Num segundo momento, em torno do eu como pólo aglutinador de todos os movimentos em que me disperso, nasce um outro dilema: -Ou a recondução absoluta ao eu de toda a iniciativa e investimento de acção, que reduziria a identidade a um puro autismo individualista. - Ou a configuração do eu segundo uma dinâmica de apelo e resposta, rompendo o circulo mortal do solipsismo e convertendo a identidade num processo de identificação, entre mim e o outro. "A identidade faz-se na dimensão da presença e da insubstuibilidade, mas simultânea e imprescindívelmente numa referencialidade (…) a outrem, que me espera e conta comigo, referencia tão fundadora e tão essencial (…) sem a qual não há efectiva presença, não há identidade." (Carmo Ferreira) É nestas oposições e nos dilemas resultantes, que se legitima a Moral e se funda a Antropologia. cbs |