No confronto da iconografia o protestantismo é goleado pelo catolicismo. Não que seja um embate de real interesse este de ter uma vintena de referências contra um milhar de referências com action figure incluída. Só o refiro para poder contra-balancear a vantagem com uma amostra iconográfica que é ainda (ainda) desconhecida dos romanos. Não são figuras particulares que trago, estou a debruçar-me concretamente sobre tipologias. Serão 3 que brevemente descreverei: temos a mulher de pastor e o filho de pastor. Há, obviamente, diversidade nestas pessoas, mas a caracterização tipológica, caricaturista às vezes, é que lhes confere um lugar no despretensioso ideário icónico protestante. Na mulher do pastor enquadram-se sumariamente dois chavões distintos (os intermédios não têm graça e por isso perdem qualquer estatuto dentro do pensamento comum): o da virtuosa e discreta organista que está para o sacerdócio do seu marido como a ideal primeira-dama dos E.U.A está para o mandato do esposo. No outro pólo fica a “pedra de tropeço” do ministério do pastor; a escandalosa mulher que desajuda no ambiente do lar e da igreja. A terceira tipologia não se desdobra. É que apesar de algum ou outro caso tendencial de preconceito do filho de pastor ser automático choninhas (o Pedro Leal, o Tim Cavaco e o João Marques não estão neste nem no próximo) há o paradigma muito mais forte em que o desabafado “filho de pastor” é adjectivo imprecativo. Capazes de assustar a geração mais rebelde dos Morangos com Açúcar, são os “filhos de Eli” e não há volta a dar. “Post grande sem rigor científico e de questionável interesse” é o título escolhido, grande e de interesse ainda mais questionável. Um pingo de pedagogia em mim queria mudá-lo para “Senhores padres casem descansados que estas tipologias não são assim tão lineares”. Samuel Úria |
E o filho do teu pastor em Tondela, também era choninhas?