terça-feira, setembro 16, 2008
Mais da igreja cor-de-rosa.
Desta vez a igreja anglicana faz-nos manchete pelo seu pedido de desculpas a Charles Darwin por reprovar-lhe, em vida, a teoria da evolução. Devia, quanto a mim, rogar-lhe o perdão por não o ordenar pastor após o seu seminário teológico. Porquê?

Assim, o biólogo acidental jamais procuraria nos Galápagos semelhanças entre tentilhões e bananas, de forma a provocar controvérsia face à cosmovisão (então) cristã da abadia de Westminster, causando que esta viesse a proliferar da futura cultura de tablóide que é hoje a britânica - a qualquer custo. Neste sentido, a Church of England é a Carolina Salgado da cristandade, vivendo dum mediatismo escandaloso para tentar justificar uma relevância já incompensável.

O anglicanismo, temo afirmá-lo, cisma aos poucos e hereticamente do cristianismo histórico. A sua atitude neoliberal nem é respeitável pela sociedade laica, que nunca aceitará uma igreja que pretende emergir na pós-modernidade através de não ser-se igreja. Ou, pelo menos, uma que é cristã. Mas amigos, nada de substimar o descrente: ele sabe que o desertor não será mais fiel para o inimigo do que fôra para o exército da casa.

Dessurpreendentemente, é sempre este o fim da igreja-estado. Não foi nada que não sucedera com os reformados holandeses ou os luteranos escandinavos. Metaforizando, estes cunharam a face de Cristo na moeda dum César que ainda a cobrou como sua; concordataram o chicote de Pilatos com as costas chagadas do Messias, e a saliva dos fariseus com o nu crucificado do Nazareno. Por esta e outras razões, também não elogio o catolicismo romano.

O conforto duma influência mundana sobre uma congregação nacional através dum reino terreno mitifica naturalmente um Reino dos Céus prometido por um carpinteiro judeu nascido duma recém-casada prenha de filho alheio ao pai. Envergonha (Romanos 1:16a).

Mas para liberar o poder do cristianismo é imperativa uma grandessíssima falta de vergonha, e a certeza que a maioria será ofendida pelo Evangelho.



'Visto como na sabedoria de Deus o mundo pela sua sabedoria não conheceu a Deus, aprouve a Deus salvar pela loucura da pregação os que crêem. Pois, enquanto os judeus pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria, nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos, mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus. Porque a loucura de Deus é mais sábia que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte que os homens' (I Coríntios 1:21-25).

Nuno Fonseca
posted by @ 10:18 da tarde  
23 Comments:
  • At 18 de setembro de 2008 às 13:01, Blogger Pedro Leal said…

    O facto de haver uma reacção forte já é alguma coisa. Dentro do anglicanismo existe uma corrente evangélica bem agrrada à Palavra. Ainda há poucos meses alguém me contava que tinha estado numa igreja anglicana em Inglaterra e que aí havia reuniões diárias de oração e estudo bíblico, bem mais vivas do que em muitas igrejas evangélicas por cá. Enquanto a Palavra for escutada a "igreja cor-de-rosa" não vai ter a vida fácil.

     
  • At 18 de setembro de 2008 às 16:16, Blogger Nuno Fonseca said…

    Este comentário foi removido pelo autor.

     
  • At 18 de setembro de 2008 às 16:18, Blogger Nuno Fonseca said…

    Boa adenda, Pedro.

    De facto, há anglicanos que não se esqueceram que são cristãos, e cumpriram o dever do santo em se insurgir até violentamente quando a heresia contamina a igreja, como faz o rapaz de cabeleira farta aí do vídeo.

    São sobretudo as congregações da 'low-church' que se mantém evangélicas e - atrevo-me a adiantar mais - reformadas. Também as comunhões estrangeiras além-mar, como as africanas, demonstram rebelia às modices do bispo da Cantuária (sim; escrito com caracter minusculado e tudo). A própria igreja lusitana e o seu trabalho evangelista impressionante no séc XX português foi abortado pela descristianização vinda da 'santa sé' de Lambeth.

    É, no mínimo, interessante reparar como as tendências emancipatórias e secularizantes da ala liberal encontram resistência no povinho - ele mesmo, o subsalariado e abusado. Mas também pode tudo isto culminar numa tragédia história para a comunhão de Westminster, caso um cisma ocorrer eventualmente.

    Para nós (pois julgo-te baptista), é apenas mais um lembrete de que para conciliar Estado e Igreja, tens que deixar de parte o Evangelho e, por último, Cristo.

    Paz.

     
  • At 18 de setembro de 2008 às 17:33, Blogger maria said…

    olá, olá


    mas que aflição a vossa. Qual é o problema de conciliar criação e evolução?
    Há evolucionistas que negam a criação, mas isso já é outra face da discussão. Não pode é a teologia negar os estudos científicos.

    E é muito fácil mas nada seguro medir o grau de cristianismo de cada um ou grupo religioso.

    Isso tem un nome: fundamentalismo. Por mim, dispenso.

     
  • At 18 de setembro de 2008 às 20:20, Blogger Nuno Fonseca said…

    Oi, MC.

    Por acaso é esse o tema do post?

     
  • At 18 de setembro de 2008 às 20:23, Blogger Nuno Fonseca said…

    Já agora, sobre o grau de cristianismo, só conheço estas duas medidas: cristão ou não-cristão. As Escrituras - e não as controvérsias evolucionistas ou criacionistas - definem a graduação.

    Paz.

     
  • At 18 de setembro de 2008 às 21:04, Blogger maria said…

    bom, Nuno

    o papel de embrulho do post é malhares nos anglicanos.

    Creio que o tema da discórdia foi o que sugeri - evolução/criação.

    Quanto ao ser ou não cristão varia muito das medidas de cada um.

    Eu digo que alguém que se afirma cristão e exclui alguém por qualquer motivo, está em falta ao que ordena o Evangelho.

    Para outros é na pureza da doutrina e no legalismo que apoiam as suas razões.

    Eu gosto de uma certa radicalidade de linguagem e convicção bastante nos enunciados de fé, mas nada que tolde a vista e impeça de ver o caminho do outro.

    Agora uma pergunta muito directa: qual o problema no pedido de desculpa dos irmãos anglicanos?

     
  • At 18 de setembro de 2008 às 22:14, Blogger musaranho-coxo said…

    O pedido de desculpas é imbecil porque nem o Darwin inventou nada (o evolucuionuismo é um mito pagão muito antigo) nem sequer é científico. É um mero pressuposto aprioristico sem um único caso de verificação experimental para se aferir o que quer que seja.

    É tão idiota colocarmo-nos a 4 com os mitos científicos, como fazer o mesmo, com os fanatismos evangélicos.
    ...........

    P.S. estive a assistir a uma cerimónia numa igreja anglicana em Londres e fiquei muito bem impressionada.

    O pastor era um bacano e até me passou um livrinho para eu acompanhar os ofícios.

    E nem tinha ido lá para isso mas apenas com a ideia de fotografar umas misulas.

    Só não comunguei porque nunca o fiz e assim parecia coisa folclórica ou turística, sem qualquer verdade.

     
  • At 18 de setembro de 2008 às 22:16, Blogger Nuno Fonseca said…

    Este comentário foi removido pelo autor.

     
  • At 18 de setembro de 2008 às 22:20, Blogger Nuno Fonseca said…

    Cara MC,

    1. Para todo aquele que ler da esquerda para a direita perceberá que o post é dedicado à tentativa lastimosa por parte da igreja anglicana em receber a aprovação do mundo descristianizando-se. Pedidos de desculpa institucionais são, por regra, hipócritas. Lembro que os baptistas, por exemplo, ainda esperam o rogar de perdão sincero pela perseguição religiosa feita por Westminster no séc XVII.

    2. Podes sugerir o debate evolucionismo/criacionismo, mas é off-topic e aqui não o farei. Quanto a mim, não comprometo por agora com nenhuma das duas; em especial quando não são duas. Discutirei ontologia e a realidade lógica dum Criador. Mas não me apanhas a querer fazer depender toda a Palavra dos capítulos iniciais de Génesis que não se sugerem sequer eles mesmos como literias. A etiqueta 'fundamentalista' também não se aplica a mim, pelo menos no sentido politizado que queres aplicar. Tenta 'reformado'.

    3. Tu podes dizer o que entenderes, e eu também, mas a autoridade é a Escritura. E, sim, por amor tens o dever de repreender que vês que anda perdido na fé:

    Mat 18:15 - 'Ora, se teu irmão pecar, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, terás ganho teu irmão'.

    I Co 5:12/13 - 'Pois, que me importa julgar os que estão de fora? Não julgais vós os que estão de dentro? Mas Deus julga os que estão de fora. Tirai esse iníquo do meio de vós'.

    Pro 9:8/9 - 'Não repreendas ao escarnecedor, para que não te odeie; repreende ao sábio, e amar-te-á. Instrui ao sábio, e ele se fará mais, sábio; ensina ao justo, e ele crescerá em entendimento'.

    E, já agora, como o rapaz bem gadelho nos demonstrou na prática:

    1Co 11:19 - 'E até importa que haja entre vós facções, para que os aprovados se tornem manifestos entre vós'.

    4. No cristianismo, por definição, só há um caminho (João 14:6). É Jesus. Todos os outros são opostos, contrários (Lucas 11:23). Em reacção, não devemos mostrar a violência mas também nem mais a negligência, mas o sermos pacientes e mostrarmos compaixão para com o desviado, procurando uma mudança sincera de coração.

    5. À parte do que já disse, é mais um golpe publicitário óbvio, parte da estratégia liberalizante da 'high-church' de certa porção da comunhão anglicana, que prefere silenciar todo o santo gadelhudo que se insurge em favor da Verdade cristão, da autoridade da Palavra - que quando atendemos aos números até representa a maioria dos anglicanos ('low-church').

    Paz.

     
  • At 18 de setembro de 2008 às 22:24, Blogger zazie said…

    Fónix, lá veio o musaranho a roubar-me a identidade.
    .........

    Ainda esta tarde andei num debate no Blasfémias e às vezes nem sei. Quase que dá vontade de torcer pelos criacionistas evangélicos, à custa de tanto ateísmo militante, de tanta ignorância cientóina e de tanta frouxice religiosa, em geral.

    Que diabo, é perfeitamente estúpido achar-se que esta merda deriva de trilobites e que estes se transformaram em dinos e os dinos em pinguins e os pinguins em macacos e os macacos em pretos e os pretos em humanos brancos como nós.

    E, como se não bastasse tanta ficção marada, ainda dizem que estamos a evoluir. Quanto acreditar-se nestas maluqueiras apenas porque são feitas por uns gajos de bata-branca, é coisa que devia dar direito a camisa-de-forças.

    Não sabemos. Pura e simplesmente ninguém sabe como esta treta toda apareceu.
    E não há nada de mais científico em dizer-se que foi primeiro uma molécula do que foram uma série de organismos diferenciados e que não se trata de evolução mas de variações e mudanças.

    Evolução é treta de palavra para dizer que houve selecção natural que levou à criação do mundo.

    Nem sequer os gajos entre eles se entendem e nem sequer o Darwin disse isto. Ficou-se pelos macacos como era hábito desde os tempos mais remotos.

    Agora é tonto é fazer-se da Bíblia um livro de ciências da natureza e andar por lá à procura de coisas que nem eles, com toda a traquitana de técnica laboratorial conseguem.

    E está visto que não é plausível tomá-la à letra porque depois diz-se coisas maluquinhas como aquela de os dinossauros terem ido para a Arca de Noé, mas sós os pequeninos ainda bebés porque os outros podiam não caber lá dentro...

     
  • At 18 de setembro de 2008 às 22:27, Blogger zazie said…

    Quanto à igreja anglicana a que fui, ficava em Paddington, que é uma zona má e é um facto que quem estava na missa eram essencialmente negras. Uma delas bem novita. Brancos só homens e mulheres mais velhos. E aquilo tem malta nova até dizer chega. A polícia que o diga.

     
  • At 18 de setembro de 2008 às 22:28, Blogger Nuno Fonseca said…

    Olha, Zazie, estás a falar do debate em Oeiras?

     
  • At 18 de setembro de 2008 às 22:32, Blogger zazie said…

    Outra coisa. Parem de reduzir o Génesis ao exemplo B´bilico porque o mais importante é que não existiu uma única civilização que não tivesse paterns de génesis com sentidos idênticos ao da Bíblia.

    É mil vezes mais importante esta constante civilizacional e tudo o que nem sabemos a que pode corresponder (por exemplo- o nosso próprio pensamento quando estamos a dormir e a sonhar- coisa que nem se sabe em que consiste- o pensamento humano) do que teimar em fazer da Bíblia o caso único de explicação cosmogónica divina.

    Para a semana a ver se tenho tempo de fazer uns posts acerca desta historia.

    Ninguem sabe nada. Nem sabem a tradição mítica do evolucionismo nem a tradição igualmente mítica do criacionismo.

    Acham que foi tudo inventado no outro dia. Uns por livro, outros por andarem de cu para o ar a comparar ossinhos e fósseis.

     
  • At 18 de setembro de 2008 às 22:37, Blogger zazie said…

    Não Nuno, Não sei o que foi isso. Estava a falar de um debate (foi mais im abate) esta tarde no Blasfémias.

    Eu até fui de novo ao Museu de História Natural porque acho muito curtido tudo isto.
    Agora que tem tanta ficção quanto qualquer lenda medieval, tem.
    E farto-me de rir pela subserviência com que se trata a dita "ciencia" , apenas porque nem se sabe em que consiste.

    O mistério tem sempre esta aura de poder e rende culto, até aos mais ferrenhos ateus ou cientóinos.


    E continuo na minha: pura imbecilidade pedir desculpa de não se achar que os negros estão mais próximos dos macacos nem nunca se ter contribuído para teorias eugenistas por se dizer que o ser humano é apenas uno e todos somos irmãos.

    Pura subseverviência imbecil. Se ha´coisa com péssimos resultados sociais é simplesmente a teoria da selecção dos mais fortes- darwinismo científico e social.

     
  • At 18 de setembro de 2008 às 22:43, Blogger zazie said…

    Claro que o Darwin não se ficou pelos macacos mas para ir mais lone também teve de se lembrar de uma teleologia. Nada de muito diferente da apropiação neo-evangélico-brasuca do "desenho inteligente" da moda

     
  • At 18 de setembro de 2008 às 22:47, Blogger Nuno Fonseca said…

    Olha, Zazie, concordo com a maior parte do que dizes (estranho, no mínimo). Este tipo de debates acabam por servir metanarrativas políticas que a nada servem ora a sociedade naturalista/racional/secular que o mundo ainda espera, ora o espalhar do Evangelho pela humanidade.

    Desagrado-me muito quando escuto literalistas de Génesis a recorrerem a falácias cómicas para defender o que a Palavra não pede que se debata. Mas quanto ao evolucionismo, don't get me started. Digamos que até serviu um austríaco com a mania que era alemão que queria justificar a sua baixa consideração do gene judaico (vindo isto também do síntomas antissemitas de Nietchze). Aos darwinistas peço só que me recitem o segundo subtítulo do libreto dele para os refutar.

    Já agora, a igreja anglicana que foste é obviamente 'low-church' - ou seja, a parte que persiste em ser cristã. Estás, portanto, em boa companhia.

    Paz.

     
  • At 22 de setembro de 2008 às 11:15, Blogger David Cameira said…

    Já cá não vinha há muito tempo mas agora, depois de já me ter passado a 1ª onda do estado de choque, isto e´, dedepopis de já ter ido vomitar...
    Tenho de dizer malditos sejam os pastores gay !
    Mandito seja o ignorante científico que está ai paramentado de bispo !

    " 1Co 11:19 - E até importa que haja entre vós facções, para que os aprovados se tornem manifestos entre vós "

    FAÇAMOS A REVOLUÇÃO FUNDAMENTALISTA
    Sarah Palin for White House !!!

     
  • At 22 de setembro de 2008 às 11:26, Blogger David Cameira said…

    Nuno Fonseca,
    Bom dia irmão e dsc dirigir-me a ti tão frontal e directamente, mas:

    Como não comprendi o queres dizer com o que escreves-te.

    Como também concordo que " a autoridade é a Escritura ".

    Gostava de ter perguntar em que versi´culo da Bíblia é que apoias isto:

    " Mas não me apanhas a querer fazer depender toda a Palavra dos capítulos iniciais de Génesis que não se sugerem sequer eles mesmos como literias.

     
  • At 22 de setembro de 2008 às 23:20, Blogger Nuno Fonseca said…

    Caro David,

    Com o que escrevi quis afirmar exactamente o que leste. A Escritura é a revelação perfeita e infalível de Deus, mas os capítulos iniciais de Génesis somente nos apresentam um Criador e uma Criação por Ele criada, ponto. Se por um lado a(s) teoria(s) da evolução biológica(s) não desmente(m) necessariamente este relato, por outro o(s) criacionismo(s) - cristão(s) ou não, teísta(s) ou agnóstico(s) - também não se apoiam nele. Contentemo-nos com o que Deus nos deu para missionarmos no mundo, para que corações sejam mudados e mentes se transformem conforme o beneplácito do Salvador - mas isto faz-se pelo Evangelho, mais que por se estudar ciências naturais.

    Em todo o caso, David, vislumbrar um universo inteligente a olho nu é mais que suficiente para deixar o incrédulo inescusável (Romanos 1:20). E é bem melhor que hiperliteralismos acéfalos que só ofendem a leitura do cânone, como, por exemplo, a de quem insiste que os 7 dias só podem ser 7 dias, apesar da etimologia do hebreu original demonstrar que 'yam' pode denominar muitos mais que um período de 24 horas, e sentir que isto viola a precisão bíblica ou deve ser base para a defender (já agora: a profecia das 70 semanas traduz-se em 70 semanas?).

    Paz.

    (PS:. Cá entre nós, vê lá o que queres dizer com 'fundamentalismo'. Isso hoje em dia já não é elogio: é um termo culturalmente carregado. E em vez dum revolução, procuremos a reforma da igreja - é a atitude mais protestante)

     
  • At 23 de setembro de 2008 às 10:16, Blogger David Cameira said…

    Caro Nuno,

    Obrigado pela tua resposta mas eu, sinceramente, estou cada vez mais tendente a aceitar o fundamentalisto que tipifica a direita religiosa norte-americana -DAI A INVOCAÇÃO "PROVIDENCIAL" DA SARAH P.- (já sei que este é o único demónio em que a ateista europa acredita....) uma vez que, tal como tu, tendo coemeçado pela esquerda estou cada vez mais desiludido com os frutos da mm e vejo que tudo o q de bom t6em esta ideologia se pode colher tb na abordagem teológica e missiológica da " missão integral ".
    Dsc se sou fraço na fé, e se assim for suporta-me na minha fraqueza por amor de CRISTO, mas - para mim - custa ainda muito a engulir que não haja cristãos criacionistas
    Dai que eu, nesse ponto, descorde do Vinoth que mer parece muito amigo do evolucionismo....
    Posteriormente, tenho a dizer-te que fiquei com a dúvida sobre qual seja a difença entre uma reforma e uma revolução
    Então se for uma " revolução de veludo " ainda mais...
    Mas é isso, primeiro eu e só depois os meus irmãos junto-me ao teu clamor:
    " SENHOR, aviva a tua igreja !"

    Paz / SHALOM ISRAEL! (sim, nós tb somos o Israel de DEUS)

     
  • At 23 de setembro de 2008 às 10:33, Blogger David Cameira said…

    ...já me esquecia...
    Do, ainda que pouco, que sei sobre a teologia bíblica parece-me que citas-te coisas imcomparaáveis.
    Ao passo que as profecias de Daniel, de Mateuis e do Apocalipse são figurativas ( já ouvi um pastor baptista a equivaler metade de uma semana a 3 anos de 365 dias )
    Entendo que os 3 primeiros capítulos do Génesis são História Universdal tal como a História do Século XX. No entanto isso que disses-te é o que tb me ensinaram qd tive introdução ao Antigo Testamento: " a etimologia do hebreu original demonstra que 'yam' pode denominar muitos mais que um período de 24 horas "
    Mas atenção PODE e NÃO DEVE.

     
  • At 24 de setembro de 2008 às 11:22, Blogger Nuno Fonseca said…

    Caro David, por partes:

    1- Não aconselho a praticar teologia por reacção às tendências mundanas. Deixa que o Espírito Santo, por meio da Escritura, sob discernimento e contrição, te edifique na fé, e defina o que crês - não os vícios da actualidade e seus agentes.

    2- Não há cristão que não seja criacionista, como não há ateu que não se diga naturalista (no sentido epistomológico). A questão é mais: de que criacionismo falamos? Qualquer que seja a formulação, isto tanto devemos concordar: Deus criou o universo para Sua glória e nEle manifesta o Seu decreto. Quem disto discorda, não é cristão de todo.

    3- Falava de reforma no sentido histórico - a reforma dos reformadores, que criam na reformação da igreja primitiva, seus credos e confissões. Digo reforma no sentido de devolver a forma que Jesus deu à Sua igreja, reformando as mentes e corações dos homens sob a Palavra. Distanciámo-nos da teologia de Lutero, Calvino, Huss, Edwards, Owen, Spurgeon, e devemos reconsiderá-los.

    4- David, leituras literalistas não são hermeneuticamente nem exegeticamente fiéis. Primeiro tens que avaliar pelo todo do texto, qual o modo discursivo e qual a função de linguagem. É certo que o livro de Génesis é sobre a história e pré-história universais, mas também sabes que ele nos chega subdividido, e até se contempla uma autoria conjunta do texto, por escritores diversos (derivado de estilos diferentes, achados nas suas narrativas). O estudo da etimologia é muito importante também. Permite-nos, entre outras coisas, que não contariam 7 dias literais quando nem Terra existia com órbitas de 24 horas antes do universo ser criado, e que Eva não engravidou de Adão por este vir a conhecê-la no sentido aparentemente literal do verbo - ou seja: não a empregnou ao saber que ela existia.

    Paz.

     
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