Ontem li no Expresso que a metodologia católica no campo da evangelização (pelo menos a comunidade Emanuel) tem, cada vez mais, propensão para importar os métodos dos protestantes americanos (Baldwin incluído), actualizando a linguagem ao ar livre. Quando era adolescente participei em muitos deles, tocando guitarra, cantando, manuseando marretas (ou Robertos), tudo em busca de me ver a evangelizar. Ora, estar a evangelizar pode ser uma apropriação de um poder que não é nosso, uma demonstração de um egoísmo na amizade, uma omissão interesseira no relacionamento interpessoal. Naturalmente, Deus chama os escolhidos, o que não nos coíbe de cumprirmos a Sua Vontade, isto é, a praxis da Escritura. Ora, daqui a estar a evangelizar ainda são umas horitas de distância.
Miguel Sousa
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