quinta-feira, maio 17, 2007 |
Outra ovelhinha católica de Bento XVI: |
Leonardo Boff:
“Constatamos que Lucas é o único evangelista que narra o acontecimento da ascenção em termos de uma ocultação palpável e de um desaparecer visível de Cristo no céu. Nas outras narrativas, a ascensão não é um acontecimento visível para os apóstolos, mas é algo invisível e em conexão directa com a ressurreição. Esta prespectiva que contemplava conjuntamente a ressurreição e a ascenção manteve-se, a pesar do relato de Lucas, até ao século IV, como atestam os padres da Igreja, Tertuliano, Hipólito, Eusebio, Atanasio, Ambrosio, Jerónimo e outros, São Jerónimo, por exemplo, pregava: «o domingo é o dia da ressurreição, o dia de todos os cristãos, o nosso dia. Por isso se chama o dia do Senhor, porque nesse dia Nosso Senhor subiu, victorioso, ao Pai. » (Corpus Christianorum, 78,550). De igual maneira a liturgia celebrou, até ao século V como festa única a Páscoa e a Ascenção. Só a partir do século V, com a historificação do relato Lucano, se individualizou cada uma das celebrações. O significado da ascenção era o mesmo da ressurreição: Jesus não foi revificado, nem voltou ao modelo de vida humana que possuía antes de morrer. Foi entronizado em Deus e constituído Senhor do mundo e juiz universal, vivendo a vida divina na plenitude da sua humanidade.” A ascenção, mais que um facto narrável é para Boff uma afirmação de fé.
a beguina |
posted by @ 12:58 da manhã |
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9 Comments: |
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Interessante... vamos lá...
"O significado da ascenção era o mesmo da ressurreição: Jesus não foi revificado, nem voltou ao modelo de vida humana que possuía antes de morrer." Penso que não há morte, parece mas não é; a matéria transforma-se e Cristo pareceu morrer, mas não morreu de facto. Porque não há morte. Contudo o Seu corpo não sofreu a transformação material que todos os outros sofrem. É neste sentido apenas, que aceito a afirmação “não foi revificado”.
"A ascenção, mais que um facto narrável é para Boff uma afirmação de fé."
A Ascensão marca a Sua saída da visíbilidade, mas mais importante foi não ter morrido, o facto que designamos por Ressurreição. Não me parece contudo que sejam esses dois acontecimentos (Ressurreição e Ascensão) afirmações de Fé, antes diria que a sua aceitação por nós (sem termos visto), é que é uma afirmação de Fé.
No recente domingo de Páscoa o Cardeal-Patriarca, disse: "Cristo que morreu, Deus ressuscitou-O dos mortos e encerra nesse mistério o segredo do Homem e da História". Mas a Ressureição mostrando que não há senão aparencia de morte (no sentido de fim), dá-nos uma esperança, que mais é uma certeza. e a base do Credo Cristão.
Falou um simples; agora teólogos, Antonius, Tiagos, etc... expliquem.
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a tese de Boff não que é que Jesus não tenha morrido, mas que a sua ressurreição não foi na carne, mas sim uma afirmação de fé. Por isso a ressureição e a ascenção são uma e a mesma coisa
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todo aquele que não confessar " Jesus Cristo veio em carne , JESUS CRISTO É O SENHOR não tem o Espírito de DEUS " já dizia o Apostolo S Pedro ( q eu n acrdito q tenha sido o 1º Papa mas isso para agora são miudos )
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E a Ressureição e asumpção aos ceus, onde está agora há direita de DEUS PAI e de onde voltará, tb foi em carne, em corpo; Porém em corpo ressurecto e glorificado que é o q nós teremos tb
Cristo é a Primicias dos que ressuscitarão. é outra confissão de fé protestante evangélica
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Julgo que há aqui que destinguir duas coisas:
- Jesus ressuscitou na carne! Isso é dogma central da fé católica, e é central em todo o cristianismo digno desse nome. Nesse sentido, o Leonardo Boff é claramente abusivo (para não variar... também vão buscar cada um dentro da Igreja Católica...). Tanto é assim que o Evangelho de Marcos cria "uma adenda" quase só para dizer isso mesmo (que Cristo depois de ressuscitado também comia, logo, o seu corpo tinha ressuscitado).
- Outra coisa diferente é que de facto a resurreição de Cristo remete para a vitória da vida sobre a morte, vitória essa que implica sempre a ascensão para o Pai. Aliás, é o próprio Jesus que diz que agora tem de ir para o Pai. Para todos nós essa vitória da vida sobre a morte dar-se-á no momento da nossa morte, quando ascendermos ao Pai (esperemos).
As duas coisas estão intimamente ligadas mas são duas coisas diferentes. Precisamente como o próprio Boff diz foi ao aprofundar os conteúdos da revelação que a Igreja individualizou as festas. E bem.
Curiosamente, pelo menos na IC, a ascensão comemora-se no próximo domingo! Aleluia, aleluia!
Um abraço, em Cristo
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"Cristo é a Primicias dos que ressuscitarão." É confissão de fé católica, também. Nós cremos na Ressurreição da carne. Por estas palavrinhas todas. E Cristo foi o primeiro Novo Homem, o primeiro Novo Adão. O primeiro a regressar com a Carne já gloriosa ao seio de Deus. Com Cristo e a Sua incarnação, e a Sua ressurreição, e a Sua ascenção em carne para junto do Pai, a Trindade passa a ter também presença em Carne, gloriosa.
É maravilha de Deus omnipotente, demonstração do Seu poder, mas é também promessa para os que nEle crerem, demonstração do Seu amor.
Claro que a Ascenção não se limita a ser um facto palpável. É isso e muito mais.
(A Ascenção, entre nós católicos, celebra-se hoje, mas como não é feriado é permitido, e faz-se, transferir a festa para Domingo que vem).
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Cara knit,
Obrigado pelo reparo. Suponho que seja uma data móvel tendo como base a Páscoa ou é um dia fixo?
Um abraço, em Cristo
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Interessante... vamos lá...
"O significado da ascenção era o mesmo da ressurreição: Jesus não foi revificado, nem voltou ao modelo de vida humana que possuía antes de morrer."
Penso que não há morte, parece mas não é; a matéria transforma-se e Cristo pareceu morrer, mas não morreu de facto. Porque não há morte.
Contudo o Seu corpo não sofreu a transformação material que todos os outros sofrem.
É neste sentido apenas, que aceito a afirmação “não foi revificado”.
"A ascenção, mais que um facto narrável é para Boff uma afirmação de fé."
A Ascensão marca a Sua saída da visíbilidade, mas mais importante foi não ter morrido, o facto que designamos por Ressurreição.
Não me parece contudo que sejam esses dois acontecimentos (Ressurreição e Ascensão) afirmações de Fé, antes diria que a sua aceitação por nós (sem termos visto), é que é uma afirmação de Fé.
No recente domingo de Páscoa o Cardeal-Patriarca, disse:
"Cristo que morreu, Deus ressuscitou-O dos mortos e encerra nesse mistério o segredo do Homem e da História".
Mas a Ressureição mostrando que não há senão aparencia de morte (no sentido de fim), dá-nos uma esperança, que mais é uma certeza. e a base do Credo Cristão.
Falou um simples; agora teólogos, Antonius, Tiagos, etc... expliquem.