Na sequência inesperada do poste anterior, "descobri" que há quem não goste de discôrdia entre irmãos e ainda se dá ao trabalho de nos criticar por sermos honestos e transparentes no nosso diálogo em relação às diferenças de perspectiva. A isto só posso responder de duas formas.
Ou: Não sejas ingénuo. (okay, talvez isto seja um bocado forte)
Ou: Lê a bíblia, meu! Está replete de crentes que estavam a pecar, a fazer asneira ou a pedir desculpas pelo que tinham feito. (mas isto também não dá uma resposta completa à crítica.)
Não estou a fazer apologética do tipo, "pequemos que a graça abunda". Antes pelo contrário, o poste original, como indicado a partir do título, visava incutir uma atitude de reconciliação. Quer a sério que satírico acho contra- produtivo o comentário do MCA e toda crítica que numa fita hipercrítica tenta enterrar as dificuldades que existem. Negação do problema não faz com que ele se vá embora. Podemos andar à porrada ou à parada (segundo o video do Jósé) mas somos sempre irmãos e denigrir a nossa transparência que, de facto, providencia a possibilidade de dialogo é uma asneira ridícula e impudica.
Um bocadinho de pano de fundo: A tigre mãe "perdeu" a sua ninhada por motivos desconhecidos e ficou "desconsolada." A solução que os tratadores arranjaram era vestir os porquinhos na pele de tigre (para que não cheirassem a jantar?) e pôr os mesmos amamentar-se da tigre. Obviamente, resultou. A mãe ficou feliz com os filhos adoptivos e eles também aceitaram a sua mãe. Ora, e se a situação fosse ao contrário? Ou seja, se os bebés eram tigres a a mãe uma porca? Terá o mesmo resultado? Julgo que sim dados os casos em que uma mãe em substituição é sempre mãe.
E por fim, interrogo-me... quais eram as condições necessárias para a gente se dar bem? Os casos em que vejo a igreja a viver assim, são sempre casos de perseguição. Daí, não sei se devo dar graças por não haver estas condições ou, de facto, se não era melhor vivermos todos um bocado mais a perseguição. Pois, a experiência do deserto teve um bom resultado para os Israelitas. Entre as duas opções, não sei escolher. -Scott |
Ah, tigreza! :)
1. Bem, afirmarções do género “se não fossemos cristãos seria pior” são historicamente problemáticas: temos de convir que a tolerância foi introduzida na Europa por deístas, agnósticos e ateus, mais do que pelas igrejas de nossas senhorias. Que a abertura da agapê (christian love, baby) extravasa essa chã palavra (tolerance, baby) é um dado religioso e teológico que não anula o problema, antes o agudiza.
2. Evidentemente que discordâncias autenticamente assumidas, debatidas e vividas são mais sãs (isto é, santas;) do que melífluas e tíbias concordâncias.
3. Eu cá blogosto da Zazie ;) frisando que digo isto extra-trento, pois não sei muito bem o que se passou ou não passou, e suspeito que nem estou muito interessado no assunto.
abraços
PS: Oh Scott, mas que raio de intervenção iniciaste… Já não há respeito pela lei natural… A tigreza DEVERIA comer os porquídeos, bolas, que perversão… :) :)
PS 2: Senhorias trentinas da original guarda e que se exilaram: vá lá, carago, toca a voltar para a assembleia…;)