terça-feira, abril 22, 2008
Fui à missa dominical com uns amigos. Não achei muito diferente que os cultos do meio evangélico. Muito coreografia de se levantar e de se sentar, leituras e respostas, musica bonita, o sermão e para terminar... ANÚNCIOS.

No meu papel de não católico, esperava uma certa melhoria ao nível dos anúncios. Sei lá, poderíamos ao menos fazer um powerpoint piroso ou um Flash animado, mas não. É mesmo verdade, não há nada novo debaixo do sol.

Só me resta a opção de seguir a mensagem da homilia...

Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; eu não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize. (João 14:27)

Que isto seja a minha mantra da semana.

-Scott
posted by @ 1:12 da tarde  
14 Comments:
  • At 23 de abril de 2008 às 12:03, Blogger Vítor Mácula said…

    Bem, agora só te falta ir a uma celebração ortodoxa ;) Eu costumo ir a uma, numa pequena capela na R. do Jardim do Tabaco em Lisboa... É tudo em russo, repleto de cânticos e incensos e ícones... Quando eu vou, eles têm a simpatia de dizer a homilia (muito curta) em português. É uma experiência estetico-religiosa e sociológica porreira, assim como física (duas horas em pé... ;)

     
  • At 23 de abril de 2008 às 14:15, Anonymous Anónimo said…

    Fiquei com duas curiosidades:

    A primeira e a maior- que é isso dos anúncios no final da missa. Não imagino e parece-me de tal modo pavoroso que queria mesmo saber.

    A segunda, urgente morada da capela ortodoxa, por favor.

     
  • At 23 de abril de 2008 às 14:17, Blogger zazie said…

    (era eu, escapou)

    É que, pode parecer loucura mas é verdade. Esta noite até sonhei que estava em Londres a assisitir a uma dessas belíssimas missas numa igreja ortodoxa.

    Isto para contrabalançar o pesadelo que me causou a leitura do post.

     
  • At 23 de abril de 2008 às 14:21, Blogger zazie said…

    Ou é mesmo mais um pretexto para eu passar de vez a ir a cerimónias ortodoxas já que as católicas tendem para se avacalhar cada vez mais. E isto pelos motivos de sempre- a cabotinice do "modernismo politicamente correcto" dos nossos chefes religiosos que até têm ataques de urticária só de pensarem na reposição da boa missa em latim.

     
  • At 23 de abril de 2008 às 14:26, Blogger zazie said…

    Este comentário foi removido pelo autor.

     
  • At 23 de abril de 2008 às 14:27, Blogger zazie said…

    Mas esses cânticos em russo... eu em Londres costumo ouvi-los em grego.
    Em russo nunca assisti. Tenho de ir lá urgentemente.

    Apenas pela cerimónia que, para mim, tem o mesmo sentido que a católica.

    Fora isso sou católica sem qualquer eventualidade de troca para mais nada.

    (sou católica, digo eu, à minha maneira, claro. Aqui na casa, para os reverendo-toinos, sou ateia e para os ateus militantes sou beata e "criadita de Deus).

     
  • At 23 de abril de 2008 às 16:13, Blogger Vítor Mácula said…

    Olá, Zazie

    Bem, número da porta não tenho aqui à mão... Aquilo é no fim da R. do Jardim do Tabaco, mesmo antes de chegar a St. Apolónia e ao Museu Militar, por trás da esquadra, junto a uma esplanada dum botequim que ladeia o ISPA. Ao domingo há celebração às 11 da manhã, mas eles têm outras, evidentemente. Também usam liturgicamente o grego, claro.

    É muito não-Vaticano II, sim, não é à Jean-Yves Leloup ;) O véu do altar, por exemplo, fisicamente constituído por umas espécies de biombos com ícones, está rasgado, isto é, tem uma abertura, mas o celebrante é o único que tem acesso a ele.

    As mulheres usam todas véu. Os homens beijamo-nos no abraço de paz.

    Mas não vou lá há tempo nem relação suficiente para aferições teológicas, litúrgicas ou societais.

    Sente-se bastante sofrimento vivido, também.

    abraço

    PS: Os anúncios no final da missa católica geralmente são aqueles lembretes de encontros, procissões, horários de missa, etc acho que não são à Renault nem à Optimus ;)

     
  • At 23 de abril de 2008 às 17:12, Blogger zazie said…

    Obrigadíssimna pela informação, Vitor.
    Mas também preciso de ir de cabeça tapada? em Londres não.

    Fico mais tranquila quanto aos anúncios. Acredita que estou engripada e até tive pesadelos com placards electrónicos a fazerem propaganda a antibióticos

    aahaha

     
  • At 23 de abril de 2008 às 17:14, Blogger zazie said…

    Mas também é preciso beijar e comer os bolinhos.

    Eu gosto muito do cosmopolitismo londrino pelo inverso. Lá passo nas calmas por grega e não preciso de fazer mais nada. Sou uma grega novata na liturgia

    ":O))))

     
  • At 23 de abril de 2008 às 17:18, Blogger Scott said…

    Vitor,
    Já fui... e como diz a Zazie, era tudo em grego, a homilia inclusive. Percebi talvez a metade. Quanto aos anúncios... os anúncios são o que são. Informações anunciadas para a gente se ser informado. Uma vez que é tão importante divulgar a informação, acho que valia a pena investir algum entusiasmo no processo.

     
  • At 23 de abril de 2008 às 18:02, Blogger Vítor Mácula said…

    Bolinhos?... Betos... Ali na R. do Jardim do Tabaco é um pedaço de pão e um dedo de vinho aguado :) Não sei se tens de ir com véu, não perguntei, até porque sou gajo... O melhor é ires um bocado antes e perguntares. Será também muito difícil passares por ortodoxa, mesmo novata. Há uma série de actos litúrgicos e cantos que não fazendo mostram logo a careca.

     
  • At 23 de abril de 2008 às 21:32, Blogger zazie said…

    Em Londres é com bolinhos, pois- o repasto das oblatas. Mas eu nunca tive lata de lá ir comê-los, até à iconostase, com receio que topassem que não era grega.

    É lixado estas coisas. Ao menos com os católicos não há crise, qualquer bicho careta entra na igreja e ninguém lhe pergunta nada.

    Mas com os outros tenho sempre receio que achem que é intrusa.

    Agora o facto de ser em grego ou em russo vai dar ao mesmo. Também assistia em miúda em latim e toda a gente ficava na mesma. A grande vantagem da ortodoxa é isso mesmo- é tudo imagem e "salmodia em língua de pássaros" e sem sermão (como sou pré-trentina agrada-me este detalhe).

    Mas já me assustaste com essa de ter de perguntar se levou véu. Até porque eu de véu deve dar efeito mais taralhouco que naturalmente despenteada
    ":O))
    Mas, nem imaginas o pesadelo que o Scott me provocou. Aquele placard de farmácia e receitar Cêgripe e antibióticos, mesmo por cima do púlpito.... c'um caraças.

    Já estou por tudo. Isto é só de decadência
    ":OP
    Abç e obrigada

     
  • At 23 de abril de 2008 às 23:59, Blogger Pedro Leal said…

    scott

    "Não achei muito diferente que os cultos do meio evangélico".

    Há, pelo menos, uma diferença substancial. Na missa assististe à repetição, actualização, do sacríficio de Cristo. Num culto evangélico nunca encontrarás isso. Como sabes muito bem,a morte de Cristo foi única e suficiente (I Pedro 3:18).

     
  • At 24 de abril de 2008 às 08:52, Blogger Scott said…

    Pedro,
    Objectivamente, não se falou disto. A eucarista foi distribuida sem o habitual explicação. Estranhei um bocado mas achei interessante a situação. Alguns comungaram, outros não. Superficialmente não havia grande diferença na ordem e na aparência das actividades. Como foi referido, até os anúncios relativamente às actividades durante a semana manifestavam uma grande semelhança aos do meio evangélico. Não ofereço apologética nem explicação, apenas uma observação.
    Abraço,
    Scott

     
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