Coisa lixada, a riqueza. Quem não a tem a ela aspira, donde não a pode achar um mal. Quem a tem não se consegue desprender dela e receia por si próprio, por causa dela. Pobres ou ricos, somos todos camelos nesta divina comédia. E quanto a opções: a da Santa Madre terá sido acumular riqueza para acudir à pobreza, a dos ricos católicos a de aligeirar riqueza para ganhar estreiteza, a dos pobres católicos a de acudirem à Igreja para se sentarem à mesa. E Cristo, bem-aventurando os pobres mas dizendo que sempre os haverá, vem propor-nos uma maior sageza: que a questão é inteiramente outra, é inteiramente o Outro. Tanto o pobre como o rico, ambos miseráveis em Graça, ambos dignos de misericórdia. José, pedindo licença ao Landes
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