sexta-feira, fevereiro 22, 2008
Una Sancta
Deve dizer-se, parece-me, que – precisamente porque a Una Sancta é a única Igreja de Cristo – a sua unidade orgânica intrínseca, que é perfeita na Igreja Católica e só nela é perfeita, se degrada à medida que se estende para lá dessa grande cidade perfeitamente una, e da personalidade cujo selo ostenta, para abraçar todos os homens (quer pertençam às familias religiosas não-cristãs, ou professem a descrença ou o ateísmo) que vivem da graça de Cristo e da caridade; de modo que todos esses tais são, de certa forma, porventura imperfeita, mas em acto, membros invisìvelmente, da única Igreja plenamente formada e plenamente visível, que é a Igreja Católica.

Também se deve dizer, parece-me, que a visibilidade da Igreja é função da unidade que une entre si os membros do seu corpo, animado pela caridade, que é a sua alma; visibilidade plena quando a unidade do corpo é plena (isto é na Igreja Católica), diminuída e cada vez mais diminuída, à medida que a unidade do corpo decresce cada vez mais, à medida que se estende para lá da estrutura perfeitamente una que é a da Igreja Católica.
Jacques Maritain, O camponês do Garona 1966 - anexo IV, sobre a unidade e a visibilidade da Igreja.
Nasceu em Paris em 1882 numa família protestante.
Foi aluno de Henri Bergson e, em 1905, formou-se em filosofia na Sorbonne.
Depois de se converter ao catolicismo - foi baptizado em 1906 - aprofundou os estudos da obra de S.Tomás de Aquino.
Em 1910 publicou o seu primeiro artigo, sobre ciência moderna e razão, no qual faz a defesa da inteligência, inspirado no panteísmo de Spinoza, no intuicionismo de Bergson e no neovitalismo de Hans Driesch.
cbs
posted by @ 6:07 da tarde  
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