelizadores
-... e andamos aqui nós sem conhecer Cristo!
Protesta o aldeão cantonês temendo pela sua salvação.

Fiz-me entender quanto à validade da tua argumentação Pedro?

Luís
posted by @ 1:05 da manhã  
6 Comments:
  • At 2 de fevereiro de 2008 às 20:01, Blogger samuel said…

    Ora aí está uma bela questão que já me proporcionou várias noitadas de agradável discussão.
    Se o camponês de Cantão não conhece Cristo e até ao dia do seu natural falecimento nenhum dos tais missionários o contactar, porque há-de o coitado do camponês "temer pela sua salvação".
    Onde é que está establecido que o camponês de Cantão tinha que adivinhar o que se pretendia que ele acreditasse e adorasse?
    Não terá bem mais a temer pela sua salvação o assaz cristão missionário "ausente"?

     
  • At 2 de fevereiro de 2008 às 20:11, Blogger Hadassah said…

    "Não terá bem mais a temer pela sua salvação o assaz cristão missionário "ausente"?"

    Ora aí está a questão, creio eu.

    Pareceu-me que o Pedro Leal reflectia criticamente, mais sobre o que ensinava o Padre, do que propriamente sobre a ignorância da aldeã...

     
  • At 3 de fevereiro de 2008 às 12:36, Blogger samuel said…

    Olha... que giro!
    Neste post o número de comentários, em vez de aumentar, encolhe... e sem deixar rasto!...

     
  • At 3 de fevereiro de 2008 às 17:52, Blogger Pedro Leal said…

    Luís


    Isto de falar por imagens, ainda por cima quase instântaneos, pode ter alguma eficácia mas também pode não ser totalmente clarificador...
    O meu post tentava mostrar como um erro doutrinário (a mediação humana entre Deus e o Homem) não é um simples "fait-divers" mas tem implicação directa nas vidas das pessoas - Cristo veio libertar-nos e aquela aldeã continua presa a um intermediário.
    Quanto à referência ao aldeão cantonês, trouxe-me à memória uma entrevista de um alto responsável jesuíta, lida há uns anos. Falava-se de Francisco Xavier. Dizia o tal responsável que repeitavam muito a obra de F. Xavier e seus pares, mas que hoje os tempos eram outros. Não procuravam conversões. Em vez de apresentar o Evangelho como o único caminho para Deus, buscava-se, antes, evitar a confrontação e encontar pontes para a paz e entendimento entre as religiões e os povos. Se for assim, o tal aldeão cantonês não pode esperar muito dos jesuítas (não conheço as outras ordens católicas...)

    Samuel

    O que a Bíblia diz:
    1) Estamos todos condenados;
    2) Através de Cristo podemos sair dessa condenação.
    A partir daqui ficamos entregues às nossas divagações. Que não são erradas, desde que substituam em importância a duas permissas fundamentais.

     
  • At 3 de fevereiro de 2008 às 18:12, Blogger Luís Sá said…

    Samuel eu apaguei o meu comentário porque achei que o teu estava tão elucidativo que o meu se tornava supérfluo... :P

    Pedro claro que não é um fait-divers, tens toda a razão. Como também não é um fait-divers a condenação de alguém que não teve a possibilidade de conhecer a Cristo. Mas o facto de ter impacto (e tem-no, e quanto às confissões não sabes da missa a metade mesmo quando existem sacerdotes...) não significa que perca sentido ou validade, talvez até pelo contrário.

    Os jesuítas actualmente estão em grande crise e com um rumo difuso. Esse zelo missionário de um S. Francisco Xavier é precisamente a resposta a dar (e é da tradição da Igreja o chamado "zelo pelas almas", todos os grandes homens e mulheres da Igreja o tinham). Há outras ordens e especialmente movimentos quer de leigos quer de sacerdotes que actualmente se posicionam muito mais num terreno evangelizador. Mas dou-te inteira razão quanto aos jesuítas. Deus os tenha.

     
  • At 3 de fevereiro de 2008 às 21:11, Blogger samuel said…

    Luis
    Eu estava a brincar. Calculei que fosse algo como uma edição do texto ou por aí... e eu tivesse acertado exactamente no momento da dita.

    Abraço.

     
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