sábado, novembro 18, 2006 |
da série de "estou-me nas tintas" ou "efeminados trejeitos ecuménicos" (5) - A ética católica e o espírito do igualitarismo |
"Um político não deverá ser um homem da "verdadeira ética católica" (entendida por Weber como a ética do Sermão da Montanha - ou seja: oferece a outra face). Um defensor de tal ética deverá ser entendido como um santo (na opinião de Weber esta visão só será recompensadora para o santo e para mais ninguém). A esfera da política não é um mundo para santos. O político deverá esposar a ética dos fins últimos e a ética da responsabilidade, e deverá possuir a paixão pela sua actividade como a capacidade de se distanciar dos sujeitos da sua governação (os governados).
A confiança na "magia" em sermões e na fé em geral é essencial na sua análise das doutrinas da fé. Muito resumidamente, os protestantes tornaram-se ricos porque não têm nenhuma mão mágica que os leve para o céu. Os protestantes têm de trabalhar constantemente e de forma consistente para assegurar um lugar no céu. Pelo outro lado, os católicos invocam muitos rituais mágicos, cânticos encantados, um pouco de água e uma reza tipo abracadabra e logo as almas dos fiéis ficam purificadas para a ascensão ao céu."
(in wikipedia)
Fazer posts assim é canja.
timshel |
posted by @ 2:34 da tarde |
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7 Comments: |
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"Muito resumidamente, os protestantes tornaram-se ricos porque não têm nenhuma mão mágica que os leve para o céu. Os protestantes têm de trabalhar constantemente e de forma consistente para assegurar um lugar no céu." Essa interpretação está muito longe dos princípios weberianos (ou princípios registados por weber, assim é que é). O trabalho nos protestantes, quanto muito, parte do convencimento da sua eleição, nem que seja num esforço de reflexão pública desse convencimento. Nunca é ele próprio um meio de atingir a eleição. Pode ser apenas fachada que ajude a coibir a dúvida, mas não está no espírito capitalista do protestantismo como uma indulgência de serviços.
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Tim, antes de mais um abraço para ti, depois de ter bebido uma Chimay hoje ao almoço. Agora tenho é que te dizer que, precisamente pelo que escreveste, é que eu vejo a nossa Obra, pelo menos a que eu conheço, como o mais protestante dos catolicismos.
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as chimays, como as obras, é para se beberem à dúzia de cada vez (senão fica sempre uma visão muito parcial da realidade)
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isso é para ti que tens muito fígado. eu com mais de 3 chimays posso ainda ver a realidade mas já não a percebo.
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perceber é uma apenas uma forma (não necessariamente exacta) de ver
desta vez não é chimay mas tinto, tinto a sério, uma pomada, que provoca este tipo de misticismos
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A forma de pensar actual está cada vez mais "Wikipediana". Cada um coloca lá o que lhe apetecer.
Contra este tipo de pensamento não há razão que aguente.
Tiago Oliveira
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Tiago
prefiro a expressão do Santo Padre ("continua a ser necessário e razoável interrogar-se sobre Deus por meio da razão" - Bento XVI dixit) do que o absolutismo da razão
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"Muito resumidamente, os protestantes tornaram-se ricos porque não têm nenhuma mão mágica que os leve para o céu. Os protestantes têm de trabalhar constantemente e de forma consistente para assegurar um lugar no céu."
Essa interpretação está muito longe dos princípios weberianos (ou princípios registados por weber, assim é que é). O trabalho nos protestantes, quanto muito, parte do convencimento da sua eleição, nem que seja num esforço de reflexão pública desse convencimento. Nunca é ele próprio um meio de atingir a eleição. Pode ser apenas fachada que ajude a coibir a dúvida, mas não está no espírito capitalista do protestantismo como uma indulgência de serviços.