sexta-feira, novembro 10, 2006 |
Haggard III |
Estamos a tratar esta história dos escândalos com propriedade excessiva. Deve ser a nossa minoritária mania das grandezas. Sim, porque do outro lado do Atlântico há um país de simpatizantes não-sócios do nosso clube (o que cá tem a correspondência percentual ao católico não-praticante). Ora é excessiva a propriedade pelo facto de o escândalo nessas terras do "grande Satã imperialista capitalista", não acontecer cada vez que o evangélico John Doe decide ir engatar rapazinhos. O escandaloso é uma qualidade apenas aplicável ao clero e políticos, ou ambos se pensarmos na divisória ténue que traçam os ianques. O opróbrio nem sequer está no ordinário church goer. Reconheço, claro, que em Portugal o cenário é diferente. Numa minoria religiosa os escândalos surgem com a facilidade da propagação global num universo reduzido. E o grau do escandaloso é elevado por causa do orgulho sobranceiro comum às minorias resistentes; é elevado mesmo quando reduzido. Na nossa cruzada dos pequenitos a moral não pode ser beliscada senão somos todos nós - a meia-dúzia - arrastados. Mas isto é um blogue público e faço questão que nos cinjamos ao que de escabroso acontece lá longe. É que what happens in the minority stays in the minority.
Samuel Úria |
posted by @ 2:04 da manhã |
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Um blogue de protestantes e católicos. |
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