quinta-feira, janeiro 18, 2007
20 boas e verdadeiras razões para se votar sim no referendo do aborto
Porque é de esquerda
Porque é um direito a mais que conquistamos
Porque é um dever a menos que suportamos
Porque os países civilizados tem
Porque é sinal de modernidade
Porque a Igreja é contra
Porque é mais uma causa
Porque é o principal problema deste país
Porque assim está-se mais à vontade
Porque assim controlo melhor o meu destino
Porque a barriga é minha e só lá está quem eu deixo
Porque já andamos nisto há uma porrada de tempo
Porque eu choro e os fetos não choram
Porque até fica bem no currículo
Porque me convém
Porque é mainstream
Porque é mais um passo
Porque eu quero
Porque eles não querem
Porque sim

José, dixit
posted by @ 12:30 da tarde  
47 Comments:
  • At 18 de janeiro de 2007 às 12:41, Anonymous Anónimo said…

    21º - Porque é da direita moderna (neo-liberal): 47% dos eleitores do PP votam Sim.

     
  • At 18 de janeiro de 2007 às 12:46, Anonymous Anónimo said…

    tens razão, pá. o que escrevi, escrevi-o há 3 anos. desde então a coisa piorou, à esquerda e à direita.

     
  • At 18 de janeiro de 2007 às 13:27, Blogger David Cameira said…

    Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

     
  • At 18 de janeiro de 2007 às 13:30, Blogger David Cameira said…

    Gostaria de compartilhar com todos os leitores e perticipantesdeste blog um coro que eu gostaria de ver tornar-se o lema do NÃO AO ABORTO

    O SENHOR MARCHANDO ESTÁ

    O SENHOR marchando está e vem com o Seu exército,
    Sua glória será vista em toda a terra.
    Sim cantai a Sua vitória exaltai Aquele que venceu,
    Nada contra nós poderá prosperar.

    Pois o nosso capitão é JESUS,
    Seguimos as Suas pisadas,
    Nada!
    nos poderá fazer parar!

    Nós marchamos com o Messias,
    a vitória está em Suas mãos,
    Marchemos possuindo a nossa terra!

    O SENHOR marchando está e vem com o Seu exército,
    Sua glória será vista em toda a Terra!
    Sim cantai a Sua vitória exaltai Aquele que venceu,
    Nada contra nós poderá prosperar.

    Pois o nosso capitão é JESUS,
    Seguimos as suas pisadas,
    Nada!
    nos poderá fazer parar!

     
  • At 18 de janeiro de 2007 às 13:40, Blogger David Cameira said…

    Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

     
  • At 18 de janeiro de 2007 às 13:43, Blogger David Cameira said…

    Pq cada vez e mais preciso falar VERDADE aqui vos deixo um artigo encontrado no blog de de Claudio Anaia ( DEUS abençoe a JS e o PS que são PRO LIFE e contra o aborto)
    Vai tb um link para o caso de quererem aprofundar os conhecimentos:

    http://www.relances.blogspot.com/

    Segue o artigo, na integra:

    Vejamos os argumentos do Sim:

    1º O problema do aborto clandestino em Portugal é dramático .
    Ninguém o nega, mas esse drama é usado demagogicamente por aqueles que querem liberalizá-lo
    sem esclarecer muitos aspectos:
    Esses abortos clandestinos são feitos em situações que a despenalização até às dez semanas iria evitar?
    Quantos abortos clandestinos são realizados depois das dez semanas?
    Quantos abortos clandestinos poderiam, na verdade, ter sido praticados no actual quadro legal?
    As mulheres recorrem ao aborto clandestino porque ele é proibido ou porque têm medo de perder o anonimato
    se forem ao hospital?
    Será que as campanhas pró-liberalização não têm contribuido para criar um clima de medo
    que leva as mulheres a evitar o hospital em situações em que o aborto seria autorizado?

    2º A nossa lei é a mais restritiva da Europa .
    É mentira. É uma mentira descarada e desonesta.
    Quem argumenta isso, aproveita-se do facto de a maioria das pessoas não procurar informar-se sobre o assunto.
    A lei portuguesa é tão restritiva como a espanhola. É absolutamente igual.
    Porque é que em Espanha se fazem abortos a pedido? Por duas razões:
    A primeira é que em Espanha se criaram clínicas especializadas em abortos
    que têm equipas médicas multi-disciplinares destinadas, apenas,
    a assegurar que todos os casos previstos na lei se "encaixam" nos casos pedidos:
    à falta de melhor, a razão de carácter psicológico serve para tudo e é fácil de encobrir porque,
    eliminada a causa - a gravidez - é impossível averiguar a sua veracidade.
    Essas clínicas não rejeitam nenhum pedido (ou rejeitam o mínimo possível) porque vivem,
    precisamente, de fazer abortos.
    Mas há outra razão: as portuguesas que recorrem a essas clínicas são, para todos os efeitos, estrangeiras.
    Um aborto realizado - ainda que fora do quadro legal espanhol
    - a uma estrangeira é virtualmente impossível de controlar .
    A estrangeira chega, no mesmo dia é observada, é passada a respectiva prescrição, é realizado o aborto,
    a estrangeira vai-se embora. Depois de passar a fronteira quem é que a vai procurar?...
    Fácil, não é? Ninguém se lembrou de fazer o mesmo do lado de cá para as espanholas abortarem
    fora do quadro legal deles...

    3º O que se pretende é despenalizar e não liberalizar .
    Outra mentira desonesta. Querem enganar quem? «Não é de graça, é mas é de borla?»
    ... Se a pergunta diz, claramente «a pedido da mulher» isso significa que a mulher chega ao hospital ou à clínica,
    pede para fazer um aborto, fazem-lhe a ecografia para determinar o tempo de gestação e aborta. Mais nada.
    É aborto a pedido. Livre. Sem mais perguntas. Em estados de direito, tudo o que não é proibido é permitido.
    Portanto, se até às dez semanas o aborto não for proibido, passa a ser permitido. Isso é liberalizar.
    Tudo o resto são jogos de palavras.

    4º Uma mudança na lei acabará - ou reduzirá drasticamente - os abortos clandestinos .
    Não é possível saber. Era necessário saber qual o tempo de gestação médio dos abortos clandestinos
    para poder afirmar isso com segurança. Para além das dez semanas continuará a haver abortos clandestinos
    a menos que, mais dia, menos dia, queiram alargar o prazo para dez, doze, dezasseis...
    até que nenhum aborto seja clandestino, mesmo aos oito meses. Convençamo-nos:
    vai continuar a haver mulheres a recorrer ao aborto, faça-se o que se fizer .

    5º Nenhuma mulher realiza um aborto de ânimo leve .
    Isso não é, sequer, argumento. Há mulheres que espancam e matam os filhos e atiram bébés a lixeiras.

    Quanto ao argumento do direito ao corpo, por exemplo, nem vou perder tempo com ele.
    Esta carta não se destina a quem acha que isso é argumento.

    Resumindo e concluíndo, esta carta é um apelo às pessoas que pensam, que se preocupam
    com o seu semelhante mas que não se deixam levar por lamechices .
    Porque, convenhamos, há argumentos lamechas dos dois lados: desde as pobres "mártires"
    que abortam no vão de escada ao famoso e infeliz «Zézinho», tudo isso é areia para os olhos
    e só serve para desviar o assunto do essencial:
    liberalizar o aborto significa banalizá-lo e torná-lo um substituto da contracepção,
    uma forma de controlo de natalidade.

    Se o "Sim" ganhar, o aborto clandestino não vai acabar, a penalização do aborto,
    a partir das dez semanas, vai continuar e continuará a haver julgamentos de mulheres .
    Por outro lado, a sociedade vai descansar sobre o assunto, as consciências vão ficar mais tranquilas
    e questões como a sexualidade responsável, a contracepção e a educação sexual vão passar para último plano
    da agenda política. Ao mesmo tempo, todo um conjunto de problemas se vão acumular aos que já existem:
    aspectos logísticos relacionados com os serviços públicos de saúde, listas de espera, etc.

    Se o "Não" ganhar, ainda é possível fazer alguma coisa para diminuir o aborto clandestino .
    Campanhas de informação que expliquem às mulheres que não tenham medo de recorrer ao hospital
    ou ao seu médico de família e colocar o seu problema: há muitas situações em que o aborto pode ser realizado
    legalmente, designadamente aquelas relacionadas com aspectos psicológicos, que a actual Lei prevê.
    As mulheres que recorrem ao aborto por desespero (e há situações terríveis que nem gosto de imaginar)
    terão a ajuda do médico e, se for justificável, o aborto será realizado dentro da lei.
    As mulheres que recorrem ao aborto levianamente (também as há) continuarão a ser impedidas legalmente de o fazer.
    Qual é o problema?

    Pense bem antes de pôr o "Sim" no dia do referendo. O "Sim" é irreversível .
    Ninguém vai pedir outro referendo, daqui a oito anos, se ganhar o "Sim".

    O "Sim" acaba com a discussão.

    O "Não", bom... pela mesma lógica, o "Não" também deveria ser irreversível. Mas, principalmente,

    o "Não" é um incentivo a que se procurem outras soluções, mais dignas e mais humanas .

    O "Não" é um sinal de que os portugueses não se demitem das suas responsabilidades.

    O "Não" é um sinal claro de que queremos uma sociedade melhor, de que escolhemos o certo em detrimento do fácil.

    O "Não" não é uma condenação a mulheres desesperadas.

    É uma mensagem de esperança em que é possível fazer melhor do isto.

    É possível resolver os problemas em vez de os ignorar e atirar o lixo para baixo do tapete.

    Vote em consciência e com informação.
    Se votar "Sim", tenha a consciência de que não está a ajudar ninguém, nem a evitar problemas a ninguém,
    nem a salvar a vida de ninguém.
    Está a poupar, isso sim, muitas dores de cabeça aos políticos e a ajudar o negócio das clínicas de aborto "a granel".

    Se votar "Não" tenha consciência de que não estará a mandar mais mulheres
    para a prisão nem a condenar ninguém à morte.
    Estará, isso sim, a evitar a banalização do aborto e a contribuir para encontrar soluções.

    Vote em consciência. Eu vou votar "Não" e tenho a consciência muito tranquila.

    Maria Clara Assunção

     
  • At 18 de janeiro de 2007 às 19:10, Blogger josé said…

    coisa extraordinária: aparece isto em
    http://www.euvotosim.org/aggregator/categories/3

    pelos vistos, eu tinha mesmo razão...

     
  • At 18 de janeiro de 2007 às 20:46, Blogger zazie said…

    José:

    Em termos de argumentos e alguma mudança de "paradigma social", a grande novidade é este enlace entre o egoísmo do Eu liberal (para homem e para mulher) com o egoísmo por delegação em dádiva à "liberdade da mulher" da esquerda.

    Não tenho presente se este casamento de utópicos utilitários já existia aquando do outro referendo.

    Os argumentos pragmáticos e neo-realistas são cada vez menores (tenho dúvidas se até não existem muito mais dramas por ai). Mas a coisa tende toda para a classe média em ascenção de se libertar de responsabilidades.

    Essa palavra é que qualquer dia passou a tabu. Lixado, dizer-se que se deve ser responsável.
    Agora anda para aí a ideia que o livre arbítrio até coloca em paridade um acto correcto com um errado. Ou em paridade a "opção", a posteriori, pela vida ou pelo seu impedimento.


    É um "livre-arbítrio" muito confortável...

     
  • At 18 de janeiro de 2007 às 20:49, Blogger zazie said…

    Queria dizer: muito reciclável. Dá para tudo e o seu oposto.

     
  • At 18 de janeiro de 2007 às 23:45, Anonymous Anónimo said…

    Têm razão: a esquerda vota sim, a direita vai a Espanha...

    [comentário demagógico, na linha da intervenção fraterna do CC]

     
  • At 18 de janeiro de 2007 às 23:46, Anonymous Anónimo said…

    [E só mais esta, na mesma linha: o Cláudio Anaia tornado profeta do não diz bem do argumentário do não.]

     
  • At 19 de janeiro de 2007 às 00:42, Anonymous Anónimo said…

    David Cameira, cá para mim que sou leiga e ando (MUITO) confusa a respeito desse tema, a responsabilidade não é dos portugueses, assim de forma tão geral. Quem tem responsabilidades a assumir é principalmente o governo, é a ele que compete investir, incentivar, apoiar... etc. E a nós é que nos passam a batata quente. Quer eu vote sim, quer eu vote não, a minha consciência vai doer. E se votar sim e não, o voto é nulo. E eu não sou de esquerda nem de direita. Eu estou desalinhada.

     
  • At 19 de janeiro de 2007 às 01:36, Anonymous Anónimo said…

    Mesmo demagogicamente [parte III], só tens razão em parte, Miguel. Há alguma Esquerda que é pelo NÃO (e não estou apenas a referir-me ao novo regime sandinista ou ao camarada Hugo Chávez), como esteu teu amigo.

    E no lado da Direita pelo SIM tens 47%do PP, a maioria do PSD e a grande maioria do PS.

     
  • At 19 de janeiro de 2007 às 02:13, Anonymous Anónimo said…

    O PS não é de direita. [O PCP é mais conservador nalgumas coisas que o PS. O PCP governou até há pouco na Câmara do Porto com o PSD...] E há esquerda que vota não e sim, como há direita. Esta questão não é religiosa, nem política. É social.

     
  • At 19 de janeiro de 2007 às 03:17, Anonymous Anónimo said…

    Amigo Miguel,
    confundes Direita/Esquerda com Conservadorismo/"Progressismo". Não é a mesma coisa. Eu sou de Esquerda e conservador. O PCP é de Esquerda e algo conservador. Os Blasfémias (como todos os neo-liberais) são de Direita e muito Progressistas.
    O PS é progressista (no mau sentido da palavra), mas hoje em dia não é de Esquerda. Não seja mais papista que o Papa, caramba!

    Mas tens razão. Esta é uma questão social. E jurídica (é de uma lei que se trata).

     
  • At 19 de janeiro de 2007 às 03:48, Anonymous Anónimo said…

    Corrijo: esta é uma questão social, sim. Mas também é religosa e política. Nem pode deixar de o ser. E é jurídica (é de uma lei que se trata).

     
  • At 19 de janeiro de 2007 às 04:12, Anonymous Anónimo said…

    há quem a queira tornar religiosa. não é. é social e, sim, jurídica. das leis para todos, não de alguns. já o disse: há diferenças entre consenso moral e imposição moral. e política só é, por via do processo legislativo estar entregue a políticos na Assembleia da República, que abdicaram de decidir. [o PS é de esquerda, lá porque a tua esquerda não gosta não tenho culpa. verdade seja reconhecida: o único ministro de direita é o da Saúde. que é pelo aborto. e o conservadorismo é atávico, nada próprio das esquerdas, está na História.]

     
  • At 20 de janeiro de 2007 às 09:00, Blogger timshel said…

    as leis não devem respeitar a vida?

     
  • At 20 de janeiro de 2007 às 13:40, Blogger zazie said…

    Miguel:

    Experimenta uma coisa- tira essas palavras a mais: as "esquerdas", o "atávico", o "conservadorismo", etc, e refaz a frase.

    Vais ver que fica tudo muito mais objectivo e esbarras com a pergunta, incontornável, do Tim.

    É um excelente exercício. Retirar todas as etiquetas e pensar as questões.

    Caso contrário existe o problema contrário: nem se enxergam as questões porque são vistas à luz das etiquetas

     
  • At 20 de janeiro de 2007 às 14:45, Blogger David Cameira said…

    " Dulce said…

    David Cameira, cá para mim que sou leiga e ando (MUITO) confusa a respeito desse tema, a responsabilidade não é dos portugueses, assim de forma tão geral. Quem tem responsabilidades a assumir é principalmente o governo, é a ele que compete investir, incentivar, apoiar... etc. E a nós é que nos passam a batata quente. "

    Dulce,

    Acredites ou não eu não podia estar mais de acordo contgo, por isso até transrevi para o meu proprio commet ( pedindo-te que me permias fazer minhas as tuas palavras )este excerto, e isto para não pespegar aqui como todo ele....

    É vergonhoso o q o PS está a fazer e é b bvegonhso que o PSD tenha embarcado nesta asneirola do referendo...
    Então somos tao probrezinhos, tao sempre a pedir sacrificios ( por sinal sempre aos mesmos )e agora estouram-se milhoes, com isto.....

    E A MAIOERIA ABSOLUTA DO P. S. SERVE PARA QUE ??? ELES NÃO QUEREM SUHAR AS MAOS COM O SANGUE DOS INOCENTES E POR ISSO VIERAM LAVAR AS MAOS COMO PILATOS... bem mas eu é q nao quero ser agua de lavagem de tao tragica " sujadela "

    Entao e um referendo aos ordenados dos deputados e dos ministros e dos gestores publicos e do governador do banco de portugal...., para qd ????

    SHAME ON YOU, SHAME ON YOU PORTUGUESE GOVERMENT

    Agora, ja q o governo se demiti de ser governo, neste caso particular, vamos dar-lhe " uma coça " para nao julgarem q é tudo favas contadas

     
  • At 20 de janeiro de 2007 às 20:03, Anonymous Anónimo said…

    as etiquetas estão no texto do post, Zazie, e nos comentários de outros; não estão só nos meus. e se tirar estas etiquetas, como lhes chamas, que para mim não o são, sou confrontado com a pergunta do Tim: e devolvo a pergunta, as leis devem desrespeitar as vidas das mães e dos pais?

     
  • At 20 de janeiro de 2007 às 20:18, Blogger zazie said…

    Não, Miguel: as etiquetas por vezes existem para arrumar em locais de Bem e de Mal quando isso não existe.

    O conceito de conservador, por ex. Não é algo negativo nem idêntico a reaccionário. Quanto a esquerdas e direitas passo.

    No caso das leis que existem há séculos e que não vão deixar de existir à custa deste referendo, apenas posso perguntar-te onde está a diferença.

    Se fica igual e passa a condenar, com a mesma pena, depois de 10 semanas, existe para desrespeitar pais e mães?

    E, nem vale a pena ir muito mais longe. Bastava perguntar-te se a mesma lei, num artigo anterior, o 139, não existe também para respeitar as mães.

    Caso contrário, o respeito pelo direito à maternidade era idêntico à falta de respeito por ele.

    Nem precisei de meter o tal terceiro elemento que é o filho.

    Se o introduzisse, fazia-te de novo a pergunta: a partir das 10 a lei continua apenas a tratar da forma de contraceptivos que o pais e mães, já depois de existir gravidez, são livres de usar?

    Até quando? até ao nascimento?
    Porquê?

    Tudo isto fica mais simples se dissermos que é um caso de limbo em que nem a lei se cumpre nem tudo se legaliza.

    Ficará intermédio. E ficamos é sem saber porquê? para quê, com finalidade e porque tem de ser assim.

    Podiam existir muitas outras variantes.

    E nada disto tem a ver com tirar liberdades a pais e mães.

    A menos que se considere que se é pai e mãe para o não ser.
    Foste até a primeira pessoa que falou em pais e mães; costuma-se falar em homens e mulheres e gravidezes indesejadas já no activo.

     
  • At 20 de janeiro de 2007 às 20:20, Blogger zazie said…

    era idêntico à falta de respeito por ela (a maternidade) poderia ficar sujeita a aprovação do parceiro.

     
  • At 20 de janeiro de 2007 às 20:28, Blogger zazie said…

    É claro que no post se brincou com essa reivindicações ideológicas.

    E também começa a ser bem claro que a ideia do utilitarismo liberal dá bem as mãos com as causas das conquistas de liberdades de género ou de egoísmos que facilitem a vida.

    Este úlitmo blogue do SIM não podia ser mais exemplificativo desse sintoma.

    Está lá tudo. Não está lá nada ao acaso, e tudo tem contactos e denominadores comuns.
    Dei-lhe aquele nome um tanto abstruso no Cocanha. Mas olha que ninguém é capaz de me dizer que eu é que forçei a nota.

    Um pouco mais por neo-liberalismo; um pouco mais por causa alternativa de conquistas e liberdades de "opção"; um pouco mais por jacobinismo iluminado, tudo com muito ateísmo científico no fundo; e sempre muito progressista.

    Tens dúvidas que é por aqui que caminham os tais direitos em que a lei é usada para mudar muita coisa?

     
  • At 20 de janeiro de 2007 às 20:37, Blogger Pedro Leal said…

    as etiquetas para o Mal foram postas pelos defensores do não: os do sim são assassinos, atacam a vida (qual vida?), ateus, excomungados, um sem fim de nomes...

    devo ser burro, não percebo as etiquetas a esse novo blogue. é de mim. mas também não percebo o que votas, se devem as mulheres ser penalizadas ou despenalizadas? é isto que se vota. sim, até às 10 semanas, depois impõe-se um limite, não se quer a liberalização do aborto como defende o não.

    agora: não quero convencer ninguém, não "evangelizo" pela imposição, quanto mais num referendo! o não quer evangelizar, evangelize. eu, por mim, prefiro a liberdade de consciência (és a favor ou não?), deve a mulher ser presa pela sua consciência ou não? eu acho que não. nem a mãe nem o pai, sim, serão mães e pais mesmo que sofram uma pena física e psíquica, se o não ganhar.

     
  • At 20 de janeiro de 2007 às 20:38, Blogger Pedro Leal said…

    [o último comentário é meu, Miguel Marujo]

     
  • At 20 de janeiro de 2007 às 20:50, Blogger zazie said…

    Miguel: desculpa mas não vou ter tempo de repetir agora aqui as dezenas de comentários que tenho deixado por todo o lado. Vai ao Quase em Português, ao Timshel; ao Razões do Não, ao Blasfémias (no úlitmo post do João Miranda até fiz uma síntese agora mesmo) etc. etc.

    Como nada disto tudo é a preto e branco e, tirando as questões de valores que só podem estar (por natureza intrínseca) do lado do NÃO, restam as pragmáticas.

    Se a lei que não funciona nem está a funcionar há décadas, está a causar maior prejuízo que aquilo que devia para dissuadir o aborto ou não.
    Se a alternativa de irmos votar uma alínea de uma lei desactivada que depois terá de ser novamente feita, trará mais benefícios que prejuízos.

    Para quê, para quem, porquê.

    E, principalmente, porque motivo, com que razão temos de partir de um absoluto que não havia nem existe outra alernativa ao que é proposto no referendo.

    Fica a pergunta mais geral :deverão as populações e as suas tradições andar a reboque de referendos de alíneas do código penal?

    Com isto estão a fazer lei de forma directa? Vão pronunciar-se sobre o aborto?

     
  • At 20 de janeiro de 2007 às 20:58, Blogger zazie said…

    Porque: não te esqueças. É uma alínea de uma lei feita para dissuadir o aborto, penalizando a sua prática. Ou ameaçando que a pode penalizar.

    Se mudar, continua a manter-se uma lei para penalizar a prática do aborto. Desactivada ou não.

    A questão legal fica-se por aqui.

    O resto é apresentado como uma generalização a toda a população feminina do aborto como cuidado de saúde, em prazo estabelecido.

    Não existe qualquer cláusula que tenha aparecido a mostrar que vai ser para problemas dramáticos de miséria e de consequências dela. Nem sequer se pensou nessa possibilidade que existe noutros países.
    Salta-se do 8 para o 80.

    Pergunto: porquê? para quê? com base em que pensamento sobre o controle da socieade? Com base em que projecto pragmático de acertar erros na sociedade?

     
  • At 21 de janeiro de 2007 às 13:39, Anonymous Anónimo said…

    Discordo: Como nada disto tudo é a preto e branco e, tirando as questões de valores que só podem estar (por natureza intrínseca) do lado do NÃO, restam as pragmáticas. E contraponho: Como nada disto tudo é a preto e branco e, tirando as questões de valores que só podem estar (por natureza intrínseca) do lado do SIM, restam as pragmáticas.

     
  • At 21 de janeiro de 2007 às 13:58, Blogger zazie said…

    Miguel:

    Quanto às questões éticas é uma verdade absoluta: o SIM não pode ter nenhuma. Mas já é tarde para se perder tempo com isso.

    Quanto às prgamáticas, estivemos a falar nisso aqui.

    http://www.haloscan.com/comments/arqlutz/949364459608497316/

     
  • At 21 de janeiro de 2007 às 14:06, Blogger zazie said…

    No SIM o que tu tens são perdas de valores a quererem justificar-se à custa de argumentos moralistas reactivos.

    A única coisa que, em termos éticos o SIM diz é que a ética do NÂO é hipócrita. Mais nada. Isto não é nenhum pressuposto de valor ético que justifique a posição. É um argumento demagógico e moralista, nada pragmático e apenas para distrair.

    As razões práticas precisavam de propostas equilibradas. Tens aí um bom motivo- no aborto por razões de miséria que outros países ainda introduziram.
    A nossa proposta é uma treta megalómana.
    É mera propaganda à "choque tecnológico":

    "Vai ser agora, sem se ter feito nada para colmatar degradações sociais e educações sexuais, que o nosso povo vai evitar que uma lei inactiva funcione.
    Porque ela vai continuar a não funcionar, mas está lá para dissuadir o aborto.

    Nos entretantos, o bom povo português também já tem a promessa do nosso timoneiro que, por causa dessa maldita lei inactiva, vai passar a ter um SNS verdadeiramente europeu".

    Pois... a mim é que não me engrominam.

     
  • At 21 de janeiro de 2007 às 14:13, Blogger zazie said…

    E, não deixa de ser outro paradoxo que pouca gente fala, termos um referendo com um governo a fazer propaganda por um lado do voto.

    Quer-se dizer... um referendo é uma consulta ao povo, do ponto de vista da sua consciência, acerca de um assunto, supra estatal, supra governamental, relativo à Pátria e à sociedade, em que pode não existir consenso.

    Então, o mais que um governo devia fazer era ficar quieto. Andar para aí a propagandear o SIM é uma fraude.

    Só o posso ler de outra forma.

    Nós não vamos nada votar num referendo oferecido pelo Estado, porque o nosso Governo nos está a pedir para ajudarmos a justificar uma mudança social- uma ruptura enorme, sem passos intermédios. E está a fazê-lo com demagogias e mentiras, com total irrresponsabilidade, à custa de uma das maiores vergonhas que atesta o nosso atraso: o Serviço Nacional de Saúde.

     
  • At 21 de janeiro de 2007 às 14:14, Blogger zazie said…

    Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

     
  • At 21 de janeiro de 2007 às 14:16, Blogger zazie said…

    Nem por isso tenho voto reactivo nesta questão.

    Mas acredita que o hei-de ter para eles...

     
  • At 21 de janeiro de 2007 às 14:20, Blogger zazie said…

    Já agora, Miguel: eu por acaso justifiquei os meus argumentos. Em relação ao SIM não poder ter qualquer razão ética e esta apenas poder estar do lado do NÃO. podes ir também ao Quase em Português e seguires os debates que por lá houve.

    Mormente logo no primeiro a propósito daquele poste da Lida Insana.
    E segui-se por aí.

    Não li os teus argumentos éticos do SIM, foi apenas isso que queria dizer. Se foi noutro lado, não estou a par.

     
  • At 21 de janeiro de 2007 às 19:39, Anonymous Anónimo said…

    Cara Zazie: os meus argumentos éticos, escuso de me repetir também, como tu (e não me digas que não tem nada a ver com ética) estão num texto a cinco publicado aqui, o qual não gostaste, e nos comentários todos que aqui deixei, em todos os posts e mais alguns textos meus ao longo de anos na Cibertúlia. Não me digas que não têm argumentos éticos, se não acho que não valerá a pena avançar mais.

    Mais argumentos éticos, que não são certamente pelo não: hoje, no texto de Anselmo Borges, padre e professor de Filosofia, só por causa das tosses, no Diário de Notícias. Cito para evitar que se percam:

    «Numa questão tão delicada, com a vida e a morte em jogo, não se pretende que haja vencedores nem vencidos, mas um diálogo argumentado, para lá da paixão e mesmo da simples compaixão. Ficam alguns pontos para reflectir.

    1. O aborto é objectivamente um mal moral grave. Aliás, ninguém é a favor do aborto em si, pois é sempre um drama.

    2. A vida é um bem fundamental, mas não é um bem absoluto e incondicionado. Se o fosse, como justificar, por exemplo, o martírio voluntário e a morte em legítima defesa?

    3. Para o aparecimento de um novo ser humano, não há "o instante" da fecundação, que é processual e demora várias horas.

    A gestação é um processo contínuo até ao nascimento. Há, no entanto, alguns "marcos" que não devem ser ignorados. É precisamente o seu conhecimento que leva à distinção entre vida, vida humana e pessoa humana. O blastocisto, por exemplo, é humano, vida e vida humana, mas não um indivíduo humano e, muito menos, uma pessoa humana.

    Se entre a fecundação e o início da nidação (sete dias), pode haver a possibilidade de gémeos monozigóticos (verdadeiros), é porque não temos ainda um indivíduo constituído.

    Antes da décima semana, não havendo ainda actividade neuronal, não é claro que o processo de constituição de um novo ser humano esteja concluído. De qualquer modo, não se pode chamar homicídio, sem mais, à interrupção da gravidez levada a cabo nesse período.

    4. Sendo o aborto objectivamente um mal, deve fazer-se o possível para evitá-lo. Tudo começa pela educação e formação. Impõe-se uma educação sexual aberta e responsável para todos, que, não ficando reduzida aos aspectos biológicos e técnicos, tem de implicá-los, fazendo parte dela o esclarecimento, sem tabus, quanto à contracepção.

    5. O aborto é uma realidade social que nem a sociedade nem o Estado podem ignorar. Como deve então posicionar-se o Estado frente a essa realidade: legalizando, liberalizando, penalizando?

    6. Não sem razão, pensam muitos (eu também) que, se fosse cumprida, a actual lei sobre a interrupção da gravidez, permitida nos casos de perigo de morte ou grave e duradoura lesão para a mãe, de nascituro incurável com doença grave ou malformação congénita e de crime contra a liberdade e autonomia sexual (vulgo, violação), seria suficiente.

    7. De qualquer forma, vai haver um referendo. O que se pergunta é se se é a favor da despenalização do aborto até às dez semanas, em estabelecimentos devidamente autorizados, por opção da mulher.

    Por despenalização entende-se que, a partir do momento em que não há uma pena, a justiça deixa de perseguir a mulher que aborta e já não será acusada em tribunal.

    Aparentemente, é simples. Mas compreende-se a perplexidade do cidadão, que, por um lado, é a favor da despenalização - despenalizar não é aprovar e quem é que quer ver a mulher condenada em tribunal? -, e, por outro, sente o choque de consciência por estar a decidir sobre a vida, realidade que não deveria ser objecto de referendo. O mal-estar deriva da colisão dos planos jurídico e moral.

    8. Impõe-se ser sensível àquele "por opção da mulher" tal como consta na pergunta do referendo, pois há aí o perigo de precipitações e arbitrariedades. Por isso, no caso de o "sim" ganhar, espera-se e exige-se do Estado que dê um sinal de estar a favor da vida.

    Pense-se no exemplo da lei alemã, que determina que a mulher, sem prejuízo da sua autonomia, deve passar por um "centro de aconselhamento" (Beratungsstelle) reconhecido. Trata-se de dialogar razões, pesar consequências, perspectivar alternativas. A mulher precisará de um comprovativo desse centro e entre o último encontro de aconselhamento e a interrupção da gravidez tem de mediar o intervalo de pelo menos três dias. As custas do aborto ficam normalmente a cargo da própria.

    O penalista Jorge Figueiredo Dias também escreveu, num contexto mais amplo: "O Estado (...) não pode eximir-se à obrigação de não abandonar as grávidas que pensem em interromper a gravidez à sua própria sorte e à sua decisão solitária (porventura na maioria dos casos pouco informada); antes deve assegurar-lhes as melhores condições possíveis de esclarecimento, de auxílio e de solidariedade com a situação de conflito em que se encontrem. Sendo de anotar neste contexto a possibilidade de vir a ser considerada inconstitucional a omissão do legislador ordinário de proporcionar às grávidas em crise ou em dificuldades meios que as possam desincentivar de levar a cabo a interrupção".»

     
  • At 21 de janeiro de 2007 às 20:28, Blogger zazie said…

    Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

     
  • At 21 de janeiro de 2007 às 20:33, Blogger zazie said…

    Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

     
  • At 21 de janeiro de 2007 às 20:41, Blogger zazie said…

    (estava com demasiadas gralhas e ainda as deve ter)

    Miguel:

    Não sabia que te referias a esse texto. Não tinha sequer reparado no que escreveste no Cubertúlia.

    Em relação a esta lista não há um único argumento ético.

    Existem sim, argumentos a favor da ideia que é impossível evitar o aborto.
    Isso sabemos. Mas, as leis também não existem para impedir aquilo que as viola. Apenas para as dissuadir.

    Qual foi o argumento ético que apresentaste?
    Eu não vejo nenhum.

    Tu deste argumentos “científicos” que tanto invalidam esta alínea como invalidariam a criminalização de um terceiro que matasse o mesmo feto a uma mulher grávida. Se não é nada, não houve dano.

    Assim sendo, se esses argumentos fossem válidos, então a lei tinha de ser revogada na totalidade. Tinha de se dizer que se andou séculos a pensar que quando uma mulher engravida é porque vai ter um filho e que isso é vida. Passava-se então, a legitimar o oposto: quando uma mulher engravida “ocorrem para lá fenómenos que a Ciência já demonstrou que não têm nada a ver com a vida humana”. Daí, levar isso por diante ou pôr-lhe termo, será idêntico e mera opção da grávida. Quem ostracizar este comportamento é ignorante. (não sei se há previsão de condenação para estes casos de ignorância científica)


    No ponto 4 dás-me razão e desdiz-se tudo. Considera-se que o aborto é um mal.

    Resta fazer a pergunta chata: já agora porquê? Porque raio é que é um mal? Então não acabaste de explicar os motivos pelos quais o feto não sofre e portanto não há morte, porque aquilo que não sente, nem é vida?

    O resto continua por aí fora. Continuas sem dar um único argumento que apresente o aborto com uma protecção de valor ético.

    Zero.

    Terminas a papaguear o que já todos sabemos que nos andam a vender. Mas eu, por acaso, até já nem sei o que vai a referendo.
    E duvido que toda a gente ache que é isso.

    Já expliquei os motivos. A campanha do Governo tem andado a ajudar a compreender-se que existem outros motivos.
    Resumindo:
     só vejo que já disse: que se vai aceitar o aborto no SNS que nem para a saúde funciona, apenas com a desculpa que existe uma lei inactiva que também não funciona. Mas que ambos podem vir a funcionar.

    Os argumentos a favor de isso acontecer, poderia aceita-los se me dissessem que ia haver uma excepção para casos de miséria. Por questões de sobrevivência.Como acontece em muitos outros países.
    Porque é que não se propôs isto? Era proibido? A UE não deixa?

    Há ou não há alguma situação social de tal modo grave em que a lei para dissuadir o aborto está a causar mais prejuízos?
    Não sei. Se existisse era com esta medida igual para toda a gente que se estava a atacar algum problema gravíssimo na sociedade?

    - Se assim fosse (e nem sei aferir este aspecto) porque não se ir por passos mais pequenos e até suspensões temporárias apenas para eles?

    Porque, o argumento que a lei (que neste caso esta inactiva) é má por impedir uma coisa que tu próprio, no tal ponto 4, acabas por definir como má!

    Ou tu não consegues entender que uma lei existe precisamente para isso. Para dissuadir o que é considerado errado?
    Se alguém roubar vai preso. A lei que existe não impede que haja roubo mas, nas suas cláusulas de punição pode contribuir para o dissuadir. Em relação ao aborto mantém-se o mesmo pressuposto. Inclusive na figura formal da despenalização- porque, juridicamente continua a ficar sob a noção de crime (ainda que, nesse prazo, suspenso de pena).


    Tudo o resto seriam casos de apoio social que nada implicam como alternativa uma legalização estatal para toda a gente.

    Mas era capaz de te dar um argumento que ainda teria carácter ético mas que fica fora do que vai a referendo:

    Existem sociedades em que a lei é mais um complemento das leis naturais e tradições em que essas sociedades assentam e, segundo as quais ainda seguem as orientações da vida.

    Creio que é o que se passa nos EUA a lei não entra mas entra a Igreja e a tradição social ainda mais repressiva e condenatória. Entra a lei do Far West, por exemplo.

    Infelizmente por cá, quem ainda quer defender esse primado ético anda em vias de ser excomungado pela Nova Religião da Ciência.

    Não é por nada, mas espanta-me que, sendo tu um católico, ainda não te tenhas dado conta disso.
    ...............

    Só um outro aspecto que poderia entrar no campo ético, mas apenas pela injustiça dos julgamentos:

    Quando algumas mulheres abortam, não são apenas elas que se desfazem de um filho: há muitos casos em que houve muito mais gente que levou a esse acto.
    É pena que esses é que nunca sejam alvo de denúncia.
    E digo-te mais: uma outra imoralidade que esta despenalização pode trazer é nesse campo.

    Um rapariguita que fique grávida e não esteja numa situação de segurança face a toda a sua vida pode mais facilmente ser pressionada a abortar. Pela família, ou pelo parceiro. Grande parte de aborto que se dá ainda vem daí. E é aí que existem problemas sociais e grandes injustiças.
    É aí que a lei não vai contribuir para dissuadir mas para ainda dar mais facilidade a esses casos tão pouco dignos.

     
  • At 21 de janeiro de 2007 às 20:55, Blogger zazie said…

    Sorry, não tinha reparado que o texto era de um padre e não era teu.

    Espero que ele não ande também pelo E Deus Criou a Mulher

    ";O))

    ..........
    Mas vai dar ao mesmo: o que ele diz não é que vai ser referendado e nem sei como é que o raio do Estado, para além dos balúrdios que vai gastar com este serviço estatal, ainda vai arranjar mais dinheiro para psicólogas.

    Cá para mim está tudo pirado.

    Juro! acho que quem fala assim nunca precisou de utilizar o SNS para nada. Nem para tratar dos dentes, quanto mais de doenças e de operações a problemas graves.

    V.s estão a delirar. Nem nos bairros degradados se faz intervenção dessa ordem e vêm-me agora vender substantivos colectivos: para "a mulher"...

     
  • At 21 de janeiro de 2007 às 21:00, Blogger zazie said…

    Porque o que o padre fez foi sistematizar razões em que um mal pode ser desculpado!

    E isto não é um motivo ético. Apenas uma atenuante em algo que se considera que deve manter esse sinal negativo.

    Ele deu argumentos pragmáticos para desculpar incumprimentos que se devem sustentar por valores.

    Desculpar não é o mesmo que se dizer que é para bem porque há uma lei que vai contra a liberdade das mães e dos pais.

    E essa é que foi a tua originalidade em relação ao texto do padre.

    Tu é que o tresleste

     
  • At 21 de janeiro de 2007 às 21:06, Anonymous Anónimo said…

    Podia convidar-te (mas devo ofender) a estudar ética. Não o farei. Como não admito que digas que não há argumento nenhum ético em todos os argumentos. Eu tresli, dizes, mas nem reparaste inicialmente que o texto não era meu. «No ponto 4 dás-me razão e desdiz-se tudo. Considera-se que o aborto é um mal.» Se tivesses lido o texto a cinco, sem cinco pedras na mão, terias lido também lá isto. Ah, e o que se vai referendar (lembro-me muito bem, e tem sido central na minha argumentação ética, de valores, princípios e moral, é: Deve ou não despenalizar-se o acto cometido pela mulher.

    Não fastidio mais os leitores do Trento na Língua.

     
  • At 21 de janeiro de 2007 às 21:14, Blogger zazie said…

    Sabes o que é que me chocou nessa treta desse argumento do padre Borges?

    O modo como se referiu ao conhecimento de uma gravidez.

    Uma gravidez, pela sua natureza é uma das maiores alegrias que uma pessoa pode ter. Se essa alegria é transformada noutra coisa já houve um dano muito grave. Dentro da propria função vital que a proporciona.

    Falar disto como se o feto não estivesse dentro de uma pessoa e não houvesse também um progenitor, como se tudo se passasse em laboratório é que já me começa a enojar.
    Verdade. Mais valia então que dissessem como sempre se disse: não sabemos sequer se as pessoas estão grávidas aos 3 meses. Não se nota; não é público.

    Agora vir com a história que um embrião tanto pode ser o filho para quem se faz mil e um projectos ou o nada que vai fora. E que isso é liberdade de escolha e para toda a gente, seja qual for a circunstância, não.

    Eu não condeno nada. Não me meto na vida das pessoas. Mas não me venham agora impingir a ideia que a lei é como uma pessoa à cusca da vida de outrem.

    Até porque eu penso que a lei é secundária. Mas, para ser secundária é preciso que não se vá atrás do mundo às avessas das campanhas de "opções".

    E, o que vejo, é cada vez mais o contrário. Se não há nada que proibe é porque não há azar; se me dizem que está provado cientificamente é porque sim. É porque não sendo crime também não é mal...
    Daí à conquista de mais um ponto ideológico ou de mais uma desresponsabilização o que é vai?

    Vai o que ainda se resiste... Principalmente não indo atrás da ideia de que não há mais nenhuma alernativa. Era proibido ter-se escolhido uma outra alíena despenalizadora por outros motivos. o que importa é esse espírito iluminado da ciência: uma questão meramente temporal para tudo e por nada.

     
  • At 21 de janeiro de 2007 às 21:15, Blogger zazie said…

    Ok.

    Eu também não fastio mais ninguém. Estão aí os meus argumentos e estão os teus. Quem quiser pronunciar-se que o faça.

     
  • At 21 de janeiro de 2007 às 21:23, Blogger zazie said…

    eeheh e eu não estava com 5 pedras nas mãos. Estava com pressa e é asim que falo. Estou sempre numa boa, carago!

    ehehe´

    Este aspecto do mundo virtual é que é tremendo.
    eehehe

    Estou apenas a escrever à pressa e leio à pressa mas tenho sempre o feeling que consigo apanhar o sentido das coisas.

    eheheh

    Às vezes falha mas na maioria não. Mesmo sem reler o texto do padre acho que o teu argumento da lei ser negativa porque vai contra a liberdade das mães e dos pais, não se aguenta.
    Foi daí que tudo começou. E foi daí que o Tim também te perguntou se uma lei era má por defender a Vida.

    Eu continuei por aí e esbarro com um padre que julgava que eras tu, apenas a dar argumentos pragmáticos para "o perdão" ou para a "desculpa".

    E com umas fantasias de mais gastos em SNS para isso.

     
  • At 21 de janeiro de 2007 às 21:57, Blogger zazie said…

    Sou chatinha mas volto mesmo a este texto do padre. Passando à frente de todo aquele blá blá de preliminares, vamos lá a ver o que diz ele em relação à proposta do Governo (tem piada que já toda a gente interiorizou que isto nem é um referendo, é uma aprovação de uma proposta de governo)
    Diz:


    8. Impõe-se ser sensível àquele "por opção da mulher" tal como consta na pergunta do referendo, pois há aí o perigo de precipitações e arbitrariedades. Por isso, no caso de o "sim" ganhar, espera-se e exige-se do Estado que dê um sinal de estar a favor da vida.

    E o que é isso da opção? É feita onde? No hospital?
    Como é que o Estado entra nessa “opção” (cá para mim nem ele sabe o que está a dizer e nem percebeu que a pergunta diz lá a pedido da mulher, apenas porque quer acentuar que não pode ser por mais ninguém se intrometer no caso).


    Diz que o Estado deve dar um sinal a favor do Não. Ele chama-lhe a favor da Vida.

    (ou seja, anda pelo Sim, mas depois diz que o Estado deve ser pelo NÃO.

    E como: dando “ um sinal” Ok. Passemos à frente para ver se o sinal é visível:

    Acrescenta então a possibilidade ética do sinal do Estado aparecer quando uma mulher vai abortar sem precisar de invocar qualquer motivo.

    E diz:

    Pense-se no exemplo da lei alemã, que determina que a mulher, sem prejuízo da sua autonomia, deve passar por um "centro de aconselhamento" (Beratungsstelle) reconhecido.

    Ora bem. Vamos ter psicólogos no caso. Para aconselharem. Quando ela tem o direito de ir lá para apenas pedir para os médicos lhe fazerem o aborto.

    Isto não é converda de chacha? É o quê? Este tipo vive onde?

    E depois o que diz mais para se ficar por uma no cravo e outra na ferradura: vai buscar o Figueiredo Dias para explicar que até deve haver protecção para dissuadir no caso de ter dificuldades de decidir!

    Então tínhamos tudo: desde assistência social a crises de matrimónio, a planos de futuro, e para toda a gente. Onde é que ele quer meter este meio mundo de aconselhantes?
    E depois ainda diz outra coisa mais gira que o Governo não diz: que deve pagar!
    Ora bem. Os casos graves são por miséria mas vamos ter aborto para toda a gente porque é “ a mulher” e depois é para pagar...

     
  • At 6 de fevereiro de 2007 às 14:39, Anonymous Anónimo said…

    UMA VERDADEIRA MÃE NÃO MATA O SEU FILHO. Só um primeiro-ministro PANELEIRO pode querer abrir as portas dos hospitais e dizer a qualquer grávida que esteja à vontade e liquide aí o seu filho. Os hospitais são para preservação da vida, não são matadouros. Mais de 200.000 pessoas continuam à espera para serem atendidas e agora já há capacidade para que 30.0000 a 50.0000 assassinas por ano lhes passem á frente, com o simples propósito de que querem proceder à morte do seu filho ?!

     
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