segunda-feira, março 10, 2008
Deus é Deus de todos os homens, mas nem todos os homens são os seus, senão aqueles que muito intimamente ama e estima. (...)
Do mesmo modo todos os homens são de Deus, mas Deus não é seu de todos, senão daqueles que subidos ao supremo grau do amor e da união são já possuidores nesta vida do mesmo Deus. Tal era Xavier (...)

Vieira, Sermão Gratulatório a S. Francisco Xavier (p.125)
cbs
posted by @ 11:57 da manhã  
6 Comments:
  • At 10 de março de 2008 às 12:52, Blogger Nuno Fonseca said…

    Excelente inversão barroca, esteticamente.

    Mas tenho problemas com esse 'supremo grau'.

    Deus não é maçom, nem tem elites: conceito muito difícil para uma era de absolutismo e inquisição.

    Paz.

     
  • At 10 de março de 2008 às 12:56, Blogger Vítor Mácula said…

    Bom dia, cbs.

    Pois, esse é o problema da união: se é amorosa no sentido da abertura ao ser outrém; ou se é fechada no sentido de configurar outrém ao próprio.

    Um abraço

     
  • At 10 de março de 2008 às 13:28, Blogger vovó said…

    Este comentário foi removido pelo autor.

     
  • At 10 de março de 2008 às 13:30, Blogger samuel said…

    "Os animais são todos iguais, mas uns são mais iguais que outros..."

     
  • At 10 de março de 2008 às 14:30, Blogger cbs said…

    Bom dia meus amigos
    É por estas "inversões barrocas" como diz o Nuno, que eu gramo à brava o padre Vieira, lol

    Nuninho, filho, acaso os graus são exclusivo dos pedreiros?

    Pois sim Vitor, em se tratando do Deus Cristão, parece-me que a união só pode ser amorosa. Por definição.

    Samuel, se um homem se abre completamente a Deus, como terá feito o Xavier, já não é ele que age, mas o próprio Deus; passa a ser mero "instrumento" da Graça, e assim não há uns nem outros, há apenas Deus... quando O aceitamos a agir em nós. Parece-me ser esse o sentido que lhe dá o padre...

     
  • At 10 de março de 2008 às 17:41, Blogger Vítor Mácula said…

    pois talvez, cbs

    resta agora definir "amor", na medida do possível, assim como aferir da relação entre representações e definições e suas próprias efectivações, pressupostos e decorrências práticas.

    "abertura" também não será líquido.

    e as concatenações deste granel.

    e tantas outras coisas que a não serem, fariam com que não houvesse protestantismo e Concílio de Trento, nem ecumenismo (que é outra forma dos mesmos).

    digo eu que me quero mel(ga;)

     
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