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            | sexta-feira, outubro 19, 2007 |  
            | Da "Senhora" |  
            | Caríssima Beguina, a “Senhora” que referes, tal como o Seu Filho, não fogem ao lastro mitológico que vem da noite do tempo. Todos recordamos o mito da grande deusa Terra mãe… e o resto.
 Mas Beguina, acaso o Cristianismo tem de ficar cativo da religiosidade primeva? Acaso te levam esses mitos a que o Deus dos Judeus não passe de um gémeo de Zoroastro? ou o decálogo de Moisés uma cópia alterada dos códigos cuneiformes? e será que estamos para sempre cativos do naturalismo céltico?
 Que haverá de errado se a Igreja de Roma propuser – para além da piedade devida à Tradição – uma definição de fé maduramente reflectida?
 Porque a lógica de Fé, que está na base da sagração de Maria pela Igreja Católica, parece muito simples e forte:
 
 “Se o pecado, em qualquer modalidade, é situação de inimizade ou afastamento de Deus, a co-redentora da Humanidade e mãe de Deus, Aquela de Quem Jesus recebeu toda a Sua humanidade, tão intimamente unida à pessoa de Jesus, em momento algum da Sua existência pode ter estado em contacto com o pecado.
 O privilégio único, mas compreensível, cuja intenção é dotar Jesus de uma mãe à altura da Sua dignidade e santidade, não significa no entanto que Maria fosse, por si mesma, justa, não necessitada de redenção: Ela é simplesmente a primeira redimida por Seu Filho.
 Aquilo que acontece em nós, depois do nascimento, a aplicação dos méritos redentores de Cristo (habitualmente pelo Baptismo) nela é simultâneo à Sua própria concepção: Maria foi redimida desde o primeiro instante da Sua existência.
 Deus em atenção ao Seu Filho e a nós, preservou-A do pecado e da queda, antes de A deixar cair…
 Esta imunidade de todo o pecado, sem nada tirar à Sua liberdade, torna Maria totalmente transparente a Deus, acolhedora do Seu amor e transforma-a num imenso manancial de Graça, desde o início inteiramente consagrada a Deus.”
 
 Retirado de António Vaz Pinto, Revelação e Fé, Ed. A. O. Braga (A imaculada conceição de Maria, pág. 469)
 cbs
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            | posted by  @ 9:07 da tarde  |  
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                    | 3 Comments: |  
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                              cbs 
 O problema dessa construção doutrinária, para os protestantes, é que não há aí o menor vestígio bíblico. Pelo contrário: "todos pecaram" (Romanos 3:23).
 
 Pedro Leal
                            
                            
                              E eu acrescentaria que para além de não haver o menor vestígio bíblico, também não há o menor vestígio de tal doutrina nos primeiros dez séculos de cristianismo.
                            
                            
                              pois, eu sei meus amigos...mas tal como a vejo a questão põe-se assim: sem questionar a Biblia, se acreditamos na ressureição de Cristo, podemos deduzir para além do Livro.
 E... ou faz ou não faz sentido, acreditar na Imaculada Conceição.
 
 Aliás, confesso-vos que durante muito tempo, sendo crente, duvidei da virgindade de Maria. Até compreender que não faz sentido acreditar na Ressureição e duvidar da conceição pelo Espírito.
 Um ateu sim, mas para um Cristão não faz sentido, precisamente porque acredita que Deus se fez homem em Cristo.
 
 Aceitar a Biblia, não obriga a que paremos de pensar... penso eu de que :)
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cbs
O problema dessa construção doutrinária, para os protestantes, é que não há aí o menor vestígio bíblico. Pelo contrário: "todos pecaram" (Romanos 3:23).
Pedro Leal