domingo, abril 18, 2010 |
Não sei se isto tem muito a ver com os dias que correm |
Em 16 de Outubro de 2003 escrevia:
"A atitude do Papa mantendo-se no seu posto, mostrando assim pelo seu exemplo que a vida feita de decadência e sofrimento físicos é Vida que merece o mesmo respeito e o mesmo amor que a vida na plenitude das suas faculdades, parece fundamentalmente correcta.
Contudo, e se em vez de descalabro físico fosse descalabro psíquico (dizendo imbecilidades, incongruências, porventura blasfémias), deveria o Papa continuar?
Parece-me que sim.
O descalabro psíquico deve ser tão considerado de um ponto de vista de dignidade humana como o descalabro físico.
E seria uma lição extremamente importante para a humanidade, para a cristandade e para os católicos ver que os valores cristãos continuavam apesar de o Papa se encontrar demente e continuar Papa, podendo porventura dizer o contrário do que diz o cristianismo.
Quando se chegasse a esse ponto poderíamos dizer que os católicos enquanto comunidade e enquanto indivíduos tinham chegado a um ponto porventura inultrapassável de consciência/interiorização do cristianismo e consequente capacidade de julgamentos independentes à luz dos valores cristãos."
timshel |
posted by @ 8:44 da tarde |
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2 Comments: |
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Também não sei se isto tem muito a ver com os dias que correm. Mas não me parece, pelo menos a ligação não me é evidente.
Mas, por outro lado, permite-me discordar em parte. Se por um lado, os descalabros de saude, psíquica ou física, são igualmente dignos de caridade e respeito humanos, por outro existe uma função essencial, como cabeça visível da Igreja: a responsabilidade (entre outras) de manter a integridade institucional. Não creio que uma pessoa demente o possa continuar a fazer. Parece-me uma impossibilidade factual. Mas não foi o caso de João Paulo II, bem pelo contrario...
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Ao ler este post lembrei-me que dos casos demência parkinsónica, que é bastante típica do parkinsonismo senil em estado terminal.
Pelo que percbi, um papa, ainda que completamente demente , alucinado, ou mesmo em estado vegetativo deveria continuara a "governar" a igreja.
Muito interessante.
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Também não sei se isto tem muito a ver com os dias que correm. Mas não me parece, pelo menos a ligação não me é evidente.
Mas, por outro lado, permite-me discordar em parte. Se por um lado, os descalabros de saude, psíquica ou física, são igualmente dignos de caridade e respeito humanos, por outro existe uma função essencial, como cabeça visível da Igreja: a responsabilidade (entre outras) de manter a integridade institucional.
Não creio que uma pessoa demente o possa continuar a fazer. Parece-me uma impossibilidade factual.
Mas não foi o caso de João Paulo II, bem pelo contrario...